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Com drones que plantam, sensores que irrigam sozinhos e robôs que colhem algodão: como a China transformou suas fazendas em fábricas de alimentos inteligentes e ultratecnológicas

Escrito por Felipe Alves da Silva
Publicado em 02/07/2025 às 22:33
Agricultura inteligente na China com drones, tratores autônomos e sensores digitais
Tratores autônomos e drones operam em conjunto em fazenda inteligente na China
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Fazendas inteligentes na China já operam com tratores autônomos, sistemas de IA, sensores de solo e plataformas marítimas, impulsionando uma revolução agrícola que promete aumentar a produção, reduzir custos e atrair jovens para o campo

Na China, fazendas inteiras estão sendo operadas por drones, robôs e inteligência artificial, marcando uma transformação acelerada no setor agrícola. Com a chegada da primavera de 2025, máquinas autônomas já substituem práticas tradicionais em diversas províncias. GPS, sensores e softwares de IA passaram a orientar desde o plantio até a colheita, com foco em produtividade, sustentabilidade e economia de recursos.

Com o uso de tratores não tripulados, semeadeiras inteligentes e drones guiados por dados, os agricultores chineses conseguem preparar o solo e plantar com alta precisão, reduzindo desperdícios. Em regiões como Chongqing e Liyangping, jovens operadores utilizam aplicativos para monitorar máquinas em tempo real, controlando irrigação, temperatura e nutrição das plantas diretamente de seus celulares.

A adoção da agricultura digital também tem mudado o perfil de quem vive do campo

Jovens estão retornando às suas cidades natais para atuar em fazendas tecnológicas, atraídos pela capacitação em ferramentas digitais e por oportunidades mais rentáveis. Centros de treinamento ensinam técnicas de operação de drones, manejo com sensores e uso de softwares preditivos baseados em clima e solo.

Colheitas inteiras estão sendo conduzidas com o apoio de inteligência artificial e monitoramento remoto

No caso da produção de trigo em Hanan, mais de 11 mil colheitadeiras funcionam em sincronia, orientadas por satélites. Estações de apoio mantêm os equipamentos abastecidos e operando continuamente, o que permite acelerar o processo de colheita e aliviar a carga de trabalho dos agricultores.

Já na produção de algodão, áreas que antes exigiam centenas de trabalhadores hoje contam com poucos operadores de máquinas robóticas. A automação aumentou os rendimentos e reduziu o uso de pesticidas graças a sensores e drones que detectam doenças nas plantas e monitoram a qualidade do solo com precisão.

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Até setores como a aquicultura e o cultivo de borracha foram integrados à agricultura inteligente

No litoral de Juai, plataformas flutuantes com sensores monitoram a saúde dos peixes e otimizam a alimentação em tempo real, diminuindo a poluição e aumentando a produção. No sul, robôs de última geração realizam a sangria de seringueiras com exatidão milimétrica, atraindo especialistas de outros países interessados na tecnologia.

Casos como o das plantações de tomate em Manasi exemplificam os ganhos econômicos. Lá, agricultores relatam faturamento de até 5 mil yuans em áreas reduzidas, usando irrigação automatizada, vendas por livestream e logística digital para entregar diretamente aos centros consumidores. Sensores ajustam a água conforme a umidade do solo, e os agricultores acompanham tudo pelo celular.

Na província de Sichuan, o cultivo de morchelas — cogumelos de alto valor — já movimenta mais de 1 bilhão de dólares por ano. Com planejamento rotativo de solo, equipamentos automatizados e apoio governamental, famílias inteiras colhem até 100 kg por pessoa diariamente, consolidando o sucesso do modelo agrícola digital também em pequenas propriedades.

Segundo a Forbes, essa revolução tecnológica é parte do Plano Quinquenal de Agricultura Inteligente da China, iniciado em 2021. A meta é aumentar a produção de alimentos com base em inovação, conectividade no campo e sustentabilidade. As diretrizes incluem o uso de IA, big data, robótica e internet das coisas (IoT) para transformar completamente a cadeia produtiva agrícola do país.

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Felipe Alves da Silva

Sou Felipe Alves, com experiência na produção de conteúdo sobre segurança nacional, geopolítica, tecnologia e temas estratégicos que impactam diretamente o cenário contemporâneo. Ao longo da minha trajetória, busco oferecer análises claras, confiáveis e atualizadas, voltadas a especialistas, entusiastas e profissionais da área de segurança e geopolítica. Meu compromisso é contribuir para uma compreensão acessível e qualificada dos desafios e transformações no campo estratégico global. Sugestões de pauta, dúvidas ou contato institucional: fa06279@gmail.com

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