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Cientistas temem impacto do asteroide Bennu: colisão pode escurecer o planeta, derrubar temperaturas e provocar fome em escala mundial

Publicado em 06/11/2025 às 16:23
Asteroide Bennu pode causar inverno de impacto; partículas na atmosfera geram resfriamento global e levam a crise alimentar global.
Asteroide Bennu pode causar inverno de impacto; partículas na atmosfera geram resfriamento global e levam a crise alimentar global.
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Cientistas alertam que o asteroide Bennu, caso colida com a Terra, pode lançar enorme quantidade de partículas na atmosfera, escurecer o planeta, derrubar temperaturas e comprometer a produção de alimentos em escala mundial.

O asteroide Bennu é monitorado por cientistas e aparece nas projeções como um corpo celeste com chance de impacto com a Terra em 2182. A preocupação não está apenas no choque em si, mas no efeito em cadeia. Estudos indicam que uma colisão desse porte poderia lançar até 400 milhões de toneladas de partículas na atmosfera, modificando temporariamente o clima do planeta e desencadeando um cenário de resfriamento global. Esse efeito é conhecido como inverno de impacto e já foi observado em modelagens que simulam grandes emissões de aerossóis após eventos catastróficos.

De acordo com o portal diário do litoral, esse escurecimento parcial do planeta ocorreria porque as partículas suspensas na atmosfera refletiriam parte da luz solar de volta ao espaço. Com menos radiação solar chegando ao solo, as temperaturas tenderiam a cair e os ciclos de chuva seriam afetados, o que representaria um risco direto à agricultura e à segurança alimentar. Ainda que o evento esteja projetado para um futuro distante, o fenômeno exige análise técnica contínua.

Como o asteroide Bennu poderia escurecer o planeta

O ponto central da preocupação é a quantidade de material que seria lançada para a alta atmosfera no momento do impacto. As projeções falam em centenas de milhões de toneladas de aerossóis.

Esses aerossóis funcionariam como um filtro que barra parte da luz solar, reduzindo a energia disponível para aquecer a superfície terrestre. Diferentemente do aquecimento provocado por gases de efeito estufa, esse tipo de resfriamento é temporário, mas pode ser muito intenso nos primeiros meses após o impacto.

Com menos luz, a evaporação da água dos oceanos e continentes também diminuiria. Menos evaporação significa menos formação de nuvens e menos precipitação em várias regiões do globo.

Essa combinação de menos sol e menos chuva tende a desorganizar ecossistemas, encurtar safras e forçar deslocamentos de populações que dependem de regimes climáticos estáveis.

Queda de temperatura e o chamado inverno de impacto

O inverno de impacto é o nome dado ao período em que o planeta fica artificialmente escurecido por partículas na atmosfera após um evento extremo. No caso do asteroide Bennu, o mecanismo é semelhante ao que ocorre em erupções vulcânicas muito grandes.

A redução de temperatura não ocorre apenas em um ponto do planeta, mas pode ser global, porque as partículas se espalham pelos ventos em altitude.

Esse resfriamento temporário não elimina o problema. Mesmo que dure meses ou poucos anos, ele é suficiente para interromper ciclos agrícolas e provocar faltas regionalizadas de alimentos.

Em países dependentes de uma única safra anual, o impacto seria mais severo, porque um único ciclo perdido pode significar escassez generalizada.

Impacto direto na agricultura e na alimentação

A agricultura moderna depende de três fatores básicos do clima: luz, temperatura e água. Um impacto como o do asteroide Bennu afetaria os três ao mesmo tempo.

Com menos luz, a fotossíntese diminui. Com temperaturas mais baixas, o crescimento das plantas desacelera. Com chuva irregular, a produtividade cai. O resultado dessa equação é uma forte pressão sobre a oferta de alimentos.

Regiões que dependem de grandes extensões agrícolas para abastecer populações inteiras teriam de reagir rapidamente para evitar uma crise alimentar global.

Sem resposta técnica e logística, especialistas admitem que o risco de fome em escala ampla não pode ser descartado. Em cenários extremos, a escassez pode levar a disputas por recursos, elevação de preços e necessidade de estoques estratégicos internacionais.

Lições de eventos históricos de resfriamento

Embora o impacto do asteroide Bennu seja um evento hipotético e projetado para o futuro, a ciência usa episódios do passado para estimar consequências.

Grandes erupções, como a do Monte Toba há cerca de 74 mil anos, provocaram resfriamentos significativos e alterações na biodiversidade. Não é o mesmo fenômeno, mas o mecanismo atmosférico de escurecimento parcial é comparável.

Estudar esses eventos históricos permite entender que não é preciso que o planeta congele para que haja danos profundos. Basta uma redução moderada, mas global, da temperatura e da radiação solar para que cadeias produtivas inteiras sejam afetadas.

Por isso, mesmo com a ameaça estando distante no tempo, o monitoramento de Bennu segue como prioridade científica.

Por que a ameaça exige atenção mesmo sendo distante

A janela de possível impacto indicada pelos cientistas está em 2182, portanto fora da escala de vida das gerações atuais. Ainda assim, ameaças de asteroides são tratadas com antecedência porque exigem planejamento tecnológico, diplomático e científico de longo prazo.

Quanto mais cedo se conhece a órbita, o tamanho do corpo e o cenário de impacto, maiores as chances de mitigação ou desvio.

A comunidade científica trabalha com cenários e probabilidades. Mesmo que o impacto não ocorra, o estudo do asteroide Bennu fortalece o conhecimento sobre como a Terra reage a grandes injeções de partículas na atmosfera. Esse tipo de informação também é útil para modelar efeitos de outras ameaças naturais.

O asteroide Bennu representa hoje mais um alerta de como o planeta é sensível a alterações na entrada de luz solar e a mudanças súbitas na atmosfera.

Um único evento pode desencadear resfriamento, redução de chuvas e queda na produção de alimentos, pressionando populações inteiras. É um tema técnico, de longo prazo e que depende de vigilância científica permanente.

Para você, o maior desafio em um cenário assim seria garantir comida para todos ou manter o clima minimamente estável para a recuperação das safras? Comente abaixo e diga qual ponto te preocupa mais.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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