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Cientistas descobrem que o sal de cozinha pode revolucionar a energia solar e a indústria de baterias

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 05/06/2024 às 15:48
Cientistas descobrem que o sal de cozinha pode revolucionar a energia solar e a indústria de baterias
A energia solar está se tornando cada vez mais popular, mas ainda enfrenta desafios, como a necessidade de baterias eficientes e seguras. Recentemente, pesquisadores descobriram que o sal de cozinha pode ser a chave para resolver esses problemas. Vamos entender como isso é possível. Imagem: Canva/Divulgação

Até pouco tempo atrás, as baterias de íon de lítio eram vistas como a solução perfeita para armazenar energia em carros elétricos e sistemas de energia solar. Elas são eficientes, têm uma alta densidade energética e uma longa vida útil. No entanto, são caras e têm riscos de segurança, como explosões e incêndios.

As baterias de lítio, apesar de populares, apresentam alguns problemas graves. Existem registros de smartphones, laptops e carros elétricos pegando fogo devido a falhas nas baterias. Um exemplo famoso foi o recall do Samsung Galaxy Note 7, que explodia devido a problemas com a bateria.

Esses incidentes mostraram a necessidade de encontrar alternativas mais seguras e baratas para as baterias de lítio. E é aí que o sal de cozinha, ou cloreto de sódio, entra em cena

O sal de cozinha é composto de sódio, um elemento químico abundante e barato. O sódio tem propriedades físicas e químicas semelhantes ao lítio, mas é muito mais fácil de extrair e processar. Além disso, a extração de sódio é menos prejudicial ao meio ambiente, como a energia solar.

As baterias de sódio são mais seguras porque são menos propensas a explosões e incêndios. Elas também mantêm uma alta capacidade de armazenamento de energia mesmo em temperaturas extremas. Enquanto as baterias de lítio podem perder eficiência em climas frios, as baterias de sódio mantêm até 90% de sua capacidade em temperaturas de -20°C.

A empresa chinesa BYD anunciou que começará a produzir carros elétricos com baterias de sódio em 2024

Essas baterias da BYD são 50% mais baratas que as de lítio e podem revolucionar o mercado de veículos elétricos, tornando-os mais acessíveis. As baterias de sódio podem ser usadas para armazenar energia gerada por fontes renováveis, como a solar e a eólica. Isso poderia resolver o problema da intermitência dessas fontes de energia, garantindo um fornecimento constante mesmo quando o sol não está brilhando ou o vento não está soprando.

O uso do sal de cozinha como material para baterias pode transformar a indústria de energia solar e veículos elétricos. Com custos mais baixos e maior segurança, as baterias de sódio têm o potencial de substituir as baterias de lítio e tornar as tecnologias verdes mais acessíveis para todos. Será que estamos à beira de uma revolução energética com o sal de cozinha? Tudo indica que sim!

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Guilherme
Guilherme
06/06/2024 09:01

Não fosse a falta de comprometimento com educação, ciência e tecnologia dos governos entre 2016 e 2022, nossa posição na economia seria muito melhor. Precisamos formar engenheiros, técnicos e cientistas, não podemos depender de tecnologias estrangeiras. 
Temos que valorizar e atualizar os professores, desde o ensino ****, escola em tempo integral e um currículo for de ciências exatas (ensinada de forma prática e interessante), com a valorização da mão de obra especializada. Somente assim o Brasil deixará de ser exportador de commodities e importador de tecnologia. 

Obs. A falta de investimento, não é aleatória, é programática, ver o caso de São Paulo e Paraná.

Agd
Agd
Em resposta a  Guilherme
07/06/2024 02:41

Não falta investimento em pesquisas no Brasil o que falta são resultados dos investimentos na área de pesquisa e educação. O Brasil está entre os países que mais investem em pesquisas e educação e com o menor resultado nestas áreas. Então o que falta é gestão dos programas de pesquisa e investimentos que sempre são pesquisas **** que só gastam nosso dinheiro sem apresentar resultados das pesquisas. Na área de educação tem sido feito um trabalho ideológico ao invés de didático. Olha o ranking do Brasil em investimentos de pesquisas e educação antes de falar **** s. Parem de brincar com o dinheiro do povo. 2021 e 2022 foram anos de pandemia e não deveriam estar na sua relação visto que muitos investimentos foram pra ajudar no sistema de saúde e a economia mundial parou.

Antônio de Oliveira
Antônio de Oliveira
07/06/2024 11:27

Quais seriam os itens a acrescentar ao sal para por nas baterias com s**** ?

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 3.000 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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