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Com 1.294 metros de extensão, ponte entre Brasil e Paraguai chega a 75% de execução

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 01/08/2025 às 16:44
Paraguai, ponte
Foto: Reprodução
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A Ponte Internacional da Rota Bioceânica já está 75% concluída e promete transformar a logística entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. Com previsão de entrega até o fim de 2026, a estrutura será peça-chave no corredor rodoviário que liga os oceanos Atlântico e Pacífico, facilitando o comércio exterior e encurtando prazos de transporte.

A construção da Ponte Internacional da Rota Bioceânica alcançou 75% de execução. A estrutura liga Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, a Carmelo Peralta, no Paraguai.

A previsão é que a obra esteja pronta no segundo semestre de 2026.

Além disso, os acessos rodoviários no lado brasileiro, que somam cerca de 13 quilômetros, devem ser finalizados até o final do mesmo ano.

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As atualizações foram apresentadas durante a 10ª Reunião da Comissão Mista da Ponte Bioceânica, realizada em Porto Murtinho.

Estrutura avança em ritmo acelerado

A ponte terá 1.294 metros de comprimento e 21 metros de largura.

A obra principal está 75% pronta. Já os acessos rodoviários, com 13,1 km de extensão, estão em fase inicial, com cerca de 17% executados.

Nesse trecho, estão sendo erguidas quatro pontes menores. Uma delas terá quase 700 metros, necessária para atravessar uma área alagada.

O mais importante é que essa ligação faz parte do Corredor Rodoviário de Capricórnio.

Essa rota une os portos do norte do Chile, como Antofagasta e Iquique, ao Brasil, passando por Paraguai e Argentina. Porto Murtinho será um dos principais pontos logísticos da conexão.

Infraestrutura aduaneira também em planejamento

Para garantir a fluidez do transporte, está prevista a instalação de complexos alfandegários nos dois lados da fronteira. A Receita Federal estima um fluxo inicial de 250 caminhões por dia.

Esse número poderá crescer à medida que a Rota Bioceânica se consolidar como opção para exportações e importações entre o Mercosul e o continente asiático.

O chanceler Daniel Falcon destacou o impacto esperado.

Segundo ele, a ponte trará crescimento, aumento no comércio e geração de empregos na região. Ele também elogiou a colaboração entre os governos envolvidos.

Município terá novo papel no comércio exterior

O prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, afirmou que a cidade se tornará uma porta de entrada e saída para o comércio exterior brasileiro.

Para ele, a ponte representa uma transformação econômica para o município.

Jaime Verruck reforçou a previsão de entrega total até o fim de 2026, incluindo os acessos e os postos alfandegários. Ele afirmou que a obra é uma prioridade estadual e nacional.

ACI em fase de projeto executivo

Outro tema discutido foi a criação de um Centro Integrado de Alfândega (ACI) em cabeceira única.

O Paraguai ficou responsável por detalhar suas demandas de infraestrutura, como salas e equipamentos.

Essas informações serão usadas pelo Brasil para elaborar o projeto executivo. Verruck destacou que o ACI é essencial para integrar os sistemas aduaneiros dos dois países.

Porto seco pode ser necessário

Com a expectativa de aumento no transporte de cargas, há também a possibilidade de construção de um porto seco em Porto Murtinho. A prefeitura já ofereceu uma área para viabilizar o projeto.

Segundo o secretário, essa estrutura poderá ser licitada se houver necessidade de ampliar o sistema aduaneiro da região.

Acordo entre os países avança

Foi discutida ainda a ratificação de um aditivo ao Acordo da Ponte. O documento define questões tributárias entre os países e já está tramitando no governo brasileiro. A expectativa é que o texto chegue ao Senado Federal em breve.

Outra proposta apresentada na reunião foi a construção de uma nova ponte sobre o rio Apa, entre Bela Vista (MS) e Bella Vista Norte (PY). A ideia é ampliar ainda mais a integração rodoviária regional. O governo federal estuda a viabilidade de ligar essa futura estrutura à BR-267.

A Rota Bioceânica é um corredor rodoviário com mais de 2.400 km de extensão. Ela conecta o oceano Atlântico, pelo Brasil, ao Pacífico, pelo Chile. O trajeto passa também por Paraguai e Argentina.

A proposta busca reduzir o tempo e os custos no transporte de mercadorias. Segundo estimativas, a economia pode chegar a 30% nos custos logísticos e a 15 dias no tempo de viagem em comparação à rota marítima via Canal do Panamá.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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