Aquecimento global acelera, e a Terra pode ter passado do ponto sem retorno. Cientistas da USP explicam como zerar emissões pode salvar o planeta
Cientistas estão tocando o alarme, 2024 não só esquentou, como pulverizou os registros do clima, chegando a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Isso é grave, e experts da USP temem que a gente tenha cruzado um limite perigoso na crise do aquecimento global.
2024: O Ano Mais Quente da História
Em 2024, o calor não deu trégua, foi o ano mais quente já registrado. Segundo a Organização Meteorológica Mundial, as temperaturas globais subiram cerca de 1,55°C acima da média de 1850–1900, com uma margem de ±0,13°C. Isso é meio grau além da meta de 1,5°C do Acordo de Paris, que só deveria ser atingida em 2050.
“Estamos vendo o clima mudar numa velocidade nunca vista,” diz a cientista Kate Calvin, da NASA. “O calor de 2024 veio de ações humanas, como queimar combustíveis fósseis, junto com fatores naturais como o El Niño.” Os números não mentem e estão gritando por atenção.
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Ponto sem retorno e o alerta dos cientistas sobre o risco real de colapso climático global
Cientistas, como Paulo Artaxo, da USP, alertam que podemos ter passado de um “ponto sem retorno” na luta contra o aquecimento global. Artaxo: “Se a gente ultrapassar esses pontos de não retorno, nós vamos jogar 400 a 500 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera. Não tem mais jeito de baixar a temperatura para a meta de 1,5°C.”
O que isso significa? Pensa na terra como um castelo de cartas, um movimento errado, e tudo desaba. Permafrost derretendo no Ártico, recifes de coral morrendo e a Amazônia colapsando podem liberar estoques gigantescos de carbono, tornando o efeito estufa uma locomotiva desgovernada. “Estamos arriscando o fim da vida como conhecemos”, reforça Artaxo, apontando o impacto para a humanidade e os ecossistemas.
Amazônia em alerta com risco de colapso climático, mas ainda há esperança de reversão
A cientista Luciana Gatti, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), estuda essa gigante verde há anos. Suas pesquisas mostram que a Amazônia, que antes absorvia carbono como uma esponja, agora está liberando mais carbono do que captura, por causa do desmatamento e queimadas.
Gatti explica: “Pelos dados dos últimos anos, vimos que a Amazônia foi um enorme absorvedor de carbono. E isso nos enche de esperança, porque isso quer dizer que, se é a ação humana que transformou a Amazônia numa fonte de carbono, basta parar de emiti-lo.” Ou seja, se pararmos as motosserras e os incêndios, a Amazônia pode voltar a ser um sumidouro de carbono, ajudando a esfriar a terra.
Dados recentes confirmam isso. Um estudo de 2023 na Nature mostrou que zerar o desmatamento pode restaurar o poder de absorção de carbono da Amazônia em poucas décadas. Esforços do Brasil para conter o desmatamento ilegal, como noticiado pela Reuters, são um passo promissor.
Ainda há esperança de que zerar emissões até 2040 salve vidas e os oceanos dizem cientistas
Cientistas dizem que ainda podemos limitar o aquecimento global a 2°C se zerarmos as emissões de carbono até 2040. É uma missão difícil, mas possível. Isso pode salvar milhões de vidas e proteger 25% da biodiversidade dos oceanos, como corais e estoques de peixes, segundo o IPCC.
“Temos a tecnologia e o conhecimento para descarbonizar,” diz Johan Rockström, diretor do Instituto Potsdam de Pesquisa de Impacto Climático, em entrevista ao The Guardian. “Mas precisamos de cooperação global e ação imediata.” Pense em energia renovável, carros elétricos e reflorestamento em alta escala.
“Sem Retorno”: um alerta nas telas
A gravidade dessa crise é o tema do novo documentário Sem Retorno, que estreou no UOL em 2025. Embora os detalhes do filme ainda estejam surgindo, ele mergulha na crise do clima, destacando a ciência e as histórias por trás das manchetes. É um chamado à ação, incentivando os espectadores a encararem a realidade do aquecimento global e lutarem por mudanças.
Embora informações específicas sobre Sem Retorno sejam limitadas, documentários semelhantes no UOL Play já abordaram temas ambientais com narrativas envolventes. Esse filme quer tornar a ciência pessoal, mostrando que o destino da terra está nas nossas mãos.
Cientistas da USP alerta estamos no limite
Temperaturas subindo significam mais eventos climáticos extremos, de ondas de calor a enchentes, afetando comunidades no mundo todo. Cientistas da USP e outros são categóricos: estamos numa encruzilhada. Agir agora pode limitar os danos. Esperar é apostar no futuro da terra. Apoiar políticas de energia limpa, reduzir sua pegada de carbono e espalhar a mensagem. Cada pequena ação conta, desde evitar plásticos descartáveis até apoiar iniciativas de reflorestamento.
Lute pelo nosso planeta! Cientistas como Artaxo e Gatti nos deram o mapa, agora é com a gente. O que achou desse alerta climático? Deixe um comentário abaixo ou compartilhe este artigo para começar uma conversa.