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China recorre à energia nuclear para impulsionar economia com investimento de 28 bilhões de dólares em 11 novos reatores

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 21/08/2024 às 01:04
China recorre à energia nuclear para impulsionar economia com investimento de 28 bilhões de dólares em 11 novos reatores
A China está construindo 30 reatores nucleares e planeja comissionar outros 37 no médio prazo (Imagem: Representação)

Para fortalecer sua economia e avançar rumo à neutralidade carbônica, China planeja expansão massiva em energia nuclear, com foco em inovação e sustentabilidade.

A China está dando mais um passo ousado em direção à liderança global em energia nuclear. Com um investimento robusto de 28 bilhões de dólares, o país planeja construir 11 novos reatores nucleares, integrando um ambicioso plano de expansão que visa não apenas fortalecer sua economia, mas também atingir a meta de neutralidade carbônica até 2060.

A China, sob a liderança de Xi Jinping, continua a demonstrar sua determinação em se tornar uma superpotência em energia nuclear. Atualmente, o país possui 56 reatores nucleares em operação, empatando com a França, e fica atrás apenas dos Estados Unidos, que têm 94 reatores ativos. No entanto, a China está em plena expansão, com 30 reatores em construção e planos para comissionar outros 37 nos próximos anos. Este esforço colossal não só coloca o país no caminho para igualar os Estados Unidos, mas também solidifica sua posição na vanguarda da inovação nuclear global.

China desenvolvendo reator de sal fundido: é o primeiro de seu tipo no mundo

Um dos projetos mais notáveis em andamento é o reator de sal fundido e tório TMSR-LF1, aprovado pela Administração de Segurança Nuclear da China em junho de 2023. Localizado no complexo industrial de Minqin, na província de Gansu, no norte da China, este reator de 2 megawatts térmicos (MWt) é o primeiro de seu tipo no mundo. Utilizando tório como combustível, o TMSR-LF1 representa um marco na tecnologia nuclear, combinando inovação com eficiência energética. A China já planeja construir um reator de sal fundido de maior capacidade até 2030, reforçando ainda mais sua liderança no setor.

Construção de 11 novos reatores

Além das inovações tecnológicas, a China também está expandindo sua infraestrutura nuclear com a aprovação de cinco novos projetos nas províncias de Shandong, Zhejiang, Jiangsu, Guangdong e na região autônoma de Guangxi. Estes projetos envolverão a construção de 11 novos reatores, com um investimento total de 28 bilhões de dólares. De acordo com He Zhaohui, analista da consultoria Guolian Securities, “o aumento nas aprovações de novos projetos de energia nuclear deverá impulsionar o crescimento de fornecedores e operadores de equipamentos“. Este movimento marca o maior número de reatores nucleares aprovados desde 2019, evidenciando a prioridade que o governo chinês tem dado ao desenvolvimento desse setor.

China opera 55 centrais nucleares

Atualmente, a China opera 55 centrais nucleares, e impressionantemente, 50% dos reatores em construção no mundo estão localizados em solo chinês. Os outros 50% estão distribuídos entre 15 países, demonstrando o quanto a China está à frente em termos de expansão nuclear. Este domínio reflete a ambição do país em alcançar a neutralidade carbônica até 2060, uma meta que o governo chinês busca atingir através de investimentos crescentes não apenas na energia nuclear, mas também em energias renováveis, como eólica e solar.

Objetivo é sustentar o crescimento do país

A decisão de investir pesadamente em energia nuclear faz parte de uma estratégia econômica mais ampla para sustentar o crescimento do país. Ao fortalecer sua base energética, a China está preparando o terreno para um futuro onde a energia limpa e sustentável será essencial para manter o ritmo de desenvolvimento e garantir a segurança energética.

Com esses novos investimentos, a China não apenas solidifica sua posição como líder global em energia nuclear, mas também demonstra seu compromisso com um futuro sustentável e inovador. A combinação de expansão agressiva e inovação tecnológica coloca o país em um caminho firme para se tornar a maior potência nuclear do mundo, alinhando seu desenvolvimento econômico com metas ambientais ambiciosas.

O que você acha da estratégia da China de investir pesadamente em energia nuclear para impulsionar sua economia e alcançar a neutralidade carbônica? Compartilhe sua opinião nos comentários abaixo!

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Rafaela Fabris

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