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Cientistas da NASA estão perplexos com novo buraco enorme no sol, 62 vezes maior que a Terra

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 29/01/2025 às 17:22
Cientistas da NASA estão perplexos com novo buraco enorme no sol, 62 vezes maior que a Terra
O buraco no Sol é uma área escura na sua atmosfera onde o campo magnético se abre, deixando escapar ventos solares em alta velocidade. Esses ventos podem atingir a Terra, causando tempestades geomagnéticas e interferindo em satélites, redes elétricas e comunicações.

NASA detecta um buraco coronal colossal de 800.000 km de largura na atmosfera do Sol, liberando ventos solares em alta velocidade que podem atingir a Terra nos próximos dias e causar tempestades geomagnéticas!

A NASA acaba de detectar um fenômeno impressionante na superfície do Sol: um buraco coronal gigantesco, medindo 800.000 km de largura, cerca de 62 vezes maior que a Terra. O Observatório de Dinâmica Solar (SDO) capturou imagens dessa anomalia, que está soprando uma corrente de vento solar em direção ao nosso planeta. Mas afinal, o que isso significa? Devemos nos preocupar?

O que é esse buraco enorme no Sol?

Os cientistas ficaram surpresos ao observar um buraco coronal gigante se abrindo na coroa solar. Essas regiões são áreas da atmosfera externa do Sol onde o campo magnético se afasta, permitindo que o vento solar escape para o espaço com mais facilidade.

A aparência escura desses buracos nas imagens ultravioleta ocorre porque são mais frios e menos densos do que o restante da coroa solar. Mas não se engane: apesar de parecerem apenas “buracos” na superfície do Sol, eles são responsáveis por fenômenos intensos que podem atingir a Terra.

O que são buracos coronais e por que são importantes?

O vento solar desse buraco no Sol deve chegar à Terra entre 31 de janeiro e 1º de fevereiro, podendo causar tempestades geomagnéticas leves. Isso pode afetar satélites, redes elétricas e GPS, além de deixar as auroras mais intensas.
O vento solar desse buraco no Sol deve chegar à Terra entre 31 de janeiro e 1º de fevereiro, podendo causar tempestades geomagnéticas leves. Isso pode afetar satélites, redes elétricas e GPS, além de deixar as auroras mais intensas.

Buracos coronais não são exatamente raros, mas um com essa dimensão definitivamente chama atenção. Essas regiões atuam como verdadeiras “portas abertas” para ventos solares de alta velocidade, que podem atingir 800 km/s.

Além disso, o impacto desses ventos solares pode ser sentido aqui na Terra, já que eles podem influenciar desde redes elétricas até sistemas de comunicação via satélite. Apesar de não serem tão explosivos quanto uma ejeção de massa coronal (EMC), os buracos coronais podem permanecer ativos por semanas ou até meses, girando com o Sol.

Como esse fenômeno pode afetar a Terra?

Quando os ventos solares desse buraco coronal atingirem a Terra, podemos esperar tempestades geomagnéticas. De acordo com SpaceWeather.com, essas correntes de partículas devem chegar ao nosso planeta entre 31 de janeiro e 1º de fevereiro, possivelmente causando uma tempestade geomagnética de classe G1.

Os efeitos podem incluir:

  • Pequenas falhas em satélites e comunicações por rádio
  • Oscilações em redes elétricas, principalmente em latitudes mais altas
  • Intensificação das auroras boreais e austrais, proporcionando um verdadeiro espetáculo no céu

Embora essas tempestades sejam consideradas leves, o impacto pode ser maior dependendo da intensidade do fluxo solar e da vulnerabilidade dos sistemas tecnológicos da Terra.

Quando o vento solar chegará à Terra?

Segundo previsões, o vento solar gerado por esse buraco coronal deve atingir nosso planeta entre os dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro. Como explica Shawn Dahl, do Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA, esses fluxos acelerados começam a se deslocar em nossa direção quando o buraco coronal está centralizado no disco solar visível.

O impacto será sentido de forma mais intensa se o vento solar colidir diretamente com o campo magnético da Terra. Caso contrário, o efeito pode ser mais sutil, mas ainda perceptível na forma de auroras intensas e pequenas oscilações nos sistemas elétricos e de comunicação.

Buracos coronais e o ciclo solar – um fenômeno recorrente?

Esse não é o primeiro buraco coronal que chama atenção, e certamente não será o último. Durante determinados períodos do ciclo solar de 11 anos, a atividade desses buracos pode aumentar. Eles podem surgir e desaparecer em questão de semanas, mas também podem persistir por meses inteiros, rotacionando junto com o Sol.

Isso significa que, dependendo do posicionamento do buraco coronal nos próximos dias, poderemos continuar experimentando os efeitos desse fenômeno em ondas sucessivas de ventos solares.

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Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no CPG, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro.

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