Com investimento de R$ 5 bilhões, cidade abrigará uma planta pioneira de bioquerosene e diesel renovável. O projeto gerará 4 mil empregos e reforçará o papel da cidade na produção de combustíveis limpos. Alinhada ao Acordo de Paris, a iniciativa simboliza um passo importante para a transição energética.
Enquanto o mundo caminha em direção a soluções sustentáveis, uma cidade brasileira se prepara para vivenciar uma verdadeira revolução econômica e ambiental.
Cubatão, conhecida como polo industrial da Baixada Santista, foi escolhida para abrigar um dos maiores projetos de biocombustíveis do país. E o impacto desse empreendimento promete ser gigante.
Cubatão será sede de nova refinaria
O prefeito de Cubatão, César Nascimento, anunciou com entusiasmo a chegada de uma unidade pioneira na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC).
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Essa nova planta será dedicada exclusivamente à produção de bioquerosene de aviação (BioQAV) e diesel 100% renovável (Diesel R).
O projeto é considerado o maior investimento na refinaria em quatro décadas, movimentando mais de R$ 5 bilhões.
De acordo com informações divulgadas pelo “Diário do Litoral”, o empreendimento criará cerca de 4 mil empregos durante sua fase de construção.
Um acordo firmado entre lideranças políticas locais, a Petrobras e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário da Baixada Santista (Sintracomos) assegura que ao menos 75% dessas vagas serão destinadas a moradores da região.
Empregos e impacto econômico
As obras, previstas para começar no primeiro bimestre de 2024, dobrarão o número de trabalhadores na RPBC.
Hoje, a refinaria emprega aproximadamente 800 profissionais diretamente e conta com 3 mil terceirizados.
Esse reforço no quadro de funcionários deve transformar a dinâmica econômica de Cubatão e das cidades vizinhas, movimentando diversos setores, como comércio e serviços.
Segundo Nascimento, essa iniciativa é fruto de uma relação sólida entre a Petrobras e a administração municipal.
Ele destacou que o projeto representa não apenas avanços econômicos, mas também coloca Cubatão na vanguarda da produção de combustíveis limpos.
Estratégia de sustentabilidade
A nova unidade da RPBC terá capacidade para processar 800 mil toneladas de óleos vegetais por ano, produzindo diariamente cerca de 6 mil barris de bioquerosene de aviação e outros 6 mil barris de diesel renovável.
Esses combustíveis possuem o potencial de reduzir em até 90% as emissões de gases de efeito estufa quando comparados aos combustíveis fósseis tradicionais.
O projeto integra o Programa BioRefino da Petrobras, que tem como um de seus pilares o combate à emergência climática.
A iniciativa está alinhada às exigências da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO), que estabelece metas rigorosas para a adoção de combustíveis sustentáveis pelas companhias aéreas a partir de 2027.
Essas medidas fazem parte do Acordo de Paris, assinado durante a COP21, que visa mitigar as mudanças climáticas globais.
Amônia verde e diversificação
Outro destaque em Cubatão é a produção de amônia verde, feita a partir do subproduto da biomassa de cana-de-açúcar em parceria com a Yara, empresa líder em soluções agrícolas.
Esse projeto reforça o compromisso da cidade com a diversificação de fontes energéticas e com a transição para uma economia de baixo carbono.
Investimento em infraestrutura e desafios
O investimento total no projeto é estimado em US$ 600 milhões (cerca de R$ 3,6 bilhões) e deve durar 36 meses.
Apesar dos avanços, o prefeito reconheceu que a cidade não foi escolhida para sediar o futuro hub de hidrogênio planejado pela Petrobras no estado de São Paulo.
Segundo ele, a decisão foi tomada com base em critérios técnicos e não compromete a relação com a estatal, que continua investindo fortemente na região.
Emergência climática e futuro da energia
Com a produção de combustíveis sustentáveis e a ampliação da infraestrutura da RPBC, Cubatão se posiciona como um dos principais polos de inovação energética do Brasil.
As iniciativas não apenas geram empregos e movimentam a economia local, mas também contribuem significativamente para a redução das emissões de carbono no setor de transportes.
Resta saber: o que mais o futuro reserva para Cubatão no cenário da transição energética global? Deixe sua opinião nos comentários!