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Cientistas chineses criam tecnologia para extrair URÂNIO da água do mar: 4,5 bilhões de toneladas estão nos oceanos!

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 18/12/2024 às 02:38
Cientistas chineses criam tecnologia para extrair URÂNIO da água do mar: 4,5 bilhões de toneladas estão nos oceanos!
A tecnologia chinesa permite extrair até 8,23 mg de urânio da água do mar por grama de material absorvente em testes simulados. Estima-se que os oceanos contenham 4,5 bilhões de toneladas de urânio, 1.000 vezes mais do que as reservas terrestres.

Nova técnica utiliza cera para criar esferas absorventes capazes de extrair até 8,23 mg de urânio da água do mar por grama de material, revelando o potencial de explorar 1.000 vezes mais urânio nos oceanos do que em terra.

Já imaginou usar cera de vela para revolucionar o setor de energia nuclear? Pois foi exatamente isso que cientistas chineses fizeram! Eles desenvolveram uma tecnologia inovadora capaz de extrair urânio diretamente da água do mar. Esse avanço pode mudar a forma como o mundo abastece suas usinas nucleares e contribui para a transição energética global.

Por que o urânio dos oceanos é tão importante?

Os oceanos guardam um segredo valioso: enormes reservas de urânio, estimadas em 4,5 bilhões de toneladas. Para se ter uma ideia, isso é mil vezes mais do que as reservas terrestres, que podem se esgotar em pouco mais de um século.

Enquanto as reservas de urânio em terra são limitadas e de qualidade variável, os oceanos oferecem uma fonte praticamente inesgotável. No entanto, a concentração de urânio na água do mar é extremamente baixa, tornando sua extração um desafio técnico e econômico.

O urânio nos oceanos está disperso, o que complica sua extração. Métodos anteriores esbarraram em custos altos e baixa eficiência. A solução, então, precisava ser acessível, sustentável e fácil de produzir em larga escala.

A inovação: esferas absorventes de urânio feitas com cera

Na prática, os cientistas chineses usam partículas de hidrogel criadas com cera de vela, encapsuladas em materiais poliméricos, que capturam os íons de urânio dispersos na água do mar. Essas esferas absorventes são submersas no oceano, onde se fixam ao urânio e, após a extração, podem ser reutilizadas com alta eficiência.
Na prática, os cientistas chineses usam partículas de hidrogel criadas com cera de vela, encapsuladas em materiais poliméricos, que capturam os íons de urânio dispersos na água do mar. Essas esferas absorventes são submersas no oceano, onde se fixam ao urânio e, após a extração, podem ser reutilizadas com alta eficiência.

A grande sacada dos pesquisadores foi transformar cera de vela em partículas de hidrogel porosas, que são capazes de capturar íons de urânio da água do mar. Parece mágica, mas é pura ciência!

O processo começa com a mistura de cera derretida e um polímero chamado poliamidaxima, que tem alta afinidade por metais. Após esfriar, a cera é extraída, deixando para trás partículas porosas com uma estrutura semelhante a queijo suíço.

Essas partículas são encapsuladas em um composto de alginato e ácido poliacrílico, formando pequenas esferas de 3 mm de diâmetro. Essas esferas têm alta capacidade de absorção, seletividade e podem ser reutilizadas, tornando o processo prático e sustentável.

Resultados promissores da nova tecnologia

Os testes mostraram que a tecnologia é eficiente e tem grande potencial para aplicações práticas. Os números impressionam e mostram que estamos no caminho certo para explorar essa fonte de energia.

Em água do mar real, as esferas extraíram 4,79 mg de urânio por grama em 15 dias. Em água simulada, esse número subiu para 8,23 mg por grama. Essa eficiência é um marco na pesquisa.

Além de eficazes, as esferas são reutilizáveis, com apenas 31,2% de perda de capacidade após cinco usos consecutivos. Isso é fundamental para manter o custo baixo e aumentar a viabilidade comercial da tecnologia.

O impacto da descoberta para o futuro da energia nuclear

A inovação chinesa pode ser um divisor de águas para o setor de energia nuclear. O acesso ao urânio dos oceanos pode transformar a matriz energética global e reduzir a dependência de importações.

Com a crescente demanda por fontes de energia limpas, o urânio extraído dos oceanos surge como uma alternativa viável para alimentar reatores nucleares e reduzir as emissões de carbono.

Países como a China, que dependem de importações devido à baixa qualidade de seu minério de urânio, podem se beneficiar imensamente dessa tecnologia, aumentando sua autonomia energética.

A descoberta dos cientistas chineses é um passo promissor para um futuro energético sustentável. Usar cera para criar partículas de hidrogel pode parecer simples, mas a ciência por trás disso tem um impacto gigantesco.

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Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no CPG, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro.

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