Pensamento é de Paulo Guedes, o ministro da economia, que espera um efeito “dominó” sobre a o PIB industrial
A tão sonhada queda de 50% do preço do gás, como planeja o governo, ganhou fortes ecos depois da divulgação de um estudo feito pelo Ministério da Economia, Secretaria Especial da Fazenda e Secretaria de Avaliação de Políticas Públicas, Planejamento, Energia e Loteria (Secap).
Segundo o documento, divulgado pelo MME, a queda pela metade do preço do gás natural com a criação do Novo Mercado de Gás (NMG), geraria um “Choque de energia” que resultaria em alta de 10,5% no PIB Industrial.
Segundo o ministro, os setores da economia vão sentir ondas de crescimento já no primeiro ano de recuo dos preços do gás natural.
O relatório mostra uma tabela com variações das quedas de preço entre -1% e -50%, por exemplo, para uma queda no preço de 30%, o aumento no PIB seria de 6,3% no primeiro ano e de 4,1% no segundo ano, caindo para 2,8% no terceiro até finalizar em 0,22% no décimo ano.
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A abertura do mercado de gás, segundo o MME e o Ministério da economia vai liberar a livre concorrência com a venda dos ativos da Petrobras.
A intenção é que sem a estatal nos mercados de distribuição e transporte, haverá a entrada de empresas do mercado de gás natural, barateando o preço final, já que o governo conta com grandes reservas de gás natural no pré-sal.
Comparação com o exterior
Com a abertura do mercado, o governo espera que o preço no Brasil se aproxime com os praticados no exterior. Hoje o preço está em US$ 14 MM/Btu e espera-se que caia para cerca de US$ 6 a US$ 7 MM/Btu, bem próximo ao praticado na Bolívia, por exemplo.
Outro parâmetro usado foi a média de preço do gás natural na Europa que em 2018 foi de US$ 8,84 MM/Btu e nos Estados Unidos, que foi de US$ 3,89 MM/Btu.
Alcançar estes preços é realmente um objetivo desafiador, mas o governo conta com a Petrobras que continuará explorando o gás natural, juntamente com cerca de outras 30 empresas, como a Total, Chevron, ExxonMobil, Repsol, que já estão consolidadas no mercado de gás ou com o fortalecimento neste mercado de empresas como a Shell, BP Energy e Equinor.
A entrada de médias e pequenas empresas também é importante, pois contribuirão para a exploração em campos onshore, importante para os consumidores afastados de cidades litorâneas.
É com esta oferta e a diminuição dos preços aos pequenos e grandes consumidores que o governo espera realizar o desenvolvimento econômico do país, já que o gás é um combustível muito usado pelas indústrias.
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