UnionPay já está ativo nas maquininhas nacionais e pode trazer concorrência direta à Visa e Mastercard
O cartão da China da bandeira UnionPay acaba de entrar oficialmente no mercado brasileiro. Com presença em 180 países e mais de 9 bilhões de cartões emitidos, a maior bandeira do mundo agora busca disputar espaço com as gigantes americanas Visa e Mastercard, que até hoje dominam quase sozinhas o sistema de pagamentos por aqui.
A novidade já está integrada às maquininhas que aceitam cartões Elo, como Cielo, Rede e Getnet, após um acordo firmado em 2024. Desde fevereiro de 2025, todas as maquininhas habilitadas para a bandeira Elo passaram a aceitar UnionPay automaticamente, e brasileiros poderão em breve emitir cartões nacionais com a nova bandeira por meio de bancos e fintechs parceiras.
O que é a UnionPay e por que ela é tão relevante?
Fundada em 2002 na China, a UnionPay é uma corporação associativa de bancos, quase todos estatais e conta com cerca de 150 acionistas públicos ou controlados por governos locais. Apesar disso, ela opera de forma global e já é amplamente aceita na Ásia, na Europa e em países emergentes.
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Seu avanço no Brasil marca um movimento inédito de concorrência real no setor de cartões, hoje liderado por bandeiras americanas.
Além disso, a chegada da UnionPay ocorre em um momento de tensões diplomáticas entre Brasil e EUA, o que pode ampliar a demanda por alternativas não ligadas a interesses norte-americanos.
Como será a emissão do cartão da China no Brasil?
A emissão de cartões UnionPay no Brasil será feita por instituições financeiras locais, como bancos e fintechs que fecharem acordos com a bandeira chinesa.
A operação será nacionalizada, e o uso dos cartões será possível tanto em maquininhas físicas quanto por meio de carteiras digitais, como o app GOV.BR ou plataformas bancárias.
Inicialmente, as funcionalidades disponíveis devem se restringir a pagamentos à vista e débito, com previsão de que a função crédito seja lançada apenas no fim de 2025. Sites oficiais ainda não divulgam informações completas em português, mas confirmam que a integração técnica já está em curso.
O que muda para o consumidor brasileiro?
A entrada da UnionPay pode gerar uma redução nas taxas cobradas pelos concorrentes, além de novas promoções para atrair clientes, sobretudo os que já compram com frequência em sites asiáticos.
A parceria com a Elo garante ampla aceitação no comércio brasileiro, e a expectativa é que o uso do cartão se amplie com o tempo.
Quem já utiliza maquininhas compatíveis com Elo não precisa fazer nenhuma mudança, pois a atualização é automática. Já os consumidores que desejarem aderir à nova bandeira devem aguardar o início da emissão formal pelos bancos nacionais.
Há riscos ou desvantagens?
Especialistas apontam três pontos de atenção na chegada da bandeira:
- Segurança e suporte ao cliente, ainda incertos até que a emissão nacional se consolide;
- Aceitação cultural e política, já que parte dos brasileiros mostra resistência à origem estatal chinesa da empresa;
- Oferta de crédito, que pode demorar para alcançar o mesmo nível das concorrentes.
No entanto, o histórico de inovação da China em meios de pagamento como QR Code e carteiras digitais pode fazer da UnionPay uma aliada estratégica para ampliar a inclusão financeira no país.
Você usaria um cartão da China no seu dia a dia? Acredita que essa nova concorrência pode melhorar os serviços e reduzir as taxas que pagamos hoje? Deixe sua opinião nos comentários, queremos entender como você enxerga essa mudança no mercado brasileiro.