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Com R$ 4,04 bilhões, Linha 4-Amarela ganhará 3,3 km, duas estações e seis trens, mas obra pode levar até 64 meses para ser entregue

Escrito por Carla Teles
Publicado em 29/09/2025 às 22:19
Com R$ 4,04 bilhões, Linha 4-Amarela ganhará 3,3 km, duas estações e seis trens, mas obra pode levar até 64 meses para ser entregue
Linha 4-Amarela chegará a Taboão da Serra com investimento de R$ 4 bi. Saiba tudo sobre as 2 novas estações, os prazos da obra e o impacto no transporte.
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Projeto prevê duas novas estações e seis trens para conectar a capital ao município vizinho, mas obra pode levar até 64 meses para ser concluída.

Anunciada como um marco para a mobilidade da Região Metropolitana de São Paulo, a expansão da Linha 4-Amarela até Taboão da Serra receberá um aporte de R$ 4,04 bilhões. A informação, confirmada pelo governo do estado e pela concessionária Motiva nesta segunda-feira (29), representa um dos maiores investimentos em infraestrutura de transporte dos últimos anos. O projeto visa ampliar o trajeto em 3,3 km a partir da atual estação Vila Sônia, beneficiando diretamente milhares de passageiros que fazem o trajeto diário entre a capital e o município vizinho.

Conforme apurado pelo portal InfoMoney, o plano não apenas estende os trilhos, mas também moderniza a frota e a infraestrutura de apoio. A expectativa é que, uma vez concluída, a obra adicione mais de 50 mil novos passageiros por dia ao sistema metroviário, aliviando o trânsito em importantes vias como as avenidas Francisco Morato e Professor Eliseu de Almeida. No entanto, a população terá que esperar: a previsão de entrega varia entre 48 e 64 meses, ou seja, de quatro a mais de cinco anos.

Detalhes do investimento bilionário

O montante de R$ 4,04 bilhões é fruto de uma parceria público-privada cuidadosamente estruturada. Do total, R$ 3 bilhões serão compostos por recursos do Estado de São Paulo e um financiamento obtido junto ao Banco Mundial, garantindo a maior parte do capital necessário para as obras de grande porte. O R$ 1 bilhão restante virá diretamente da iniciativa privada, como contrapartida da concessionária responsável pela operação da linha.

Em troca desse investimento, o aditivo contratual formalizado com a ViaQuatro, consórcio que opera a Linha 4-Amarela, prevê uma extensão da concessão por mais 20 anos. Essa modelagem financeira, segundo especialistas ouvidos pelo InfoMoney, é comum em projetos de infraestrutura de alta complexidade, pois permite que o poder público realize obras de grande vulto sem depender exclusivamente de recursos orçamentários, ao mesmo tempo em que oferece segurança jurídica e retorno para o parceiro privado.

O que muda na prática para o passageiro?

A principal mudança será a criação de um novo trecho de 3,3 km, que levará a Linha 4-Amarela para além dos limites da capital paulista pela primeira vez. O projeto contempla a construção de duas novas estações: Chácara do Jockey, que atenderá uma área de alta densidade residencial e de serviços, e Taboão da Serra, que será a nova estação terminal. A estação Taboão da Serra é especialmente aguardada, pois será um ponto estratégico de conexão para moradores de toda a região sudoeste da Grande São Paulo.

Além das estações, o pacote de melhorias inclui a aquisição de seis novos trens para garantir que a frequência das composições não seja afetada pelo aumento do percurso. A estrutura de apoio também será reforçada com a construção de uma nova subestação de energia e a implantação de modernos sistemas operacionais. Outro ponto fundamental do projeto, destacado pelo InfoMoney, é a integração das novas estações com os terminais de ônibus de Vila Sônia, São Paulo-Morumbi, Butantã e o futuro terminal de Taboão da Serra, facilitando o deslocamento intermodal.

Prazos e desafios: a espera por Taboão da Serra

Apesar do anúncio positivo, o cronograma apresentado pelo governo de São Paulo exige paciência. O prazo de entrega, estimado entre 48 e 64 meses, reflete a complexidade de uma obra metroviária em área urbana densamente povoada. Esse período considera todas as etapas do projeto, desde os estudos de engenharia detalhados, passando por licenças ambientais, desapropriações e a construção física dos túneis e estações.

Os desafios logísticos são o principal fator para um prazo tão extenso. Escavações subterrâneas, a necessidade de interdições parciais de vias e a construção civil pesada em meio ao tráfego intenso da região são operações que demandam tempo e planejamento rigoroso. A coordenação entre o poder público, a concessionária e as empresas de engenharia será fundamental para cumprir o cronograma sem grandes atrasos, um histórico que preocupa os paulistanos quando se trata de expansão do metrô.

A expansão da Linha 4-Amarela até Taboão da Serra vai impactar seu dia a dia? Você acredita que o prazo de até 64 meses é justificável pelo benefício? Compartilhe sua opinião nos comentários abaixo. Queremos ouvir a perspectiva de quem usa o transporte público e vive na região.

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Carla Teles

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