Em meio ao Cerrado, Caldas Novas atrai visitantes com suas águas naturalmente quentes, centenas de piscinas e estrutura turística que transforma o calor subterrâneo em um dos destinos mais procurados do Brasil.
No coração do Cerrado, há um destino onde a água não precisa de caldeirão para ferver o imaginário do visitante.
Em Caldas Novas, no sul de Goiás, as piscinas são o cartão de visitas, os clubes são o ponto de encontro e o calor que sai do chão sustenta uma cena turística que não esfria.
A paisagem urbana se mistura a fontes que brotam quentes e, desde a chegada pelo aeroporto local, o visitante já percebe por que o município ganhou fama de “cidade das piscinas”.
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Logo no primeiro mergulho, a informação essencial: Caldas Novas é reconhecida pelo governo goiano como a maior estância hidrotermal do mundo.
As águas que abastecem hotéis, resorts e clubes chegam naturalmente quentes, com temperaturas que variam de 43 °C a 70 °C nas nascentes.
Essa base geológica alimenta uma rede hoteleira com mais de 75 mil leitos e um conjunto de parques com centenas de piscinas, o que permite receber mais de 500 mil visitantes em períodos de alta temporada, segundo materiais oficiais do Estado.
Por que a água é quente: geotermia, não vulcão
Não há vulcão escondido sob Caldas Novas.
A explicação aceita pela literatura geológica brasileira é a geotermia.
A água da chuva infiltra-se na Serra de Caldas, percorre fraturas e aquíferos, aquece-se pelas condições naturais do subsolo e retorna à superfície em pontos como o Ribeirão Água Quente e antigas nascentes do município.
Documentos técnicos e páginas institucionais reforçam essa origem e desmentem o mito do vulcanismo na região.
Natureza em guarda: a serra que recarrega as fontes
A manutenção do sistema hidrotermal depende da proteção da área de recarga.
Para isso, o Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (Pescan), primeira unidade de conservação criada pelo governo de Goiás, estabelece regras de visitação e manejo.
Trilhas sinalizadas, mirantes e cursos d’água compõem o roteiro interno do parque, ao mesmo tempo em que a gestão busca compatibilizar uso público e conservação.
A diretriz central é preservar o manancial que sustenta as águas quentes que chegam à cidade.
Estrutura turística massiva: clubes, resorts e lazer aquático
Piscinas de ondas, toboáguas, ofurôs, áreas infantis e rios lentos formam um repertório que explica a procura constante por Caldas Novas.
A oferta de lazer é diversificada, com empreendimentos de grande porte e serviços padronizados para atender desde famílias até grupos de excursão.
À noite, clubes e centros de eventos mantêm programação de entretenimento, o que amplia a permanência do visitante.
A comunicação oficial do destino lista parte desses equipamentos e reforça o caráter amplo e consolidado da infraestrutura.
Como chegar: aeroporto e acesso rodoviário
A conectividade é outro trunfo.
Caldas Novas é atendida pelo Aeroporto Nelson Ribeiro Guimarães, que opera voos comerciais e funciona como porta de entrada para viajantes de diferentes regiões do país.
Além da ligação aérea, rodovias estaduais e federais conectam a cidade aos principais centros do Centro-Oeste e Sudeste, facilitando a chegada de carro ou ônibus.
Essa combinação entre malha de acesso e grande capacidade de hospedagem sustenta a sazonalidade do destino, com picos no inverno seco e em feriados prolongados.
Um complexo regional de águas quentes
O fenômeno não termina nas divisas municipais.
A vizinha Rio Quente compartilha a mesma base geológica e mantém parques e resorts próprios.
Em conjunto, os dois municípios formam o que materiais oficiais descrevem como o maior conjunto hidrotermal do mundo, o que ajuda a dimensionar a escala do turismo termal no sul goiano.
Essa leitura regional é útil para discutir aspectos como gestão de visitantes, ordenamento urbano e preservação ambiental além dos limites de Caldas Novas.
Constância térmica e experiência previsível
Outro diferencial está na constância térmica.
Embora as nascentes possam registrar temperaturas elevadas, os complexos hoteleiros ajustam o uso recreativo para faixas mais amenas, adequadas a banhos prolongados.
Com clima estável no decorrer do ano e ampla disponibilidade de equipamentos, a experiência tende a ser semelhante em diferentes épocas.
Isso facilita o planejamento de viagens em família e a recorrência de visitantes ao longo das temporadas.
Turismo como motor da economia local
Relatórios oficiais e dados regionais apontam que o fluxo total anual alcança milhões de visitantes, com impacto direto em empregos e arrecadação.
A atividade turística organiza a economia local, movimenta os setores de hospedagem, alimentação e transporte e ainda atrai eventos de grande porte fora dos meses mais frios.
As estimativas variam conforme metodologia e período de coleta, mas convergem na centralidade do turismo termal para Caldas Novas e para a região das Águas Quentes.
O que interessa ao viajante: informações essenciais
Para quem viaja, algumas informações permanecem objetivas.
Trata-se de um destino com águas naturais que podem atingir até 70 °C nas nascentes e centenas de piscinas distribuídas entre clubes e hotéis.
A rede hoteleira robusta facilita reservas para diferentes perfis de orçamento, enquanto o acesso por aeroporto e por rodovias encurta o deslocamento de quem parte de capitais próximas.
Em períodos de maior movimento, como julho e feriados, a ocupação cresce e recomenda-se planejar com antecedência.
Meio ambiente em pauta permanente
Questões ambientais seguem no horizonte das autoridades locais.
O Pescan e as políticas municipais de turismo citam a proteção da recarga hídrica como prioridade: isso envolve controlar a visitação em áreas sensíveis, fiscalizar captações e orientar o uso do solo no entorno urbano e rural.
Ao lado do lazer, o tema traz debates sobre disponibilidade de água, qualidade dos recursos hídricos e conservação do Cerrado, assuntos que interessam ao leitor e merecem acompanhamento conforme novas publicações técnicas forem divulgadas.
Panorama resumido
Em síntese factual, Caldas Novas e seu entorno oferecem um conjunto hidrotermal de escala mundial, com águas que nascem quentes, infraestrutura de hospedagem e lazer em grande escala e acesso facilitado por aeroporto e rodovias.
É um destino brasileiro com características raras, que transformou a geologia local em identidade turística e em economia viva.
Você já visitou Caldas Novas ou pensa em conhecer a região das Águas Quentes — qual foi a piscina mais quente em que você entrou e que aspecto da experiência mais influenciou sua viagem?