Experimento inovador utiliza iodeto de prata e drones para aumentar a precipitação em 4% em uma das regiões mais secas da China
Recentemente, a China executou um experimento notável de engenharia climática utilizando drones e iodeto de prata para induzir chuva em uma das regiões mais áridas do país, Xinjiang.
A operação, realizada pela Administração Meteorológica da China (CMA), resultou em uma precipitação artificial equivalente a 30 piscinas olímpicas, o que representa um avanço significativo na busca por soluções para a escassez de água.
Detalhes da operação
O experimento abrangeu mais de 8.000 km² de área, o que equivale ao tamanho da Córsega.
-
Esse motor elétrico pesa só 39 kg, gera 800 cv, combina fluxo axial e radial e equipa super carro de 2.300 cv
-
Homem que diz ter o maior QI do mundo investe tudo em Bitcoin, quer criar Segundo Bitcoin, igrejas e causa polêmica online
-
Exército dos EUA dispara Switchblade 600 pela primeira vez: drone kamikaze que voa 43 km, carrega ogiva Javelin e desvia em pleno voo
-
China injeta 3 trilhões em ciência e dispara investimentos recordes em pesquisa para dominar a inovação mundial
Utilizando drones de médio porte, a CMA semeou nuvens com iodeto de prata, uma substância que possui uma densidade seis vezes maior que a da água.
Durante quatro voos a uma altitude de 5.500 metros, os drones liberaram o composto em forma de fumaça, com uma taxa de dispersão de 0,28 gramas por segundo, utilizando barras de chama que continham 125 gramas de iodeto cada.
Resultados impressionantes da China
Os resultados foram notáveis, com um aumento de mais de 4% na precipitação local, totalizando cerca de 78.200 m³ de água adicional.
Esse aumento foi corroborado por análises realizadas por supercomputadores, espectrômetros de gotas e imagens de satélite.
Após a semeadura, as gotas de chuva mostraram um crescimento significativo, passando de 0,46 mm para 3,22 mm de diâmetro, além de um resfriamento das nuvens de até 10°C e um crescimento vertical de 3 km.
Tecnologias de modificação climática
Desde 2021, a CMA integra um sistema sofisticado de modificação climática que combina 24 estações terrestres automatizadas, satélites e frotas de drones.
Essa abordagem tridimensional permite uma cobertura em larga escala e precisão nas operações, funcionando em todas as estações do ano.
Essa inovação é vital para regiões que enfrentam secas severas e desertificação, como as áreas adjacentes aos desertos de Gobi e Taklamakan, que impactam o abastecimento de água de 25 milhões de pessoas.
Desafios e preocupações ambientais da China
Apesar dos avanços tecnológicos, o experimento em Xinjiang levanta questões sobre os impactos ambientais de longo prazo e a eficácia real das intervenções de modificação climática.
A prática da semeadura de nuvens já foi aplicada em outras regiões da China, como Guizhou e Sichuan, mas os cientistas ainda se questionam: até que ponto essas técnicas podem aumentar a chuva de forma consistente? Quais são os possíveis efeitos colaterais? E como seriam as implicações de operações contínuas ao longo do ano?
A corrida global por soluções climáticas
O experimento realizado na China representa um marco na corrida global por soluções climáticas artificiais.
Com a simples aplicação de iodeto de prata, o país demonstra que é possível provocar chuva em regiões onde a natureza já não consegue.
Essa inovação pode abrir novas possibilidades para combater a escassez de água e a desertificação, oferecendo esperança para comunidades que enfrentam desafios hídricos.
O uso de drones na modificação do clima não apenas destaca o potencial da tecnologia, mas também ressalta a importância de um equilíbrio cuidadoso entre a intervenção humana e os processos naturais.
À medida que a China avança nessa área, o mundo observa atentamente, em busca de soluções que possam ser replicadas em outras regiões afetadas pela seca e pela mudança climática.
FONTE: IGNBRASIL