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China proíbe revelar sexo de bebês durante a gestação desde 1996 em todo o país, com punições severas para médicos e hospitais

Escrito por Felipe Alves da Silva
Publicado em 25/07/2025 às 13:34
Clínica chinesa com pais e médicos durante exame de ultrassom, destacando proibição de revelar sexo do bebê.
Ultrassom na China lembra que a regra de não informar o sexo do bebê foi criada na época da política do filho único, entre 1979 e 2015.
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A China mantém proibido que médicos revelem o sexo de bebês antes do nascimento desde 1996, regra criada durante a política do filho único, em vigor de 1979 a 2015. A determinação tem como objetivo conter a prática de seleção de gênero e reduzir o impacto cultural que favorece o nascimento de filhos homens, situação que desequilibrou as taxas populacionais no país.

Na virada dos anos 2000, o censo chinês apontou 120 meninos para cada 100 meninas, número muito acima do padrão global de 105 para 100. Algumas províncias chegaram a registrar índices de 130 nascimentos masculinos para cada 100 femininos, cenário associado a fatores socioculturais e econômicos que influenciam diretamente as famílias chinesas.

Entre os fatores estão tradições que veem os homens como responsáveis pelo cuidado dos pais idosos e o fato de que, após o casamento, a mulher passa a integrar a família do marido. Essa combinação criou, ao longo de décadas, um cenário em que um filho homem era considerado essencial para sustentar a estrutura familiar, especialmente nas áreas rurais.

Proibição segue apesar da legalização do aborto

Embora o aborto seja legalizado na China, a lei continua proibindo que os pais descubram o sexo do bebê durante a gestação. Médicos flagrados informando essa informação podem ser multados, perder a licença e até levar hospitais a sanções administrativas, medida que busca coibir abortos seletivos e distorções demográficas.

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Mesmo assim, pais interessados encontram alternativas. Exames de ultrassom realizados em Hong Kong ou países próximos, como a Tailândia, são opções usadas para contornar a legislação. Em território chinês, consultas também podem gerar pistas indiretas, quando médicos respondem a perguntas sugestivas feitas pelos pais, ainda que sem confirmação oficial.

O professor Li Shuzhuo, do Instituto de Estudos de População e Desenvolvimento da Universidade Jiaotong de Xian, destacou em entrevista ao jornal britânico The Guardian, em 2011, que tais costumes reforçam a busca por filhos homens como uma “apólice de seguro” para a velhice.

Tradições e dados oficiais sustentam a continuidade da lei

Mesmo após o fim da política do filho único, a legislação continua vigente, devido ao impacto social das práticas discriminatórias e à necessidade de equilibrar a proporção de gêneros no país. O governo chinês entende que o relaxamento da regra poderia ampliar novamente a desigualdade nas taxas de nascimento.

A informação foi divulgada pelo portal Brasil em Folhas, com base em comunicados e dados históricos, incluindo informações de censos e declarações de especialistas sobre o contexto cultural e populacional da China.

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Felipe Alves da Silva

Profissional com formação militar pelo Exército Brasileiro e experiência em gestão administrativa e logística no setor industrial. Escreve sobre defesa, segurança, geopolítica, indústria automotiva, ciência e tecnologia. Sugestões de pauta: fa06279@gmail.com

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