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Efisa investirá US$ 9 milhões para erguer uma fábrica de embalagens e pallets no Paraguai, com início previsto para o segundo semestre de 2026; anúncio foi feito em 17 de setembro de 2025 pelo MIC e pela Agência IP.
A empresa Efisa, liderada pelo brasileiro Romano Diel, confirmou o plano de instalar uma fábrica de embalagens e pallets no Paraguai. O investimento estimado é de US$ 9 milhões, com operação prevista para o 2º semestre de 2026. O anúncio ocorreu após reunião com os vice-ministros Marco Riquelme (Indústria) e Rodrigo Maluff (Comércio e Serviços).
Segundo as autoridades, o local exato ainda não foi revelado. A prioridade é viabilizar a linha de produção e a integração de insumos. A decisão foi comunicada em 17 de setembro de 2025, com foco em atender nichos industriais e logísticos da região.
A Efisa projeta elevar o conteúdo local ao longo do tempo. A meta é realizar no país a maior parte do processo, incorporando 60% a 70% de valor para garantir selo de procedência nacional, mantendo parte da matéria-prima importada no início da operação.
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Quem é a Efisa e qual a estratégia do investimento no Paraguai
A Efisa atua no Paraguai desde 2012 em plantios florestais e processamento de madeira. A companhia mantém diferentes unidades de negócios, incluindo biomassa e madeira sólida, e reporta mais de 400 colaboradores após programas de capacitação técnica.
O novo projeto mira embalagens e pallets, segmento ligado à cadeia florestal e ao escoamento de cargas. A escolha por ampliar a presença industrial no país se apoia em estabilidade regulatória e custo energético competitivo, segundo a avaliação expressa pela empresa no anúncio oficial.
Para Diel, fatores como carga tributária, proximidade do Estado e legislação favorável pesaram na decisão. As menções às Leis 60/90 e de Maquila foram destaque na comunicação pública do MIC e da Agência IP.
Vantagens competitivas: energia barata, Lei 60/90 e Maquila
O executivo citou a “eletricidade mais barata da América do Sul” como diferencial. Estudos recentes indicam que o Paraguai mantém preços industriais substancialmente abaixo da média regional, apoiado por geração de Itaipu. Relatório do IFC aponta que as tarifas locais equivalem a menos de 40% da média na América Latina; comparativos setoriais independentes também situam o país na ponta de menor custo por MWh na região.
No campo tributário, a Lei 60/90 concede exoneração de impostos para bens de capital e outros incentivos à implantação industrial, com prazos e requisitos definidos pelo Ministério da Indústria e Comércio. A política é conhecida por reduzir o custo de investimento inicial para plantas novas.
Já o Régimen de Maquila aplica tributo único de 1% sobre o valor agregado em território nacional (ou sobre a faturação por conta e ordem da matriz), além de suspensão de aranceles para importações temporárias de insumos e máquinas. O mecanismo favorece exportações e a competitividade de cadeias industriais como a de embalagens.
Localização e logística: por que a Região Leste tende a concentrar fábricas
Embora o endereço da planta não tenha sido divulgado, a Região Leste (Alto Paraná) tem sido tratada como prioridade de política industrial e captação de investimentos. REDIEX/MIC reforçou em 2025 a estratégia de atrair novas indústrias para o Alto Paraná, citando o papel da região como “perla industrial” e foco para exportações.
A recente Paraguay Business Week, realizada em Ciudad del Este, reuniu milhares de participantes e apresentou um portfólio de projetos com US$ 2,79 bilhões em oportunidades, incluindo matchmaking de investimentos. O timing do anúncio da Efisa ocorreu neste ambiente pró-negócios.
A logística rodoviária também evolui. A expansão da Ruta PY02 sob concessão privada vem ampliando a conectividade entre Asunción e o interior, eixo relevante para integrar fornecedores e centros de consumo no Brasil. Melhorias no corredor ajudam a reduzir tempo e custo de transporte de pallets e embalagens.
O cronograma divulgado aponta operação no 2º semestre de 2026. A empresa reconhece que parte dos insumos será importada no início, mas afirma trabalhar para substituição crescente por produtos locais, elevando o conteúdo nacional e a competitividade exportadora.
Você acha que incentivos como Lei 60/90 e Maquila e a energia barata justificam a migração de fábricas para o Paraguai ou outros motivos fazer com que empresários brasileiros invistam no país vizinho? Deixe sua opinião nos comentários.
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