Fabricantes e operadoras aceleram a transição do chip físico para o eSIM, mudando o design dos aparelhos e a forma como usuários ativam suas linhas. Inovação já impacta o mercado de tecnologia e comunicação móvel em 2025.
A substituição dos tradicionais chips físicos por eSIM, o chamado chip virtual, está se consolidando como uma das maiores tendências da indústria de telefonia móvel em 2025.
Grandes fabricantes como Apple, Samsung e Motorola, além das principais operadoras globais, intensificam os investimentos em uma tecnologia que promete transformar completamente a relação dos usuários com seus smartphones, sinalizando que a famosa gavetinha do cartão SIM caminha para o fim.
O que é eSIM e por que a tecnologia cresce
O eSIM, sigla para “embedded SIM”, trata-se de um chip eletrônico integrado diretamente na placa do aparelho, dispensando o uso dos antigos cartões plásticos removíveis.
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A inovação permite que linhas telefônicas e planos de dados sejam ativados, trocados ou gerenciados digitalmente, sem a necessidade de abrir o telefone ou manusear peças físicas.
Essa nova abordagem, já amplamente adotada nos Estados Unidos desde 2022 com o lançamento do iPhone 14, começa a ganhar força em outros mercados e acelera a tendência de dispositivos mais compactos e protegidos.
Dados recentes da Associação Global de Operadoras Móveis (GSMA) apontam que, até junho de 2025, ao menos 441 operadoras em 98 países oferecem suporte ao eSIM.
No Brasil, as principais operadoras – como Vivo, Claro e TIM – já disponibilizam a tecnologia para celulares, smartwatches e outros dispositivos conectados.
Especialistas em telecomunicações afirmam que a procura por praticidade e segurança é o principal motor desse crescimento, refletido no aumento das vendas de aparelhos compatíveis e na expansão do suporte internacional.
Apple lidera a transição para o chip virtual
A Apple lidera esse movimento desde 2022, ao lançar o iPhone 14 sem slot para chip físico nos Estados Unidos.
De acordo com veículos internacionais, como El País e TechRadar, a estratégia será ampliada em setembro de 2025 com o esperado iPhone 17 Air, que deve chegar a mercados além dos Estados Unidos apostando exclusivamente no eSIM.
O modelo, descrito como ultrafino e com avanços em vedação contra água e poeira, marca o início de uma nova geração de smartphones desenhados desde a origem para funcionar apenas com o chip virtual.
A Samsung, outra gigante do setor, também reforça o avanço da tecnologia.
Modelos da linha Galaxy S e alguns aparelhos intermediários vendidos no Brasil já oferecem compatibilidade com eSIM.
Segundo informações das próprias fabricantes, essa compatibilidade amplia a oferta de serviços digitais e permite que o usuário ative múltiplos números, nacionais ou internacionais, sem depender da aquisição física de chips, atendendo tanto consumidores frequentes de viagens quanto empresas que buscam flexibilidade para seus colaboradores.
Vantagens práticas do eSIM para consumidores
O principal diferencial do eSIM, de acordo com fontes do setor, é a praticidade.
Em vez de trocar fisicamente o chip ao mudar de operadora, o consumidor pode realizar toda a ativação digitalmente, por QR Code ou aplicativo, em poucos minutos.
Essa facilidade é vista como fundamental para viajantes, que conseguem adquirir planos internacionais temporários diretamente do smartphone, sem filas ou deslocamentos a lojas.
Outra vantagem apontada pelas fabricantes é o design aprimorado dos aparelhos: sem a necessidade da bandeja, celulares se tornam mais finos, leves e com maior resistência à água e poeira.
Desafios e limitações na adoção do chip virtual
Apesar do avanço, a transição para o eSIM enfrenta obstáculos em determinados mercados.
Algumas regiões ainda registram limitações no suporte das operadoras, especialmente entre empresas de menor porte ou em áreas menos urbanizadas.
No Brasil, apesar do crescente número de dispositivos compatíveis e do apoio das principais operadoras, muitos usuários ainda enfrentam dúvidas sobre o processo de ativação, além de restrições em linhas pré-pagas ou em pacotes específicos.
Associações de defesa do consumidor ressaltam a importância de garantir a acessibilidade da nova tecnologia a toda a população, evitando a exclusão digital durante a transição.
Futuro do SIM físico e tendência mundial
O futuro do chip físico no setor de telefonia móvel é cada vez mais incerto.
Analistas de mercado, baseados em dados da GSMA e projeções de fabricantes, indicam que até 2027 a maior parte dos smartphones vendidos mundialmente deve incorporar apenas o eSIM, tornando a tradicional bandeja do SIM uma peça obsoleta nos aparelhos.
O impacto também se estende a dispositivos vestíveis, como smartwatches e rastreadores, que já utilizam a tecnologia para garantir conectividade independente do celular.
A tendência global de adoção do eSIM reflete uma busca constante por inovação, segurança e praticidade no uso da tecnologia móvel.
A substituição do chip físico por soluções virtuais caminha para remodelar não apenas a experiência dos usuários, mas também a logística das operadoras, o design dos aparelhos e a dinâmica de oferta de serviços digitais.
Você gosta da ideia de abandonar o chip físico e adotar de vez o eSIM nos celulares? Seu celular já veio sem a velha entrada?