Descoberta no lado oculto da lua revela estruturas misteriosas nas profundezas, levantando questões sobre a formação do satélite
A Lua, nossa vizinha celestial mais próxima, tem sido uma fonte constante de fascínio para a humanidade, inspirando arte, literatura e ciência. Ao longo dos séculos, ela esteve envolta em mistério, e recentemente, graças aos avanços da exploração espacial, começamos a desvendar alguns dos segredos de sua complexa história geológica, que remonta a bilhões de anos.
Em 2018, a Administração Espacial Nacional Chinesa (CNSA) lançou a missão Chang’e-4, que marcou um momento histórico: a primeira espaçonave a pousar no lado oculto da Lua, muitas vezes referida como “lado escuro“.
Ao contrário do que muitos acreditam, esse lado não é permanentemente escuro, mas sim o lado que nunca fica visível para a Terra devido ao movimento sincronizado da Lua em relação ao nosso planeta.
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Descobertas geológicas reveladoras
Desde o pouso da Chang’e-4, o módulo de pouso tem coletado dados importantes, incluindo imagens planejadas e amostras de minerais.
Essas análises lançaram luz sobre a estrutura geológica dos primeiros 40 metros da superfície lunar, revelando camadas de poeira, solo e rochas fraturadas, cada uma com histórias de eventos catastróficos e uma paisagem em constante transformação.
No início de novembro, a comunidade científica aguardava ansiosamente as novas descobertas de Chang’e-4. Documentadas na revista científica Journal of Geophysical Research: Planets, essas descobertas fornecem uma visão detalhada da formação e evolução do lado oculto da Lua.
Um dos destaques foi a identificação de uma cratera formada pelo impacto de um grande objeto, ressaltando a violência de eventos cósmicos que moldaram a superfície lunar.
A origem da lua: teoria do impacto gigante
A origem da Lua é atribuída a um evento colossal ocorrido há cerca de 4,51 bilhões de anos. Segundo a teoria mais aceita, um objeto do tamanho de Marte teria colidido com a Terra, arrancando uma massa de material que eventualmente se uniu e solidificou, formando a Lua.
Nos primeiros 200 milhões de anos após sua formação, a Lua sofreu uma intensa atividade vulcânica, enquanto fragmentos espaciais colidiam continuamente com sua superfície, criando inúmeras crateras e rachaduras.
O pesquisador Jianqing Feng, do Planetary Science Institute, explica que, assim como o manto da Terra, o manto lunar abrigava magma derretido que, ao encontrar rachaduras na crosta, resultava em erupções vulcânicas.
Essa atividade deixou camadas de lava na superfície, registradas hoje nas formações rochosas científicas pela Chang’e-4.
A evolução da atividade vulcânica lunar
Um padrão intrigante observado nas camadas de rochas vulcânicas sugere que, à medida que essas camadas se aproximam da superfície, elas se tornam mais finas. Essa observação levou Feng a inferir que a Lua estava, lentamente, perdendo sua energia interna, reduzindo sua capacidade de gerar erupções vulcânicas.
Atualmente, os cientistas acreditam que a atividade vulcânica da Lua cessou entre um bilhão e 100 milhões de anos atrás, o que se tornou geologicamente “morta” na superfície.
Entretanto, os dados recentes levantaram a possibilidade de ainda haver reservatórios de magma nas profundezas do interior lunar. Embora a superfície não demonstre sinais de atividade, o subsolo da Lua pode abrigar remanescentes desse magma, aguardando apenas as condições certas para surgir.
Fatos curiosos sobre o lado oculto da lua
- Não é realmente escuro : O lado oculto da Lua recebe a mesma quantidade de luz solar que o lado visível.
- Craterização intensa : Sem a proteção do campo magnético terrestre, o lado oculto é mais exposto a meteoros, o que explica a maior quantidade de crateras.
- A bacia do polo sul-aitken : Esta é a maior cratera de impacto do Sistema Solar, localizada no lado oculto.
- Fluxos de lava antigos : O lado oculto também possui barreiras escuras, como o Oceano de Tempestades, resultado de antigas erupções vulcânicas.
A exploração continua
Apesar de todo o conhecimento adquirido, a jornada da Chang’e-4 está longe de terminar. Feng e sua equipe acreditam que estamos apenas no começo de uma era de exploração inovadora da Lua.
Eles vislumbram futuras missões mapeando detalhadamente a superfície lunar e aprofundando nossa compreensão sobre sua formação e evolução.
O fascínio duradouro pelo lado oculto
Ao olhar para o céu noturno e ver a Lua, podemos agora contemplar sua história de uma maneira mais profunda.
Não apenas o brilho de um astro misterioso, mas também as narrativas de um mundo antigo, marcado por colisões cósmicas e vulcões, desvendado por nossa curiosidade inata e avanços tecnológicos.
O lado oculto da Lua foi objeto de muitas especulações e até teorias de conspiração, como uma ideia de bases fundadas secretas. Embora não haja evidências científicas que sustentem essas ideias, o mistério ainda persiste e encanta a imaginação popular.
O legado das descobertas da Chang’e-4
As revelações da missão Chang’e-4 desenvolvem-se significativamente para nossa compreensão da Lua e de sua história.
Este esforço monumental da CNSA é um exemplo de curiosidade humana, perseverança e busca incansável pelo conhecimento. E assim, o brilho da Lua parece um pouco mais vivo, iluminado pelas histórias que agora compartilhamos com ela, reforçando nossa conexão com o cosmos.