Dhravya Shah, 19, levantou uma rodada seed para a Supermemory, uma API de memória de longo prazo para apps de IA. Startup já tem primeiros clientes e apoio de nomes de big techs.
A Supermemory quer resolver um problema que trava a adoção de agentes inteligentes: IA que “esquece” entre sessões. O fundador Dhravya Shah, nascido em Mumbai, captou US$ 2,6 milhões para acelerar a plataforma que promete dar memória persistente, rápida e contextual a produtos com modelos de linguagem. Em 6 de outubro de 2025, o TechCrunch detalhou a rodada e a trajetória do jovem, hoje baseado em São Francisco.
Shah criou bots e apps para consumidores, vendeu um utilitário que transformava tweets em screenshots para a Hypefury e decidiu trocar o vestibular do IIT por Arizona State University. Lá, impôs a si o desafio de construir algo novo toda semana por 40 semanas; de uma delas nasceu o embrião da Supermemory, inicialmente Any Context, que permitia conversar com bookmarks do Twitter.
Em 2024, o fundador estagiou na Cloudflare em IA e infraestrutura e depois atuou como líder de relações com desenvolvedores. Conselheiros como Dane Knecht (CTO da Cloudflare) o incentivaram a transformar o projeto em produto. Em 2025, Shah passou a se dedicar integralmente à startup.
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A proposta interessa a quem constrói assistentes, e-mail, editores de vídeo, CRMs e ferramentas de busca. A Supermemory promete ingestão multimodal e consultas com baixa latência em históricos de meses.
Como funciona a Supermemory e por que isso importa para a IA
A Supermemory se define como “API universal de memória”. A empresa descreve um pipeline que ingere dados (arquivos, documentos, chats, e-mails, PDFs e fluxos de apps), gera embeddings, enriquece com grafo de conhecimento e indexa para recall sub-300 ms via busca semântica e por palavras-chave. Conectores para Google Drive, OneDrive e Notion facilitam sincronização.
Segundo a startup, o objetivo é que agentes e aplicativos “lembrem” preferências e fatos em longo prazo, mantendo contexto entre sessões. Isso permite, por exemplo, buscar notas antigas em apps de escrita/diário, localizar e-mails relevantes para uma tarefa ou trazer clipes de uma biblioteca de vídeo sob demanda do usuário.
A empresa afirma ainda desempenho superior a alternativas, com “até 10× mais rápido que Zep e 25× que Mem0” e custos menores. São declarações da própria Supermemory, que o mercado acompanhará conforme mais benchmarks independentes surgirem.
Para públicos corporativos, a promessa inclui SOC 2, criptografia em trânsito e em repouso e opções de deploy em nuvem, híbrido ou on-premises.

Rodada seed, quem investiu e quem já usa
A rodada seed de US$ 2,6 milhões foi liderada por Susa Ventures, Browder Capital e SF1.vc. Anjos incluem Jeff Dean (Google AI), Logan Kilpatrick (DeepMind), Dane Knecht (Cloudflare), David Cramer (Sentry) e executivos de OpenAI, Meta e Google. Joshua Browder (DoNotPay), que comanda a Browder Capital, citou a velocidade de execução do fundador como diferencial.
Entre os primeiros clientes, o TechCrunch lista o assistente de desktop Cluely (apoiado pela a16z), o editor de vídeo Montra, a ferramenta de busca Scira, o multi-MCP Rube (da Composio) e a startup imobiliária Rets. A empresa também colabora com uma companhia de robótica para guardar memórias visuais capturadas por robôs.
Para efeito de contexto, a Susa Ventures também investiu na Memories.ai, que levantou US$ 8 milhões para memória visual com apoio da Samsung Next, reforçando o interesse de fundos no “cérebro externo” dos apps de IA.
No curto prazo, a Supermemory busca consolidar-se como camada de memória plugável para LLMs e agentes, mirando desenvolvedores e produtos B2B que dependem de contexto persistente.
Você acha que a memória persistente em IA melhora o serviço ou eleva riscos de privacidade? Você deixaria e-mails, documentos e clipes de vídeo alimentarem um agente que “nunca esquece”? Comente se você usaria a Supermemory ou prefere soluções on-prem e código aberto.