Universidades e empresas chinesas estão usando serviços da Amazon para acessar chips de IA, contornando sanções dos EUA. O governo americano promete novas medidas para fechar essa brecha, o que pode intensificar a disputa tecnológica entre as duas potências. Amazon nega irregularidades, mas a tensão entre os países segue alta.
No meio do turbilhão das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, um detalhe crucial passou despercebido por muitos: como a China está driblando as duras sanções americanas e acessando tecnologia de ponta?
Em um cenário onde a corrida pela supremacia tecnológica se intensifica, a engenhosidade chinesa encontrou uma solução improvável — e ao mesmo tempo questionável — nas nuvens da Amazon.
Esse movimento, que mais parece um jogo de xadrez geopolítico, revela uma nova fase da disputa entre as duas maiores potências mundiais. Mas até onde essa estratégia pode ir sem despertar maiores retaliações?
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O plano chinês: uma solução criativa para um problema complexo
Empresas, universidades e outras entidades chinesas estão recorrendo ao Amazon Web Services (AWS) para superar as barreiras impostas pelos EUA.
O uso dos serviços em nuvem da Amazon permite que essas instituições processem dados complexos de Inteligência Artificial (IA), burlando as restrições de acesso aos chips de última geração da NVIDIA, essenciais para avanços tecnológicos na área.
Intermediários no centro da jogada
A estratégia por trás dessa manobra envolve um jogo de intermediários. Empresas chinesas e universidades, impossibilitadas de firmar contratos diretos com a Amazon devido às sanções, têm utilizado terceiros para estabelecer acordos com a gigante norte-americana. Isso garante o acesso a chips como o NVIDIA A100 e H100, indispensáveis para o processamento de IA na nuvem.
Amazon se defende, mas suspeitas permanecem
Em resposta às acusações, um porta-voz da Amazon negou qualquer irregularidade, afirmando que a empresa “cumpre todas as leis aplicáveis dos EUA, incluindo leis comerciais, em relação ao fornecimento de serviços do AWS dentro e fora da China.”
Entretanto, a ausência de respostas de instituições chinesas como a Universidade de Shenzhen e o Zhejiang Lab apenas aumenta as suspeitas.
EUA em alerta: a resposta pode estar a caminho
Com a revelação dessa brecha, o governo dos Estados Unidos já está trabalhando para fechar as lacunas na nova etapa de sanções.
De acordo com declarações recentes, esforços estão sendo direcionados para “fortalecer nossos controles existentes que restringem as empresas da RPC de acessar chips avançados de IA por meio de acesso remoto à capacidade de computação em nuvem.”
Ainda assim, a Casa Branca não anunciou uma data específica para a implementação dessas medidas, deixando muitas empresas americanas e chinesas em estado de alerta.
O futuro das sanções e a guerra tecnológica
A tensão entre Estados Unidos e China não mostra sinais de desaceleração. A questão que se coloca agora é: até quando as empresas chinesas conseguirão contornar as sanções sem consequências mais severas?
Com o aumento da vigilância e o fortalecimento das medidas de controle, a próxima fase dessa disputa pode definir o futuro da tecnologia global.
Pergunta para os leitores: Você acredita que essa estratégia chinesa de contornar sanções pode acirrar ainda mais a guerra comercial entre EUA e China, ou há outra saída para essa disputa tecnológica?