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Com 15 milhões de m² e capacidade de 2,55 milhões de toneladas por ano, maior fábrica de celulose está no Brasil, recebeu R$ 22,2 bilhões em investimentos e exporta 180 MW de energia limpa para o sistema nacional

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 10/10/2025 às 12:01
Maior fábrica de celulose do mundo, da Suzano em MS, investe R$ 22,2 bi, produz 2,55 mi t/ano e exporta energia limpa.
Maior fábrica de celulose do mundo, da Suzano em MS, investe R$ 22,2 bi, produz 2,55 mi t/ano e exporta energia limpa.
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Megafábrica da Suzano em Mato Grosso do Sul impressiona pela escala e eficiência energética, com investimento bilionário, produção recorde de celulose e autossuficiência em energia limpa que reforça o papel do Brasil no mercado global.

Com 15 milhões de m² e capacidade de 2,55 milhões de toneladas por ano, maior fábrica de celulose está no Brasil, recebeu R$ 22,2 bilhões em investimentos e exporta 180 MW de energia limpa para o sistema nacional

A unidade da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS) iniciou operação em 21 de julho de 2024 e é classificada pela companhia como a maior fábrica de celulose em linha única do mundo, com capacidade anual de 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto.

O projeto consumiu R$ 22,2 bilhões e, desde a partida, a planta é autossuficiente em energia, com excedente médio de cerca de 180 MW entregue ao Sistema Interligado Nacional.

A inauguração oficial ocorreu em 10 de dezembro de 2024.

Operação, investimento e escala industrial

Concebida como complexo de alta capacidade, a fábrica reúne todos os blocos de processo típicos do setor — do preparo da madeira ao branqueamento e secagem — em uma única linha de fibras dimensionada para grandes volumes.

A empresa informa que o investimento contemplou tanto o parque fabril quanto florestas plantadas e a logística de escoamento.

Na cerimônia de inauguração, a Suzano detalhou a divisão do aporte: R$ 15,9 bilhões para a construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões para base florestal e infraestrutura logística.

Tecnologia e integração industrial

A fornecedora Andritz foi responsável pelo escopo de engenharia, suprimentos, construção e comissionamento da cadeia produtiva (EPCC), incluindo linha de fibras e recuperação química.

A companhia austríaca também confirma o porte recorde em linha única e ressalta que a unidade opera integralmente com energia renovável, gerando excedente de 180 MW para a rede.

Energia limpa e autossuficiência

A autossuficiência energética decorre da queima de biomassa e da recuperação do licor no ciclo químico da celulose, com turbogeradores de alto rendimento.

Segundo a fornecedora de soluções energéticas do projeto, a expectativa de cerca de 180 MW excedentes permite a venda de eletricidade e o abastecimento de fornecedores satélites, além da contribuição ao SIN.

Floresta de suprimento e logística de madeira

Para reduzir custo e variabilidade no abastecimento, a malha florestal foi desenhada com raio médio estrutural de 65 quilômetros entre plantios e fábrica, o menor entre as operações da Suzano.

Essa distância encurta trajetos de transporte de madeira e tende a aumentar a previsibilidade do fluxo.

O dado consta de comunicação institucional e foi reiterado por veículos especializados de economia.

Capacidade total e efeito no mercado

Com a entrada de Ribas do Rio Pardo, a capacidade instalada de celulose da Suzano cresceu mais de 20%, passando de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas por ano, segundo comunicados oficiais de julho e dezembro de 2024.

O incremento reposicionou a oferta global de celulose de eucalipto de mercado, segmento em que o Brasil se destaca pela produtividade florestal.

Licenciamento ambiental e empregos

A operação foi autorizada após a emissão da Licença de Operação pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) no fim de julho de 2024.

O documento atesta o cumprimento de condicionantes e tem validade de quatro anos.

Com a virada para a rotina operacional, cerca de 3 mil pessoas — entre empregados diretos e terceirizados — passaram a atuar nas frentes industrial, florestal e logística ligadas ao projeto.

No pico das obras, foram mais de 10 mil empregos diretos.

Cronograma e marcos de ramp-up

Anunciado ao mercado em maio de 2021, o Projeto Cerrado cumpriu a sequência de construção, testes integrados e partida em 21 de julho de 2024, com inauguração oficial em dezembro de 2024.

Em seguida, a curva de aprendizado foi concluída no fim de dezembro de 2024, e a unidade alcançou seu primeiro 1 milhão de toneladas acumuladas em 8 de janeiro de 2025, de acordo com o fornecedor da linha e com publicações corporativas.

Dimensão física do sítio industrial

O complexo é descrito por fontes setoriais como instalado em terreno de aproximadamente 3 quilômetros por 5 quilômetros — uma área próxima de 15 milhões de metros quadrados — com pátios de madeira, tanques, utilidades e estruturas de armazenamento distribuídos para sustentar fluxo contínuo de produção e expedição.

A Suzano não publica, em seus canais oficiais, a metragem total exata do terreno.

Cadeia regional e escoamento

A localização no eixo da BR-262 integra o projeto a corredores rodoviários e ferroviários de exportação já consolidados no Centro-Oeste.

Ao elevar o volume de celulose disponível, a unidade tende a intensificar o tráfego de cargas vinculado ao escoamento para terminais e portos, em linha com o desenho logístico informado pela companhia para Mato Grosso do Sul.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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