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Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 27 comentários

Cientistas chineses desenvolvem novo método de fabricação de ferro que aumenta a produtividade em 3.600 vezes

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 09/12/2024 às 21:47
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Um novo método revolucionário para a fabricação de ferro foi desenvolvido na China, aumentando a produtividade em 3.600 vezes e prometendo transformar o setor industrial global.

A China acaba de criar uma nova tecnologia que promete transformar a indústria siderúrgica. Após mais de dez anos de pesquisa,, cientistas chineses descobriram um método inovador de fabricação de ferro, que promete acelerar a produção de ferro de alta pureza de uma maneira nunca vista antes.

Após muita pesquisa, os chineses entenderam que em vez de depender dos altos-fornos tradicionais, um processo demorado que pode levar de cinco a seis horas, a nova tecnologia é capaz de reduzir esse tempo.

O método, descrito por Zhang Wenhai e sua equipe em um estudo publicado no jornal Nonferrous Metals, leva apenas de três a seis segundos para produzir ferro, uma velocidade impressionante que representa um aumento de 3.600 vezes em relação ao processo convencional.

O avanço na produção de ferro reduz o tempo de fabricação de ferro de horas para meros segundos. Foto: Zhang Wenhai

O processo funciona de maneira simples e eficiente. Pó de minério de ferro finamente moído é injetado em um forno de temperatura altíssima, resultando em uma “reação química explosiva” que gera um fluxo contínuo de ferro. Esse ferro se forma em gotículas líquidas e vermelhas, que são facilmente acumuladas na base do forno para serem fundidas ou convertidas diretamente em aço.

China pode depender menos da importação de minério de ferro do Brasil

A China, que atualmente depende de minerais de alto rendimento importados de países como Austrália, Brasil e África, pode utilizar recursos de menor rendimento, que são abundantes dentro do território chinês.

Isso não só melhora a eficiência da produção, como também reduz a dependência das importações.

Em 2023, o Brasil exportou aproximadamente 236,9 milhões de toneladas de minério de ferro para a China, representando cerca de 63% do total das exportações brasileiras desse mineral.

No primeiro bimestre de 2024, houve um aumento significativo de 49,1% no volume exportado para o país asiático em comparação com o mesmo período de 2023, impulsionado principalmente por remessas de minério de ferro, petróleo e soja.

A eliminação do uso de carvão, um combustível essencial nos altos-fornos tradicionais, é outro grande ganho.

Com essa nova tecnologia, a indústria siderúrgica chinesa poderia reduzir suas emissões de dióxido de carbono de maneira significativa, ajudando o país a atingir suas ambiciosas metas climáticas.

A revolução no processo de fundição

Uma das inovações dessa tecnologia é o maior lançamento de minério de ferro. Responsável por dispersar partículas de minério de ferro em um ambiente de alta temperatura, o lançamento precisa ser extremamente eficiente para garantir que uma ocorrência química ocorra de forma rápida e controlada.

A equipe de Zhang desenvolveu um lançamento de vórtice capaz de injetar 450 toneladas de minério de ferro por hora.

Com três desses lançamentos, é possível produzir cerca de 7,11 milhões de toneladas de ferro anualmente. E o melhor: esse lançamento já entrou em produção comercial, o que indica que uma nova tecnologia não é apenas promissora, mas também viável para ser inovadora em larga escala.

Fabricação de ferro – O futuro da siderurgia global

A China, líder mundial na produção de aço, vê nessa inovação uma maneira de aumentar ainda mais sua vantagem competitiva, talvez, diminuindo dependência da importação.

O país já supera o restante do mundo em produção de aço, dominando setores como ferrovias de alta velocidade, construção naval e fabricação de automóveis.

Agora, com esse novo processo, a China não só garante um ganho de eficiência, mas também se aproxima de suas metas ambientais, o que pode moldar o futuro da indústria siderúrgica global.

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Ronaldo Trindade
Ronaldo Trindade
13/12/2024 22:40

Vou voltar para o mercado do aço

Arari Rocha
Arari Rocha
11/12/2024 10:13

O Brasil vai assistindo a China dominar o mundo. Pior, ainda é dependente economicamente. Não existe investimento pesado em pesquisas para utilizarmos nossas riquezas e entregar já processado com valor agregado.

O brasileiro fica perdendo tempo em discussões banais entre Lula x Bolsonaro, enquanto o tempo passa e vamos perdendo o bonde da História.

Lula é um **** e Bolsonaro é um covarde. Todos pensam nos seus interesses, nunca no interesse coletivo.

Arari Rocha
Arari Rocha
Em resposta a  Arari Rocha
11/12/2024 10:15

Vou usar sinônimo: Lula é um rato, ****, Elza… algum desse deve passar.

Ronis elson
Ronis elson
11/12/2024 05:24

O presidente tem razão que a nossa maneira ambiciosa é míope de só querer exportar mineral **** é ****. A briga com a Vale é porque eles não pensam no Brasil do futuro.

Desenvolver pesquisas interno e a indústria para exportar mais com valor agregado, e essencial para soberania e relevância no mercado. A pesquisa da China é estratégica para soberania. Abaixo o complexo de vira-lata!

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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