Fundada em 1872 por imigrantes alemães, a centenária Cia. Jensen foi a primeira agroindústria de Blumenau, referência em laticínios e frigoríficos
A Companhia Jensen foi uma das pioneiras da agroindústria em Santa Catarina. Criada em 1872 pelo imigrante alemão Rudolf Wilhelm Harro Jens Jensen, utilizava o excedente das propriedades rurais dos colonos locais para produzir alimento.
Ao longo do século XX tornou-se um grande polo industrial blumenauense, marcando o desenvolvimento da região Itoupava com produções de leite pasteurizado, manteiga, carnes e embutidos. Seu sucesso inicial impulsionou a economia local e justificou o título de “primeira agroindústria da colônia de Blumenau”.
Crescimento da Cia. Jensen e seu papel na economia catarinense
Ao longo do tempo, a Cia. Jensen deixou de ser apenas um empreendimento rural e transformou-se em uma grande indústria alimentícia. Com investimentos em tecnologia e na ampliação de suas instalações, especialmente após a introdução da pasteurização no final da década de 1930, a empresa passou a processar leite, produzir queijos, manteiga, conservas e embutidos em larga escala.
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Na imagem histórica acima, funcionários trabalham na antiga queijaria da empresa, evidenciando a importância dos laticínios em sua linha de produção. Na segunda metade do século XX, a Jensen consolidou-se como uma das maiores empresas de Blumenau: no auge chegou a empregar cerca de 1,2 mil funcionários, figurando entre as “gigantes” industriais do estado.
Impacto social e comunitário da Cia. Jensen
A Cia. Jensen não foi relevante só economicamente, mas também socialmente para Itoupava Central e Blumenau. A empresa manteve moradias operárias, escola e até um clube social próprio onde eram realizadas festas e competições esportivas. Foi nessa estrutura que surgiu, por volta de 1925, o time Frigor E.C., formado por funcionários da fábrica.
A comunidade local via na Jensen um dos pilares do bairro: seus produtos de qualidade tornaram-na “um dos grandes orgulhos” de Itoupava Central e de toda a cidade. O antigo campo de futebol da empresa era centro de lazer dos trabalhadores, e funcionários se orgulhavam de fazer parte desse ciclo social. Até hoje os nomes dos principais dirigentes da Jensen se perpetuam na topografia urbana – por exemplo, as avenidas Guilherme Jensen e Pedro Zimmermann em Itoupava Central homenageiam o neto do fundador e seu sócio, figuras-chave na história do bairro