Em até 12x usando o limite do cartão, o Pix no crédito paga o recebedor na hora. Entenda como funciona, quais são as taxas, quando vale a pena e o que muda com a chegada do Pix parcelado do Banco Central.
O Nubank passou a oferecer a opção de fazer transferência Pix usando o limite do cartão de crédito, com pagamento à vista na fatura ou parcelado em até 12 vezes. Para quem recebe, nada muda: o valor cai imediatamente, como em qualquer Pix.
Para quem paga, a cobrança aparece na fatura, com juros e custos informados antes da confirmação no aplicativo. A funcionalidade amplia o leque de meios de pagamento em situações de emergência ou para aproveitar descontos concedidos a quem paga via Pix. Segundo o próprio Nubank, a experiência foi desenhada para manter o controle de gastos em um único lugar.
Como funciona o Pix no crédito do Nubank
Na prática, o processo é parecido com um Pix tradicional. Ao iniciar uma transferência no app, o cliente escolhe a forma de pagamento “Crédito” em vez de “Saldo da conta”. O app então mostra, de forma transparente, o custo total, a possibilidade de pagar à vista na fatura ou parcelar, e o valor de cada parcela. Tudo é exibido antes da confirmação para que o cliente decida com segurança.
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O Nubank informa que o dinheiro cai na hora para quem recebe, como em qualquer Pix. Essa é uma diferença relevante em relação a compras no cartão, que podem levar dias para liquidar para o lojista. Com o Pix no crédito, o comerciante tem liquidez imediata e o pagador ganha fôlego de caixa ao concentrar o gasto na fatura.
Outra opção recente que conversa com essa experiência é o Pix por aproximação dentro do app, que permite aproximar o celular em maquininhas com Pix habilitado e escolher se o pagamento sairá do saldo ou do crédito. É uma forma de manter a velocidade do Pix com a flexibilidade do cartão.
Taxas, parcelamento e cuidados com os juros
É importante entender os custos. No Pix tradicional, o valor sai do saldo da conta e não há tarifa para pessoas físicas. Já no Pix no crédito, há juros e encargos porque se trata do uso do limite do cartão. As taxas são variáveis e aparecem no aplicativo antes da conclusão
Levantamentos recentes mostram que, dependendo do número de parcelas, o custo pode subir de forma relevante. Em simulação citada pelo iDinheiro, uma transferência de R$ 50 parcelada em 12 vezes no Nubank poderia ter mais de R$ 50 apenas em juros, evidenciando que o recurso deve ser usado com planejamento.
Vale sempre comparar o custo total efetivo com outras alternativas e considerar a antecipação de parcelas, quando disponível, para reduzir juros.
Em resumo, o Pix no crédito é útil em emergências, para organizar o fluxo do mês ou aproveitar descontos de Pix sem saldo na hora, mas é recomendável evitar parcelamentos longos. A regra prática é simples: ver os números no app, simular cenários e só confirmar se fizer sentido para o seu orçamento.
O que muda com o Pix parcelado do Banco Central
Além das soluções dos bancos, o Banco Central deve lançar o Pix parcelado ainda em setembro de 2025, criando um padrão de mercado que pode acirrar a disputa com os cartões de crédito, já que o lojista recebe à vista e o pagador divide o valor ao longo do tempo.
A agência Reuters informou que a novidade busca ampliar o uso do Pix em compras de maior valor e atender consumidores com acesso limitado a crédito. A Fitch Ratings avalia que o Pix parcelado tende a ser a maior evolução do Pix desde 2020, pressionando o ecossistema de cartões.
Na prática, isso significa que ofertas como o Pix no crédito do Nubank convivem com um arranjo padronizado pelo BC, possivelmente com regras, custos e infraestrutura diferentes. Para o consumidor, o recado é o mesmo: compare taxas, leia as telas com atenção e use o parcelamento com responsabilidade.
Quando vale a pena usar
Use o Pix no crédito para resolver imprevistos sem travar o caixa do mês, para centralizar gastos na fatura e quando houver desconto para Pix que compense os encargos. Em valores maiores, simule no app tanto à vista quanto parcelado e verifique se não há alternativa mais barata, como um empréstimo pessoal com juros menores ou o Pix tradicional quando houver saldo. Transparência nas telas e planejamento são as chaves para evitar endividamento.
No fim, a combinação de pagamento instantâneo com opção de crédito deve ganhar ainda mais força com o Pix parcelado do BC, remodelando o varejo e a relação dos brasileiros com meios de pagamento. Lojistas ganham liquidez imediata. Consumidores ganham flexibilidade. O custo, porém, continua sendo o fator decisivo.
Queremos ouvir você: o Pix no crédito facilita a vida ou incentiva o endividamento ao permitir parcelar transferências do dia a dia? Você usaria para aproveitar descontos em Pix ou só em emergências? Deixe sua opinião nos comentários.