Bancos exigem 30% de entrada e milhares de imóveis vão a leilão.
Em 2025, a classe média enfrenta o maior aperto das últimas décadas: bancos passaram a exigir 30% de entrada nos financiamentos, salários corroídos não acompanham a alta dos preços e o número de imóveis em leilão dispara, revelando um cenário alarmante de endividamento e insegurança habitacional.
O peso da entrada mínima
Para a classe média, a exigência dos bancos em elevar a entrada de 20% para 30% foi um golpe direto no sonho da casa própria. Um imóvel de R$ 300 mil, que antes demandava R$ 60 mil de entrada, agora exige R$ 90 mil um aumento de 50% sobre o valor necessário.
Essa mudança, aparentemente pequena em termos percentuais, é devastadora na prática, porque poucas famílias conseguem juntar esse montante sem comprometer anos de economia.
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De acordo com a análise do canal Gêmeos Investem, essa alteração foi consequência da fuga de recursos da poupança, tradicional fonte de financiamento imobiliário.
Sem dinheiro disponível, os bancos passaram a elevar a exigência da entrada para reduzir riscos e limitar a concessão de crédito.
Juros altos e orçamento no limite
Além da entrada maior, os juros do financiamento permanecem entre 11% e 13% ao ano. Isso significa que mesmo famílias com renda conjunta acima de R$ 10 mil acabam comprometendo boa parte do orçamento.
Segundo o Gêmeos Investem, em grandes capitais, uma parcela mensal de R$ 4 mil se soma a condomínio, IPTU e custos básicos, tornando a equação insustentável.
Esse quadro explica o crescimento acelerado dos leilões de imóveis: em 2024, mais de 47 mil propriedades foram retomadas apenas pela Caixa Econômica Federal, refletindo a dificuldade das famílias em manter os pagamentos após atrasos de poucas parcelas.
Impostos, salários e custo de vida
Outro ponto central é o peso dos impostos. Em 2025, o brasileiro trabalhou até o fim de maio apenas para custear tributos, o que reduz ainda mais a capacidade de poupança da classe média.
O contraste é cruel: enquanto o empregador desembolsa cerca de R$ 3 mil por um funcionário, este recebe apenas R$ 1,3 mil líquidos, após descontos obrigatórios.
O resultado é uma sensação de sufocamento. Os salários não acompanham a inflação dos alimentos, da moradia e do transporte, empurrando famílias para o limite financeiro e deixando pouco espaço para a formação de patrimônio.
O dilema das moradias e da segurança
A precariedade da segurança pública também força as famílias a migrarem de casas para apartamentos, o que encarece ainda mais o custo mensal com condomínio e IPTU.
Um simples apartamento de 70 m² em São Paulo pode acumular mais de R$ 700 anuais apenas em taxas fixas, sem contar a parcela do financiamento.
Essa combinação de fatores explica por que muitos imóveis da classe média acabam indo a leilão.
Não se trata apenas de inadimplência, mas de uma soma de pressões: impostos, juros altos, burocracia para construir e um mercado imobiliário dominado por poucas construtoras, como destacou o Gêmeos Investem.
O impacto no Minha Casa, Minha Vida
O programa Minha Casa, Minha Vida segue sendo uma das poucas portas de entrada para famílias de baixa renda, com subsídios e juros menores. Porém, a classe média que ultrapassa o limite das faixas de renda não consegue se beneficiar, ficando presa em financiamentos mais caros.
Isso gera a percepção de que esse grupo social está no “pior dos mundos”: sem ajuda governamental e sem condições de competir com os ricos, que compram à vista.
Segundo o Gêmeos Investem, essa exclusão da classe média das políticas de habitação revela um gargalo estrutural, que tende a aumentar a desigualdade no acesso à moradia.
A classe média brasileira está cada vez mais espremida entre juros altos, impostos pesados e salários corroídos. Comprar e manter um imóvel em 2025 deixou de ser um sonho viável para se tornar um risco calculado.
Você acredita que essa situação é consequência apenas da política dos bancos ou de falhas mais profundas na gestão econômica do país? Já passou por dificuldades em manter seu financiamento?
Deixe sua opinião nos comentários queremos ouvir quem vive essa realidade na prática.
Eu concordo plenamente com o teor desta matéria, e ainda vejo um atenuante extremamente perverso que é o protecionismo dado aos bancos e empreiteiras, é sempre a classe média ou baixa que arca com tudo, juros altos, preços exorbitantes e prazos cada vez menores para negociar dividas, já que os credores estão cada vez mais empoderados para retomada do bem, até nos leões, vejam só, eles oferecem o imóvel ocupado, e quem comprar que se vire. Realmente está cada vez mais difícil.
Só lembrando para os menos inteligentes que ITPU é com.seu prefeito de estimação Ricardo Nunes e não tem nada a ver com Governo Federal.Vai lá na Prefeitura reclamar com esse escrutínio que vocês votaram e o ITPU esta um verdadeiro roubo de tão caro.
O imposto sobre as Grandes Fortunas vai liberar isso da classe.media , proporcionalmente pesa muito.
Os ricos têm que pagar imposto sim e o Governo Lula vai conseguir.
Aqui tem.muitos desinformados que só sabem xingar e não entendem enquanto ricosnao forem taxados os da classe média sofrem sim.