Rio perdido pode revelar o segredo por trás da construção das pirâmides do Egito. Pesquisadores identificam o rio Ahramat, braço extinto do Nilo, que pode ter sido fundamental para a construção das pirâmides do Egito.
As pirâmides do Egito, construídas há mais de 4.500 anos, continuam a intrigar a ciência. Como foi possível erguer estruturas monumentais, com blocos de até toneladas, em meio ao deserto? Uma nova pesquisa publicada na revista Communications Earth & Environment apresenta uma resposta: um rio perdido, chamado Ahramat, pode ter sido a chave logística da construção das pirâmides do Egito.
O estudo, conduzido por cientistas como Eman Ghoneim, utilizou imagens de satélite e análises geofísicas para identificar o curso de um antigo braço do Nilo que passava justamente pela região onde estão concentradas as pirâmides. O rio, hoje oculto pelas areias do deserto, teria servido como rota estratégica para transportar pedras e sustentar os milhares de trabalhadores envolvidos no projeto.
Como o rio foi descoberto?
Pesquisadores recorreram a tecnologia de radar por satélite, capaz de penetrar a areia e revelar estruturas enterradas. Essa análise mostrou o traçado de um leito fluvial de aproximadamente 64 km de extensão, com largura entre 200 e 700 metros em alguns trechos, correndo paralelamente ao Nilo atual.
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Para confirmar os dados, sondagens no solo foram realizadas, comprovando a presença de sedimentos que só poderiam ter sido depositados por um rio. O período de atividade do Ahramat coincide justamente com a época da construção das pirâmides, entre 4.700 e 3.700 anos atrás.
Por que o rio é crucial para a construção das pirâmides do Egito?
O transporte terrestre de blocos maciços de pedra seria extremamente lento e trabalhoso. O Ahramat teria funcionado como uma rodovia aquática, permitindo o deslocamento rápido de materiais até os canteiros de obras.
Além disso, a proximidade com o rio fornecia água e recursos básicos para os milhares de trabalhadores envolvidos no processo, algo essencial para manter a força de trabalho em condições adequadas durante décadas de construção.
Essa descoberta sugere que a localização das pirâmides não foi aleatória: os egípcios escolheram estrategicamente pontos próximos ao curso desse braço do Nilo, maximizando a eficiência logística e garantindo abastecimento constante.
Impacto da descoberta para a arqueologia
A teoria do Ahramat revoluciona a compreensão da engenharia e da logística no Egito Antigo. Ela reforça a ideia de que as pirâmides não foram apenas obras arquitetônicas monumentais, mas também fruto de planejamento ambiental e uso inteligente dos recursos naturais.
Segundo os autores do estudo, o achado também lança luz sobre a relação entre civilizações antigas e mudanças ambientais. O desaparecimento gradual do rio, causado por processos de desertificação, explica por que hoje as pirâmides parecem isoladas em meio ao deserto.
Lições do passado para o presente
O estudo do rio Ahramat mostra que a adaptação ao meio ambiente foi decisiva para erguer uma das maiores maravilhas do mundo antigo. Essa perspectiva abre debates atuais sobre sustentabilidade e uso racional de recursos hídricos.
Mais do que resolver um mistério histórico, a descoberta inspira reflexões sobre como sociedades modernas podem aprender com estratégias do passado para enfrentar desafios ambientais e de infraestrutura.
A identificação do rio Ahramat pode finalmente explicar como a construção das pirâmides do Egito foi possível em larga escala. Mais do que uma curiosidade arqueológica, a revelação reforça a genialidade dos antigos egípcios em moldar o ambiente a seu favor.
E você, acredita que esse rio perdido explica de vez os segredos da construção das pirâmides do Egito ou ainda restam mistérios a serem desvendados? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir sua visão sobre esse enigma histórico.