China reconhece Bitcoin como ativo legal após valorização de 350%. País conta com carteira de 100 mil em criptomoedas e cenário para o bitcoin começa a melhorar.
A China surpreendeu o mercado financeiro ao remover as restrições anteriormente impostas ao Bitcoin, marcando uma reviravolta em sua relação com a criptomoeda. Após banir o Bitcoin pelo menos seis vezes nos últimos anos, a mais recente em setembro de 2021, a criptomoeda registrou uma valorização impressionante de 350% desde então. Agora, ao reconhecer oficialmente o Bitcoin, a China sinaliza uma mudança estratégica que pode influenciar significativamente o mercado global de ativos digitais. Neste artigo, analisamos a trajetória da China em relação ao Bitcoin e o impacto dessa decisão histórica no cenário das criptomoedas.
China reconhece Bitcoin e agora possui mais de 100 mil sob sua custódia
Apesar da China ser uma das maiores baleias de bitcoin, a última vez que o baniu foi em setembro de 2021, quando o Banco Central da China declarou todas as transações de criptomoedas ilegais. Desta forma, na época, o Bitcoin valia uma média de US$ 20 mil, tendo se valorizado mais de 350% com essa última alta.
Contudo, vale mencionar que, apesar de constantemente banir a tecnologia, o governo da China tem sob sua custódia mais de 100 mil BTC, provenientes de apreensões. Desta forma, a reviravolta aconteceu no último dia 18, em uma decisão do Tribunal Superior da China sobre emissão de tokens (ICOs). No documento, ficou clara a classificação do Bitcoin como uma “commodity”.
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O caso está ligado à disputa de duas empresas que, juntas, planejaram lançar um token próprio em 2017. O final não foi feliz para a empresa, visto que as criptomoedas continuam proibidas desde o começo do caso.
Após a análise, o tribunal considerou a emissão de tokens para financiamento, por meio da venda e circulação não autorizada de tokens digitais, é uma prática ilegal de captação de recursos.
Atividades comerciais relacionadas ao bitcoin é restrita
Contudo, a fundamentação jurídica da decisão foi o que chamou a atenção. Na sequência, a decisão concluiu que “criptomoedas, como o Bitcoin, não são proibidas pela lei”. Na visão do jornalista Chinês Colin Wu, é uma clara indicação da evolução jurídica do país no que se refere à indústria.
Segundo Wu em seu perfil do X, antigo Twitter, o supremo Tribunal de Xangai da China reconhece Bitcoin e declara que a moeda virtual, como mercadoria virtual, possui atributos de propriedade e não é proibida pela lei chinesa.
Contudo, as atividades comerciais relacionadas com a moeda virtual são estritamente restritas e as leis e regulamentos chineses sempre mantiveram uma repressão de alta pressão às atividades de especulação no comércio de moeda virtual.
David Bailey, CEO da Bitcoin Magazine, afirmou que Donald Trump foi eleito nos Estados Unidos prometendo criar uma reserva estratégica de criptomoedas. Segundo Bailey, quando conheceu o presidente, a primeira coisa que perguntou foi se o Bitcoin poderia fazer alguma coisa em relação à dívida de 35 trilhões de dólares. Contudo, o executivo não entrou em detalhes com Trump.
China agora reconhece Bitcoin como ativo legal e criptomoeda se valoriza
O bitcoin começou a semana em alta. Apenas nesta segunda-feira (14), a criptomoeda acumula uma valorização de mais de 4%, segundo dados da plataforma CoinGecko, refletindo um maior apetite ao risco por parte dos investidores após o governo da China oficializar um plano trilionário de estímulo à economia do país.
Conforme a CoinGecko, o bitcoin disparou 4,1% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 65.173. O bom desempenho também influencia positivamente outras criptomoedas, com o ether valorizando 4,3% no mesmo período, a US$ 2.567. As criptomoedas meme estão tanto entre os destaques positivos quanto entre os negativos do dia.
João Galhardo, analista da Mynt, a plataforma cripto do BTG Pactual, pontua que, desde a última quinta-feira, 10, a valorização do bitcoin é ainda maior. Naquele dia, o ativo chegou a cair para uma mínima de US$ 59.330, contudo, acabou revertendo o movimento durante o último fim de semana.