Pesquisa da Kaust na Arábia Saudita cria técnica simples e barata que aumenta dez vezes a durabilidade de baterias aquosas para uso amplo
Pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah (Kaust), na Arábia Saudita, encontraram uma maneira de ampliar em mais de dez vezes a vida útil de baterias aquosas. O avanço pode beneficiar sistemas usados em carros elétricos, celulares e armazenamento de energia em larga escala.
Em baterias recarregáveis, o ânodo é responsável por gerar e armazenar energia. No entanto, a presença de água livre — moléculas não ligadas — provoca reações parasitárias que degradam o sistema e reduzem sua eficiência com o tempo.
O papel do sulfato de zinco
O estudo, publicado na Science Advances, aponta que adicionar sulfato de zinco estabiliza as moléculas de água, funcionando como uma espécie de “cola”.
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Isso reduziu interações indesejadas e limitou reações químicas que consomem energia, aumentando a proteção do ânodo.
“A estrutura da água na química da bateria elétrica era um parâmetro essencial até agora negligenciado”, afirmou o professor Husam Alshareef, coordenador da pesquisa.
Aplicação universal e viabilidade
Embora os testes tenham utilizado principalmente sulfato de zinco, os pesquisadores observaram que outros sais de sulfato também trazem benefícios semelhantes em diferentes ânodos metálicos.
Segundo o artigo, sais de sulfato são baratos, estáveis e amplamente disponíveis, o que torna a solução viável para aplicação em larga escala. Isso abre espaço para avanços no desenvolvimento de baterias mais duráveis e econômicas.
Impacto nos carros elétricos
As baterias aquosas vêm ganhando destaque como alternativa sustentável para o armazenamento de energia. A expectativa é que o mercado global ultrapasse US$ 10 bilhões (cerca de R$ 55 bilhões) até 2030.
Ao contrário das baterias de lítio, comuns em veículos híbridos e elétricos, as baterias aquosas oferecem maior segurança e potencial de integração com fontes renováveis, como a energia solar, em redes elétricas.
O mais importante é que a técnica proposta pelos cientistas pode acelerar a adoção dessas baterias, oferecendo uma opção mais sustentável para o futuro da mobilidade e da geração de energia limpa.
Com informações de O Tempo.