A Opep agora busca alternativas para contornar os altos preços dos combustíveis no mercado global e anunciou um aumento de 50% na produção de petróleo, como forma de garantir um aumento na oferta e uma diminuição nos valores cobrados pelo produto
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se reuniu de forma virtual com os principais líderes dos países associados na última quinta-feira, (02/06), para determinar uma nova estratégia no mercado internacional. Trata-se de um aumento de 50% na produção de petróleo, como forma de contornar os altos preços dos combustíveis no mercado internacional, mas medida não parece ser o suficiente para o cenário mundial das commodities se estabilizar ao longo do segundo semestre do ano.
Opep se reúne com líderes mundiais para anunciar aumento de 50% na produção de petróleo para proporcionar uma redução nos preços dos combustíveis
O cenário mundial de óleo e gás está cada vez mais instável devido aos altos preços cobrados pelo petróleo e combustíveis derivados do produto e, tentando contornar essa situação, a Opep se reuniu virtualmente com os principais líderes mundiais produtores do commodity para anunciar um incremento de 50% na produção diária. No entanto, apesar da medida, o preço da commodity não cedeu de imediato e chegou a US$ 117 o barril e, com isso, a União Europeia (UE) aprovou sanção parcial à importação de petróleo russo.
Durante a reunião realizada nesta quinta-feira, os representantes da Opep chegaram a um acordo de aumentar a produção de petróleo para 648 mil barris diários nos meses de julho e agosto, 50% a mais que os 432 mil barris que eram produzidos diariamente até o momento da decisão. Embora o preço do petróleo tenha chegado a cair antes da reunião, devido às altas expectativas de aumento da produção, os valores não seguiram a queda e voltaram a crescer.
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Além disso, essa não é a primeira vez no ano que a organização busca um aumento na produção de petróleo, já que, durante as últimas reuniões,foi acertado um aumento mensal de cerca de 400 mil barris de petróleo por dia entre os 13 membros do grupo e outros países associados à Opep.
No entanto, esse incremento na produção ainda não foi o suficiente para estabilizar os preços dos combustíveis no mercado internacional e a organização agora busca suprir a necessidade de mais oferta do produto em busca da queda dos valores negociados atualmente.
Decisão da UE de banir a compra de petróleo russo foi essencial para a busca por alternativas para a queda nos preços dos combustíveis
Com os conflitos internacionais cada vez mais fortes na Europa, a Opep se encontra em um momento de instabilidade quanto aos países associados. Isso acontece pois a decisão de aumentar a produção de petróleo veio logo após as lideranças da União Europeia anunciarem terem chegado a um consenso para banir a compra de petróleo russo por navios durante a rodada de número seis das sanções contra Moscou.
No entanto, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou em nota que a tomada dessa decisão pela União Europeia será um tiro no próprio pé quanto ao abastecimento dos combustíveis e a alta nos preços dos recursos durante o mês de junho: “Tais ações alcançarão o resultado oposto — elas minarão a economia e a segurança energética da União Europeia e acelerarão a iminente crise global de alimentos, que Bruxelas busca verbalmente impedir”.
A Rússia é uma das maiores exportadoras de petróleo de todo o mundo e, com a situação atual entre o país e a UE, a Opep busca estabilizar o cenário mundial de combustíveis com o incremento na produção de petróleo para o mês de junho de 2022.