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China quer “dominar” a lua! País avança na construção de estação científica lunar em parceria com 40 países

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 12/09/2024 às 21:21
Lua, China, estação
Foto: CNN Brasil

Projeto ambicioso da CNSA, em parceria com mais de 40 países, promete revolucionar a exploração espacial com uma base lunar no polo sul da Lua

A China está cada vez mais próxima de concretizar seus planos de exploração espacial ao avançar no projeto de construção da Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS). A iniciativa, liderada pela Administração Espacial Nacional da China (CNSA), visa estabelecer uma estação científica na Lua até 2050, com a primeira fase da base planejada para ser concluída em 2035. O projeto já conta com a cooperação de mais de 40 países, incluindo parcerias estratégicas com a Agência Espacial Europeia (ESA), de acordo com o site Terra.

Fase inicial do projeto e missões Chang’e

A CNSA lançou a missão Chang’e-6, responsável por coletar materiais essenciais da ESA, dando início às primeiras etapas da construção. Esta fase será crucial para o desenvolvimento de uma base lunar no polo sul da Lua, região escolhida por conter recursos valiosos, como água, que serão fundamentais para a sobrevivência e pesquisa. A base inicial terá como foco experimentos científicos e o estudo da viabilidade do uso de recursos lunares limitados.

Com a primeira parte da estação prevista para 2035, o ILRS promete ser uma infraestrutura essencial para a exploração e colonização lunar. A construção será desenvolvida em etapas, com o objetivo de criar uma base permanente capaz de abrigar experimentos científicos e estabelecer estratégias para a exploração sustentável da Lua.

Objetivos principais da estação científica

O principal objetivo do ILRS é permitir a realização de experimentos científicos fundamentais para a exploração lunar. A fase inicial, prevista para 2035, servirá como uma base para os cientistas desenvolverem tecnologias que possibilitem a utilização de recursos disponíveis na Lua. A localização no polo sul lunar foi estrategicamente escolhida pela presença de gelo, que pode ser convertido em água, elemento essencial para futuras missões tripuladas e para o estabelecimento de uma presença humana permanente.

Outro foco do projeto será o desenvolvimento de tecnologias para produção de energia sustentável na Lua. O fornecimento de energia será crucial para manter as operações da estação científica e garantir a continuidade das pesquisas. Além disso, o ILRS atuará como um ponto de partida para futuras missões espaciais, incluindo o tão aguardado pouso tripulado em Marte.

A estação lunar em 2050

Em 2050, a China prevê uma expansão significativa da ILRS, que integrará uma rede de transporte que conectará o polo sul da Lua ao equador e ao lado oculto do satélite. Esse avanço será fundamental para a criação de uma infraestrutura sustentável na Lua, permitindo operações contínuas e autossuficientes. Entre as inovações planejadas estão:

  • Fornecimento de energia sustentável: Um sistema autônomo para garantir energia constante à estação.
  • Controle central e comunicação: Redes avançadas de comunicação para suporte às operações.
  • Navegação avançada: Sistema de navegação que conectará diferentes pontos da superfície lunar.
  • Gestão de transporte Terra-Lua: Logística eficiente para transporte de materiais entre a Terra e a Lua.
  • Infraestrutura de pesquisa científica: Laboratórios e equipamentos avançados para experimentos de ponta.
Foto: Reprodução Mundo Conectado

Além disso, uma estação espacial em órbita lunar será instalada para realizar pesquisas científicas e testar tecnologias essenciais para futuras missões tripuladas. Esse avanço será fundamental para a realização de um pouso tripulado em Marte, objetivo que a China pretende atingir nas próximas décadas.

Futuras missões Chang’e

As missões Chang’e-7 e Chang’e-8, previstas para 2026 e 2028, desempenharão um papel essencial na construção da ILRS. Essas missões estão programadas para explorar o lado oculto da Lua, realizar levantamentos ambientais e testar tecnologias de uso de recursos lunares. O sucesso dessas missões será crucial para a instalação da infraestrutura básica da estação científica e para garantir o progresso do projeto.

Entre as tarefas principais dessas missões estão:

  • Exploração e mapeamento do lado oculto da Lua: Identificação de áreas estratégicas para futuras operações.
  • Levantamentos ambientais: Coleta de dados sobre a geologia e composição da superfície lunar.
  • Testes de tecnologias de extração de recursos: Verificação da viabilidade de uso dos recursos disponíveis, como água e minerais, para suportar operações futuras.

Essas atividades serão fundamentais para garantir que a estação lunar seja equipada com as melhores tecnologias e conhecimentos científicos disponíveis, permitindo a continuidade das operações por muitas décadas.

Impacto Global do ILRS

A Estação Internacional de Pesquisa Lunar representa um marco na exploração espacial global, e a liderança da China no projeto destaca o avanço do país no setor aeroespacial. Com a participação de mais de 40 países, o ILRS se tornará um centro internacional de pesquisa científica e inovação, abrindo novas fronteiras para a exploração do espaço.

A construção da estação lunar também impulsionará o desenvolvimento de novas tecnologias, criando oportunidades para colaborações internacionais e avanços científicos que beneficiarão não apenas a exploração da Lua, mas também o futuro da humanidade no espaço. O projeto é um passo significativo em direção à colonização lunar e à exploração de outros planetas, como Marte.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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