No início dos anos 2000, os Estados Unidos dominavam o comércio global, sendo o principal parceiro comercial da maioria dos países. A China, embora em crescimento, ainda era uma economia secundária no cenário internacional. No entanto, ao longo das últimas duas décadas, uma transformação radical ocorreu: a China ultrapassou os EUA, tornando-se a maior potência comercial do mundo.
Esse avanço da China foi impulsionado por uma combinação de industrialização acelerada, políticas de abertura econômica, investimentos massivos em infraestrutura e estratégias globais como a Iniciativa do Cinturão e Rota. A mudança no eixo comercial global impactou economias de todos os continentes, redefinindo relações comerciais e políticas internacionais. A seguir, exploramos como essa ascensão aconteceu e quais são as implicações para o futuro do comércio mundial.
O domínio comercial dos EUA no início dos anos 2000
No começo do século XXI, os Estados Unidos eram o epicentro do comércio global. Mais de 80% das nações tinham os EUA como seu maior parceiro comercial, resultado da globalização acelerada e do peso econômico americano após a Guerra Fria. O país liderava cadeias globais de valor, exportava tecnologia de ponta e importava produtos manufaturados de diversas partes do mundo.
Enquanto isso, a China ainda era um participante modesto no comércio global, respondendo por apenas 3% do fluxo comercial em meados dos anos 90. Apesar das reformas iniciadas por Deng Xiaoping na década de 1980, o país ainda estava longe de desafiar a supremacia comercial americana.
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Os fatores que impulsionaram a ascensão da China
A partir dos anos 2000, a China iniciou um processo de crescimento acelerado, transformando-se na “fábrica do mundo” e mudando drasticamente a dinâmica do comércio internacional. Diversos fatores foram cruciais para essa ascensão.
A China investiu fortemente no desenvolvimento industrial, expandindo sua capacidade produtiva em ritmo acelerado. Cidades como Shenzhen e Xangai tornaram-se polos de manufatura de eletrônicos, vestuário e outros produtos, abastecendo mercados globais e impulsionando as exportações.
A entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001 foi um marco decisivo. Com tarifas reduzidas e maior previsibilidade nas regras comerciais, o país se tornou um destino atrativo para multinacionais que buscavam reduzir custos de produção. Isso resultou na transferência de fábricas para o território chinês e na explosão das exportações.
O governo chinês investiu pesadamente em infraestrutura, criando um sistema logístico altamente eficiente. Portos modernos, ferrovias de alta velocidade e rodovias foram construídos para facilitar o escoamento da produção, reduzindo custos e tornando a China ainda mais competitiva no comércio internacional.
A China buscou agressivamente novos mercados e fornecedores de matérias-primas. Países da América Latina, África e Sudeste Asiático se tornaram parceiros comerciais estratégicos, garantindo insumos essenciais como petróleo, ferro e soja para a indústria chinesa.
A Iniciativa do Cinturão e Rota como catalisadora do crescimento
Lançada em 2013, a Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI) se tornou uma das principais ferramentas para expandir a influência econômica da China. Por meio de investimentos trilionários em infraestrutura, o país construiu ferrovias, portos e rodovias em dezenas de países, facilitando a circulação de mercadorias e fortalecendo suas relações comerciais.
No entanto, a BRI também enfrenta críticas. Muitos analistas veem o projeto como uma estratégia chinesa para expandir sua influência global, enquanto alguns países enfrentam dificuldades para pagar os empréstimos obtidos para financiar essas obras. Apesar disso, a BRI consolidou ainda mais a posição da China no comércio global.
Consequências para a economia global e para a geopolítica
A ascensão comercial da China teve impactos profundos no cenário econômico e político mundial.
Boom das commodities: A demanda chinesa por matérias-primas impulsionou economias exportadoras como Brasil, Austrália e Chile. O aumento das exportações de petróleo, ferro e soja gerou crescimento econômico em diversas nações.
Concorrência industrial: Produtos chineses baratos inundaram mercados globais, desafiando indústrias locais. Nos EUA e na Europa, setores manufatureiros perderam espaço, levando a debates sobre protecionismo e desindustrialização.
Guerra comercial com os EUA: Em 2018, Washington impôs tarifas bilionárias sobre produtos chineses, desencadeando uma guerra comercial. A disputa gerou incertezas e desacelerou o crescimento do comércio mundial nos anos seguintes.
China vs. EUA: o comparativo atual do comércio global
Os números atuais comprovam a liderança comercial da China.
- Em 2013, a China superou os EUA como maior nação comercial do mundo.
- Em 2022, as exportações chinesas alcançaram US$ 3,6 trilhões, enquanto as dos EUA foram de US$ 2,1 trilhões.
- A China se tornou o principal parceiro comercial de mais de 120 países, incluindo economias relevantes como Alemanha, Japão e Brasil.
A mudança de posição entre as duas potências reflete uma transformação global que dificilmente será revertida no curto prazo.
Bom os Estados Unidos querem continuar na liderança mundial tentando impedir o crescimento dos outros estratégias erradas que não deram certo e o pior a Europa tá fazendo o mesmo caminho se prejudicando prá tentar prejudicar a Rússia é o início do fim domínio ocidental de viver prejudicando os outros não crescendo