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Cientista descobre “rodovia para Marte” que pode reduzir o tempo de viagem para apenas 90 dias usando tecnologias já disponíveis

Escrito por Felipe Alves da Silva
Publicado em 26/06/2025 às 18:19
Superfície de Marte vista do espaço, com crateras em destaque e céu escuro com estrelas
Vista hiper-realista do planeta Marte iluminado pelo Sol, com sua superfície avermelhada em destaque e o espaço profundo ao fundo
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Nova proposta de trajetória interplanetária permite que missões tripuladas viajem a Marte com ida e volta em até 6 meses, usando o Starship da SpaceX e recursos locais

Um estudo conduzido por um físico da Universidade da Califórnia revelou uma nova rota interplanetária que poderá encurtar as viagens a Marte para apenas 90 dias. A descoberta envolve o uso do foguete Starship da SpaceX com tecnologia já existente, oferecendo uma alternativa viável para reduzir o tempo e os riscos em missões tripuladas rumo ao planeta vermelho.

Jack Kingdon, físico da UC Santa Barbara, foi o responsável por identificar essa nova “rodovia para Marte”. Utilizando algoritmos avançados como o Lambert Solver, que calcula arcos elípticos mínimos em problemas de dois corpos, Kingdon encontrou duas janelas de lançamento ideais: abril de 2033 e julho de 2035. Em ambas, seria possível viajar ao planeta vermelho em 90 dias, com retorno em até 104 dias.

A proposta torna a missão possível com o uso da atual propulsão química do Starship, aliado a reabastecimentos em órbita terrestre e em Marte. Neste último caso, o plano prevê o uso da tecnologia ISRU (In-Situ Resource Utilization), que converte recursos locais em combustível. Dessa forma, elimina-se a dependência de tecnologias ainda em desenvolvimento, como a propulsão nuclear.

Com a missão inteiramente baseada em recursos já disponíveis, a trajetória proposta se enquadra no escopo operacional da SpaceX para a próxima década. A novidade pode acelerar o cronograma de exploração e colonização marciana, objetivo declarado da empresa de Elon Musk.

Menos tempo, menos riscos para os astronautas

Além da economia de tempo, a rota traz vantagens significativas em termos de saúde. Viagens mais curtas reduzem a exposição dos astronautas à radiação cósmica, considerada uma das maiores ameaças em missões de longa duração no espaço profundo.

Outro benefício é a preservação da condição física dos tripulantes. Em microgravidade, os astronautas perdem cerca de 1% da massa óssea por mês, mesmo com rotinas rigorosas de exercícios. Com a nova rota, os ocupantes do Starship chegariam a Marte em melhores condições para tarefas exigentes, como construção de habitats e exploração científica.

A proposta também alinha-se às ambições de exploração em larga escala. Com uma viagem mais curta e eficaz, surgem possibilidades concretas para expedições mais frequentes, robustas e sustentáveis no planeta vermelho.

Desafios técnicos ainda precisam ser superados

Apesar dos benefícios, o plano de Kingdon exige uma série de avanços operacionais. Simulações sugerem que o Starship terá de suportar reentradas atmosféricas extremas tanto na Terra quanto em Marte. Embora os escudos térmicos atuais tenham sido projetados para isso, ainda não há dados públicos suficientes sobre seu desempenho em condições reais.

Outro ponto crítico está na logística: seriam necessários até 45 lançamentos do Starship por missão para viabilizar todo o processo de transporte, reabastecimento e retorno. Isso exige uma cadência de voos que ainda não foi atingida pela empresa.

Ainda assim, a possibilidade de realizar missões a Marte com duração reduzida, sem depender de tecnologias futuristas, representa um avanço inédito na exploração espacial.

Estudo foi divulgado por fonte acadêmica nos EUA

A informação foi divulgada por meio de um estudo acadêmico conduzido pelo físico Jack Kingdon, da Universidade da Califórnia, Santa Barbara. O conteúdo ganhou destaque em portais especializados como ecoticias e fóruns sobre exploração espacial, sobretudo pela viabilidade da proposta com recursos já existentes.

Segundo o pesquisador, o uso inteligente de algoritmos e janelas orbitais pode abrir caminho para uma nova era de missões interplanetárias sustentáveis, sem a necessidade de reinventar tecnologias base.

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Felipe Alves da Silva

Sou Felipe Alves, com experiência na produção de conteúdo sobre segurança nacional, geopolítica, tecnologia e temas estratégicos que impactam diretamente o cenário contemporâneo. Ao longo da minha trajetória, busco oferecer análises claras, confiáveis e atualizadas, voltadas a especialistas, entusiastas e profissionais da área de segurança e geopolítica. Meu compromisso é contribuir para uma compreensão acessível e qualificada dos desafios e transformações no campo estratégico global. Sugestões de pauta, dúvidas ou contato institucional: fa06279@gmail.com

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