Os cargos que podem ser gerados pela Petrobras serão de assessores individuais para cada um dos seus 11 conselheiros
O conselho de administração da Petrobras apresentou uma proposta interna para avaliar a contratação de assessores individuais para cada um dos seus onze conselheiros, com salários estimados entre R$ 35 mil e R$ 90 mil, de acordo com fontes graduadas da estatal. Esses cargos seriam de livre nomeação, e a remuneração seria definida pelo próprio conselho, de acordo com o site CNN.
Além da proposta de criação dos cargos comissionados, também foi feita uma demanda para que a Petrobras pague cursos na área de óleo e gás para os conselheiros. Esses pedidos foram encaminhados internamente por indicados do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sendo eles o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Sampaio Mendes, que também preside o conselho da Petrobras, e o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do ministério, Vitor Saback.
Justificativa para as demandas
De acordo com interlocutores dos dois indicados, a proposta da Petrobras visa fornecer uma assessoria especializada para aprofundar a análise de projetos da empresa. Quanto aos cursos, os aliados argumentam que eles são necessários para auxiliar na grande iniciativa da Petrobras de promover a transição energética, demandando um aprimoramento contínuo por parte dos conselheiros.
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Fontes internas da Petrobras, no entanto, relataram surpresa com as demandas apresentadas. Em primeiro lugar, devido aos custos envolvidos, já que a estimativa é de que cada um dos cargos de assessores tenha uma remuneração entre R$ 35 mil e R$ 90 mil. Em segundo lugar, porque os onze conselheiros já possuem órgãos de assessoramento que os auxiliam em suas tomadas de decisão, contando com seis comitês e um total de 27 pessoas.
Análise em andamento
Os pedidos estão em análise pela Petrobras, e a previsão é de que na próxima reunião do conselho, em agosto, já haja uma resposta sobre o assunto. Vale ressaltar que o conselho não deve ter dificuldades para aprovar a medida, já que seis dos seus onze membros possuem ligação com o governo.
A CNN entrou em contato com a Petrobras em busca de detalhes sobre as propostas, como a quantidade de cargos de assessoramento a serem criados, a remuneração prevista e se já há uma decisão da empresa sobre o assunto. A empresa também foi questionada sobre a justificativa para os conselheiros fazerem cursos na área, custeados pela estatal. No entanto, a Petrobras optou por não comentar o assunto. O Ministério de Minas e Energia também não se manifestou sobre o tema.