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Com receio da ascensão da China na economia Brasil, Estados Unidos pede que “consideremos os riscos” antes de tomar qualquer decisão final sobre programa de infraestrutura do país asiático.

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 23/10/2024 às 17:41
Atualizado em 30/10/2024 às 09:20
Imagem realista mostrando um confronto entre os Estados Unidos e a China, com a Estátua da Liberdade de um lado e a Grande Muralha da China do outro, sob um céu dramático e economia
Katherine Tai, Relações Comerciais dos Estados Unidos no Bloomberg New Economy na B20. Fonte: Youtube

Brasil é aconselhado pelos Estados Unidos a reconsiderar adesão à Rota da Seda da China, impactando a economia e relações comerciais da América Latina

A disputa entre China e Estados Unidos pela influência na economia da América Latina está intensificando.

No evento Bloomberg New Economy na B20, São Paulo nesta quarta-feira(23), a chefe de comércio dos EUA, Katherine Tai, sugeriu que o Brasil reavalie os riscos de aderir à Rota da Seda da China.

Segundo Tai, essa decisão deve ser tomada com cautela, pois o impacto na economia brasileira pode ser significativo.

China que estreitar mais acordos comerciais

O Brasil é um dos principais atores na economia latino-americana. Sua participação no programa de infraestrutura da China pode fortalecer os laços comerciais com o gigante asiático.

No entanto, os EUA veem essa aproximação como um risco à soberania econômica do Brasil e à estabilidade das relações com o ocidente.

Enquanto o governo brasileiro avalia os potenciais benefícios de uma parceria com a China, há pressões de ambos os lados. Carlos Favaro, Ministro da Agricultura, defende que a participação do Brasil na Iniciativa Rota da Seda poderia combater medidas protecionistas de países como os Estados Unidos e a União Europeia.

O conflito de interesses entre China e EUA na América Latina tem aumentado. Ambos os países disputam a influência sobre as riquezas naturais da região, como soja, ferro e cobre.

Esse cenário faz com que o Brasil tenha que equilibrar suas decisões estratégicas, considerando os impactos a longo prazo.

Xi Jinping virá ao Brasil e Estados Unidos fica em alerta máximo

Além disso, o presidente chinês, Xi Jinping, prepara uma visita ao Brasil para discutir acordos bilaterais e participar da cúpula do G-20. Esse encontro deve reforçar as discussões sobre a presença da China na América Latina.

Por outro lado, Katherine Tai reafirma que, para os Estados Unidos, a soberania da economia do Brasil é crucial. Ela sugere que o país evite laços mais profundos com a China, alertando sobre os riscos de uma dependência econômica.

A preocupação é com a transparência das relações comerciais chinesas e o impacto na confiança global em tempos de instabilidade geopolítica.

A decisão final está nas mãos do Brasil. O país precisa considerar não apenas os ganhos imediatos, mas também as consequências de longo prazo de suas alianças internacionais.

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Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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