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“China não se intimida com os Estados Unidos”, afirma Xi Jinping. Presidente promete construir nova ordem global

Escrito por Rannyson Moura
Publicado em 03/09/2025 às 07:44
Em discurso marcado por forte simbolismo, Xi Jinping afirmou que a China "nunca se intimida com valentões", em meio às crescentes tensões comerciais e políticas com os EUA. Fonte: CBN e Canva
Em discurso marcado por forte simbolismo, Xi Jinping afirmou que a China “nunca se intimida com valentões”, em meio às crescentes tensões comerciais e políticas com os EUA. Fonte: CBN e Canva
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Em discurso marcado por forte simbolismo, Xi Jinping afirmou que a China “nunca se intimida com valentões”, em meio às crescentes tensões comerciais e políticas com os EUA.

Durante uma cerimônia militar em Pequim, o presidente Xi Jinping reafirmou a posição da China diante das pressões externas. O líder declarou que o país “nunca se intimida com valentões”, em um momento de disputas comerciais e tecnológicas com os EUA. O discurso ocorreu diante de milhares de soldados e foi acompanhado por líderes aliados a Pequim.

A fala de Xi não citou nominalmente os Estados Unidos, mas diplomatas chineses frequentemente utilizam a expressão “valentões” para criticar Washington e o que chamam de “hegemonia ocidental”. Essa retórica reforça a estratégia de Xi em consolidar a China como um contraponto direto à ordem global liderada pelos americanos.

Histórico de resistência e busca por protagonismo global

Em sua fala, Xi recordou momentos históricos em que o povo chinês enfrentou forças estrangeiras. Ele afirmou: “No passado, diante de lutas cruciais entre o bem e o mal, a luz e as trevas, o progresso e a reação, o povo chinês se uniu para derrotar o inimigo.”

Esse resgate da memória nacional está ligado ao chamado “século de humilhação”. Entre o fim do Império Qing e a formação da República da China, o país foi subjugado por potências estrangeiras, perdendo territórios estratégicos como Hong Kong, Manchúria e parte de Xangai. Ao mencionar esse período, Xi reforça seu compromisso de restaurar a grandeza nacional e posicionar a China como força central no cenário global.

Relações tensas entre China e EUA

O discurso ocorre em meio a um cenário delicado. Disputas comerciais, embargos tecnológicos e divergências sobre segurança internacional têm marcado as relações entre China e Estados Unidos. Pequim considera que as políticas de Washington buscam frear seu avanço econômico e tecnológico.

A pressão americana em áreas como semicondutores, infraestrutura digital e defesa é vista por Xi como tentativa de manter a supremacia dos EUA. Em resposta, o governo chinês acelera parcerias estratégicas, fortalece o desenvolvimento interno e se apresenta como alternativa a um mundo multipolar.

Xi Jinping, aliados estratégicos e desafio à hegemonia ocidental

A estratégia de enfrentamento não ocorre de forma isolada. Em um gesto simbólico, Xi Jinping apareceu ao lado de líderes como Vladimir Putin, da Rússia, e Kim Jong-un, da Coreia do Norte. A presença dos dois reforça a construção de um bloco alinhado em oposição direta ao modelo de poder liderado pelos EUA.

Esse movimento tem como objetivo criar uma nova ordem internacional, menos dependente das estruturas ocidentais.

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Rannyson Moura

Graduado em Publicidade e Propaganda pela UERN; mestre em Comunicação Social pela UFMG e doutorando em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG. Atua como redator freelancer desde 2019, com textos publicados em sites como Baixaki, MinhaSérie e Letras.mus.br. Academicamente, tem trabalhos publicados em livros e apresentados em eventos da área. Entre os temas de pesquisa, destaca-se o interesse pelo mercado editorial a partir de um olhar que considera diferentes marcadores sociais.

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