Com um mercado produzindo muito mais, o Brasil mostra um mercado com atividade em alta. Isso porque, em 2022, com a movimentação de mais de 8 milhões de toneladas entre importações e exportações, ou seja, safra recorde, o país registra redução da dependência externa de trigo, o que também ampliou o comércio exterior.
No que diz respeito à importação, em 2018, o país importava 6,8 milhões de toneladas, e em 2022 o número reduziu para 5,71 milhões, segundo informações da Secex, Secretaria de Comércio Exterior. Nos últimos anos, a produção brasileira cresceu 76%. Atualmente, o Brasil é o oitavo importador de trigo do mundo, mas a expectativa é que, nos próximos anos, essa posição no ranking se altere.
Já o volume de exportações foi exponencial em relação às importações nos últimos cinco anos, segundo informações da Conab, a Companhia Nacional de Abastecimento. Com um crescimento que representa o triplo do registrado em 2021, e quase o sêxtuplo com relação a 2020, é óbvia a constatação de que o país está produzindo mais trigo, e aquecendo o mercado. E se o dólar estiver em alta, é claro que o Brasil vai querer vender mais trigo no exterior. Espera-se para 2023 mais um recorde, produção de 9,8 milhões de toneladas.
O aumento da participação no mercado de exportação fez com que o mercado brasileiro, somado à importação, batesse recorde na movimentação em 2022. A soma de importações e exportações registrou 8,78 milhões de toneladas, superando a movimentação de 2021, que ficou em 7,34 milhões.
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Especialistas avaliam que fatores externos influenciam nessa alavancagem das exportações pelo Brasil. Um deles consiste na estiagem que a Argentina tem enfrentado. Sem contar no como a guerra entre Rússia e Ucrânia, produtores, exportadores do grão, e também de fertilizantes, mexeu com o comércio exterior. Em menos de dez dias a guerra completará 11 meses, nem um dos dois países do leste europeu esperava por tanto. E comprar trigo russo, desde o final de dezembro, está mais caro.
Produtividade das lavouras
Antes de se intensificarem as pesquisas no Brasil, a produção no país era de baixo rendimento em cultivo, não havia tecnologias agrícolas devidas, o que tornava a produção incipiente, com uma produtividade de 800 kg/ha (quilos por hectare). Com as pesquisas, o rendimento proporcionou evolução, registrando, em 2022, números superiores a 3 mil kg/ha. Um crescimento médio, entre 1977 e 2022, de 3,5%.
Sendo um dos alimentos mais consumidos em todo o mundo, sendo superado apenas por leite e derivados, já é de notório saber que, quanto mais desenvolvido economicamente é um país, mais sua população aumenta a ingesta da commoditie. Nos últimos cinco anos, houve o registro de crescimento de 8% do consumo de trigo no mundo, e um crescimento de 4,6% da produção de 2018 até aqui.
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