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Com 75% das obras concluídas, a Ponte de 1.294 metros de extensão da Rota Bioceânica promete ser inaugurada no segundo semestre de 2026, reduzindo custos logísticos e transformar o comércio do Mercosul com a Ásia

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 02/08/2025 às 18:04
Com 75% das obras concluídas, a Ponte da Rota Bioceânica ligará Brasil e Paraguai e deve ser inaugurada em 2026, prometendo reduzir custos logísticos e transformar o comércio do Mercosul com a Ásia.
Foto: Com 75% das obras concluídas, a Ponte da Rota Bioceânica ligará Brasil e Paraguai e deve ser inaugurada em 2026, prometendo reduzir custos logísticos e transformar o comércio do Mercosul com a Ásia.
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Ponte da Rota Bioceânica atinge 75% de execução e tem entrega em 2026 prevista para transformar a ligação entre Brasil e Paraguai

Com 75% das obras concluídas, a Ponte Internacional da Rota Bioceânica está mais próxima de se tornar uma realidade e promete revolucionar o comércio entre o Brasil e o Paraguai. A estrutura, que conecta Porto Murtinho (MS) a Carmelo Peralta (PY), deve ser entregue no segundo semestre de 2026, consolidando-se como um dos projetos de infraestrutura mais estratégicos da América do Sul.

A ponte, com 1.294 metros de extensão e 21 metros de largura, é o eixo central da chamada Rota Bioceânica, um corredor rodoviário de mais de 2.400 km que ligará o Atlântico ao Pacífico, passando por Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. O objetivo é reduzir custos e prazos logísticos para exportações e importações, criando um atalho para mercados asiáticos via portos do norte do Chile, como Antofagasta e Iquique.

Ponte da Rota Bioceânica: obra alcança 75% e confirma entrega em 2026

A última reunião da Comissão Mista da Ponte Bioceânica, realizada em Porto Murtinho, trouxe atualizações fundamentais sobre o avanço do projeto. Além da ponte, estão em execução 13,1 km de acessos rodoviários no lado brasileiro, que já têm 17% das obras concluídas e incluem quatro pontes intermediárias — uma delas com quase 700 metros, necessária para atravessar uma área alagada.

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Fotos: Mairinco de Pauda/Semadesc

O encontro reuniu autoridades brasileiras e paraguaias, incluindo o chanceler Daniel Falcon, o ministro paraguaio Bras Felip e representantes de órgãos como Receita Federal, Polícia Federal, Marinha, Corpo de Bombeiros e Itaipu Binacional.

O objetivo foi alinhar cronogramas, discutir ajustes técnicos e reafirmar o compromisso de ambos os governos com a conclusão do projeto até o fim de 2026.

Ligação Brasil-Paraguai: impacto estratégico e logístico

A ponte não é apenas um elo físico, mas um vetor de transformação econômica. Segundo estimativas da Receita Federal, o fluxo inicial será de 250 caminhões por dia, podendo crescer conforme a rota se consolide.

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Essa integração deve impulsionar o comércio do Mercosul com a Ásia, encurtando em até 15 dias o tempo de transporte em relação à rota marítima tradicional pelo Canal do Panamá e reduzindo custos logísticos em cerca de 30%.

Para o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, o município se tornará “uma nova porta de entrada e saída para o comércio exterior brasileiro com o Pacífico”. A declaração reforça a visão de que a ponte será mais do que uma ligação Brasil-Paraguai: ela será um pilar para a integração econômica continental.

Rota Bioceânica: um corredor para o futuro

A Rota Bioceânica é considerada um dos projetos mais ambiciosos de infraestrutura da região. Ao conectar o Centro-Oeste brasileiro aos portos do Pacífico, cria-se um corredor logístico capaz de transformar as cadeias de exportação de soja, milho, carne, minérios e produtos industrializados.

A expectativa é que grandes exportadores brasileiros, especialmente do agronegócio, utilizem a rota para acessar mercados asiáticos com maior agilidade. Isso pode significar ganhos expressivos de competitividade para produtores e indústrias, além de um impacto positivo na balança comercial.

Complexos alfandegários e porto seco: integração completa na fronteira

Durante a reunião, autoridades discutiram a implementação de um Centro Integrado de Alfândega (ACI), em modelo de cabeceira única, para facilitar a fiscalização e agilizar o trânsito de cargas. O Paraguai apresentará suas demandas de infraestrutura nas próximas semanas para que o governo brasileiro elabore o projeto executivo.

Também foi mencionada a possibilidade de um porto seco em Porto Murtinho, caso o volume de cargas cresça acima do esperado. A prefeitura já sinalizou a doação de uma área para viabilizar o projeto, evidenciando o potencial de transformação da cidade em um hub logístico.

75% de execução e novas pontes no radar

Com 75% da ponte principal concluída, os trabalhos seguem em ritmo acelerado, mas a reunião trouxe também discussões sobre futuros desdobramentos. Uma das propostas é a construção de uma nova ponte sobre o Rio Apa, ligando Bela Vista (MS) a Bella Vista Norte (PY), como forma de reforçar ainda mais a malha viária da rota.

Segundo o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o alinhamento entre os governos brasileiro e paraguaio garante que os prazos sejam cumpridos: “Tivemos a confirmação de que todas as obras estarão concluídas até o final de 2026, incluindo os acessos e os complexos alfandegários. Isso mostra o comprometimento de ambos os países com este megaprojeto”.

O impacto da ponte vai além da logística. Espera-se que o empreendimento gere mais empregos, aumento do comércio bilateral e desenvolvimento de regiões historicamente pouco exploradas, como o oeste do Mato Grosso do Sul.

Para o chanceler Daniel Falcon, a obra representa “progresso, prosperidade e mais empregos para toda a região, além de beneficiar os demais países envolvidos na rota”.

Um marco para a integração continental

A Ponte da Rota Bioceânica é mais que uma obra de engenharia — é um símbolo da integração latino-americana. Com 75% de execução e previsão de entrega em 2026, ela promete reduzir custos, agilizar exportações e criar um corredor logístico que mudará o comércio entre Brasil, Paraguai, Argentina, Chile e os mercados asiáticos.

Nos próximos meses, o foco estará na conclusão dos acessos, implantação das estruturas alfandegárias e na definição de novos investimentos para que a rota se torne uma realidade completa até o final de 2026.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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