O Coaf (Comissão de Controle de Atividades Financeiras), orgão que combate lavagem de dinheiro, fica com Haddad, sendo responsável também por descobrir e combater a corrupção.
Em 2018, o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou o Coaf pela transferência para o Ministério da Justiça, então dirigido pelo ex-juiz e atual senador Sérgio Moro (União-PR), e, portanto, agora no governo Lula, o órgão que combate lavagem de dinheiro fica com Haddad.
Referindo-se a Moro, Haddad disse que o Coaf não deveria seguir “ditados de políticos”. Depois, ainda no governo Bolsonaro, os restos foram para o BC. A polêmica surgiu nas redes sociais quando a notícia do retorno do Coaf ao Tesouro veio quando Haddad era um político. Moro também cobrou Haddad pela internet. Haddad respondeu que o Coaf sempre pertenceu ao Tesouro e acaba de voltar ao seu lugar.
Qual a importância do órgão que combate lavagem de dinheiro ficar com Haddad?
A agência analisa movimentos atípicos do sistema financeiro e gera relatórios. Esses documentos podem ajudar nas investigações de lavagem de dinheiro e corrupção. Para especialistas, os órgãos não correm risco na fazenda. O Coaf tem uma direção própria e não precisa de aprovação ministerial para analisar o material.
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Adrienne Sena Jobim, presidente do Coaf de 1998 a 2001, disse que inicialmente se pensava que o órgão estaria na fazenda, que os funcionários do ministério eram de carreira, com poucos servindo em comitês e geralmente em cargos sem poder de decisão. O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega acredita que a decisão de substituir a agência do Ministério da Fazenda foi acertada.
Segundo ele, o ambiente é propício para discussões estratégicas, como ampliar o papel do mercado financeiro no fornecimento de informações. Para Fábio Terra, professor de economia da UFABC (Universidade Federal do ABC), especialista em finanças públicas e especialista em banco central, a mudança é acertada, já que a estrutura do Ministério da Fazenda conta com a Receita Federal, que possui expertise em análise e auditoria de transações financeiras. Sergio Moro acredita que os riscos potenciais estão sempre presentes, “isso não significa que se tornará uma realidade”.
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