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Com apoio da Petrobras, novas reservas de petróleo na Bacia Potiguar podem ser o necessário para uma forte atração de investimentos para o setor de óleo e gás do Rio Grande do Norte

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 14/03/2023 às 19:02
Atualizado em 31/03/2023 às 23:23
O objetivo do conselho do Cade é verificar possíveis impactos e irregularidades da privatização das refinarias e seus contratos com a Petrobras. O órgão verificará se os preços do petróleo cru estão sendo elevados para as instalações privatizadas.
Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

O estado já é um dos maiores produtores de petróleo e gás natural do Brasil, e agora tem uma onda de investimentos possíveis à vista. A confirmação de novas reservas de óleo nas águas profundas da Bacia Potiguar coloca o Rio Grande do Norte nos holofotes em 2023 junto à Petrobras.

Para esta terça-feira, (14/03), o estado do Rio Grande do Norte se prepara para mais uma onda de investimentos no mercado de petróleo e gás natural da área. Com a retomada das atividades intensivas da Petrobras na região e as novas reservas de óleo na área de Pitu, na Bacia Potiguar, o estado poderá se tornar uma das grandes apostas para os próximos anos no Brasil. 

Rio Grande do Norte volta a ser o foco dos investimentos na exploração de petróleo pela Petrobras. Novas reservas de óleo na Bacia Potiguar impulsionam interesse

O Rio Grande do Norte sempre foi um dos maiores produtores de petróleo e gás natural de todo o Brasil. Apesar do afastamento da Petrobras do estado durante o Governo Bolsonaro, a nova presidência de Jean Paul Prates trouxe de volta os olhares da empresa para o estado. 

Com um plano de investimentos bastante audacioso para a área, anunciado pela Petrobras, a região potiguar pode agora ser a sede de grandes projetos futuros. O motivo: novas reservas de petróleo encontradas na região de Pitu, na Bacia Potiguar. 

Para que os investimentos sejam atraídos da forma correta às novas reservas, é necessário a perfuração e a verificação da viabilidade de exploração na área. Além disso, especialistas do setor afirmam que a presença da Petrobras com a exploração terrestre de petróleo pode impulsionar o ramo no futuro. 

A área em questão fica aproximadamente a 60 km da costa de Areia Branca, na região da Costa Branca potiguar, próximo à fronteira com o estado do Ceará. Ela foi descoberta pela petroleira no ano de 2013, com profundidade de 4.200 metros, segundo dados da empresa. 

“Com as descobertas que houveram na região da margem oceânica de frente à Venezuela, Guianas e Suriname, você passou a olhar com outros olhos as bacias da margem equatorial, que é Foz do Amazonas, Barreirinhas, Ceará e Potiguar”, afirmou Orildo Lima e Silva, presidente da Associação Profissional dos Geólogos do Rio Grande do Norte (Agern).

Área de Pitu na Bacia Potiguar e Margem Equatorial possuem alto potencial de exploração de petróleo, mas Petrobras não consegue dar certezas na viabilidade

Orildo Lima e Silva também comentou sobre o alto potencial em questão da área de Pitu, na Bacia Potiguar, bem como as áreas da Margem Equatorial. 

Ele reafirma o alto potencial, mas destaca que a verificação de viabilidade técnica para projetos na área não irá acontecer tão cedo, principalmente para o próximo ano. 

“Só se vai ter uma projeção mais definitiva a partir da delimitação da área e do plano de desenvolvimento da área. São projetos de médio e longo prazo”, destacou. 

No entanto, ele reforçou que as influências de investimentos a curto prazo no mercado terrestre de exploração no Rio Grande do Norte serão essenciais para os projetos futuros. Assim, a presença da Petrobras na região se faz altamente necessária. 

Por fim, o especialista alertou para a entrega de parte do setor de óleo e gás potiguar para empresas do setor privado. A Petrobras, sob o comando de Jean Paul Prates, pode fazer isso mudar consideravelmente nos próximos anos, com os novos investimentos nas reservas de petróleo da Bacia Potiguar.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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