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Cientistas da Inglaterra criam cristal 5D IMORTAL: Genoma humano poderá sobreviver bilhões de anos, mesmo após a extinção da humanidade!

Escrito por Lucas Carvalho
Publicado em 21/09/2024 às 19:21
Cientistas da Inglaterra criam cristal 5D IMORTAL: Genoma humano poderá sobreviver bilhões de anos, mesmo após a extinção da humanidade!
Foto: Universidade de Southampton

Cientistas desenvolveram um cristal de memória capaz de preservar o genoma humano por bilhões de anos, garantindo que nosso legado sobreviva mesmo após uma extinção. Descubra como essa incrível tecnologia funciona!

Caso a humanidade seja extinta, os cientistas têm uma nova solução para preservar nossa existência: um cristal de memória 5D que pode armazenar o genoma humano por bilhões de anos. Essa inovação futurista, desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Southampton, na Inglaterra, pode garantir que, em um futuro distante, espécies inteligentes ou máquinas consigam recriar humanos a partir dessas informações armazenadas.

A tecnologia por trás desse cristal é impressionante. Ele é feito de um tipo de vidro de quartzo fundido que, em 2014, ganhou o Guinness World Record por ser o material de armazenamento de dados mais durável.

Em seu maior tamanho, o cristal é capaz de armazenar até 360 terabytes de dados e suportar condições extremas, como temperaturas que variam de bem abaixo de zero até 1.832 graus Fahrenheit, além de resistir à radiação cósmica e à pressão extrema.

Isso faz com que o cristal tenha a capacidade de permanecer estável por impressionantes 300 quintilhões de anos, o que é 21 bilhões de vezes a idade atual do universo.

Como funciona o cristal de memória

O genoma humano foi transcrito no cristal usando lasers ultrarrápidos que codificam os dados em nanoestruturas tão pequenas quanto 20 nanômetros. Essas informações são gravadas em cinco dimensões, incluindo altura, largura, comprimento, orientação e posição.

O cristal de memória 5D vai muito além dos métodos tradicionais de armazenamento, oferecendo uma densidade de informações sem precedentes e uma durabilidade que transcende a imaginação.

Na superfície do cristal, os cientistas gravaram uma chave visual. Ela inclui representações dos elementos básicos da vida, como átomos de hidrogênio, oxigênio, carbono e nitrogênio, bem como a estrutura da dupla hélice do DNA e suas quatro bases de nucleotídeos.

Além disso, há também uma análise da estrutura molecular de um cromossomo e como ele se encaixa em uma célula. Desenhos de um homem e uma mulher foram incluídos para ajudar futuras civilizações ou espécies a interpretar as informações.

Peter Kazansky, especialista em optoeletrônica e líder da pesquisa, explica que essa chave visual oferece uma pista importante para o descobridor do cristal sobre os dados armazenados e como utilizá-los. A ideia é que, mesmo em um futuro distante, quando seres inteligentes encontrarem o cristal, eles possam entender o conteúdo e, talvez, recriar a vida humana.

Desafios do projeto

Apesar das incríveis promessas dessa tecnologia, ainda há desafios consideráveis. Thomas Heinis, um especialista em dados do Imperial College London, questiona como seres de um futuro distante poderiam saber interpretar o cristal e construir um dispositivo para ler suas informações.

Ele faz uma analogia com a dificuldade de conectar dispositivos de apenas dez anos atrás, destacando o problema da obsolescência tecnológica.

Além disso, embora avanços na biologia sintética sugiram que a recriação de organismos, incluindo humanos, a partir de informações genéticas possa um dia ser possível, ainda não chegamos lá. Atualmente, a ciência ainda não permite recriar seres vivos apenas com base em seus dados genéticos, sejam eles humanos, plantas ou animais.

Salvaguarda de Informações biológicas

O cristal está armazenado no arquivo Memory of Mankind em Hallstatt, Áustria.

Mesmo com esses desafios, cientistas ao redor do mundo estão pensando em formas de garantir a preservação de informações biológicas em caso de desastres globais.

Uma ideia em discussão é armazenar células animais congeladas em crateras lunares, uma espécie de backup biológico da Terra, que poderia ajudar a restaurar a biodiversidade no futuro.

Mary Hagedorn, pesquisadora do Instituto Nacional de Biologia da Conservação e uma das responsáveis pelo projeto de repositório de biodiversidade lunar, acredita que, independentemente do que aconteça, é importante estar preparado para o futuro.

E o cristal de memória 5D pode ser uma das maneiras mais fascinantes e duradouras de preservar o legado genético da humanidade para civilizações que ainda nem imaginamos.

Essa inovação apresenta uma visão impressionante de como a humanidade pode garantir sua existência, mesmo diante da extinção. Embora o caminho até a recriação de humanos a partir de um cristal 5D ainda seja longo, o simples fato de estarmos desenvolvendo tecnologias com esse potencial é um testemunho do desejo humano de se perpetuar.

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Lucas Carvalho

Jornalista experiente com ampla atuação na cobertura de temas relacionados a petróleo, gás e energia renovável. Especialista em análises aprofundadas e tendências do setor, com enfoque em inovações tecnológicas e impacto ambiental. Autor de artigos relevantes na área.

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