Nova usina nuclear da China será construída em 2025 e promete revolucionar o setor energético. A usina nuclear de sal fundido usará tório como combustível principal e terá potência de 60 MW.
A China está se preparando para iniciar a instalação da primeira usina nuclear de sal fundido que utiliza tório como combustível, localizada no deserto de Gobi. Com início previsto para o próximo ano, este reator inovador não necessita de água para resfriamento, utilizando sal líquido e dióxido de carbono para transferir calor e gerar eletricidade. Este projeto pioneiro promete revolucionar a geração de energia nuclear, oferecendo uma solução mais segura e eficiente para a produção de eletricidade em áreas remotas.
Nova usina nuclear da China terá potência de 60 MW
A utilização de Tório, em vez de urânio, alivia as preocupações sobre escassez de urânio, pois o tório é mais abundante. O reator está previsto para ser concluído e operacional em 2029, gerando até 60 megawatts de potência térmica.
Parte dessa energia térmica será usada para conduzir uma unidade de energia elétrica de 10 MW e o restante para produzir hidrogênio pela divisão de moléculas de água em alta temperatura. O projeto da nova usina nuclear de sal fundido será conduzido pelo Instituto de Física Aplicada de Xangai, da Academia Chinesa de Ciências.
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A usina nuclear da China foi classificada como sendo de pequeno porte e impulsionará o desenvolvimento de várias tecnologias de materiais e fabricação de equipamentos de ponta, além de contribuir para a independência energética da China.
Atualmente, o único reator de tório operacional está localizado no Deserto de Gobi e só pode gerar até 2MW de potência térmica sem gerar eletricidade. Este reator experimental serviu de base para a criação de reatores maiores e geradores de energia.
Nova usina nuclear da China também contará com várias outras instalações
A nova usina nuclear de sal fundido de tório têm aplicações militares potenciais devido à sua estrutura compacta e segurança, como alimentar navios e submarinos. A nova usina nuclear da China será construída a oeste do reator experimental, ocupando uma área menor que um campo de futebol.
O sal fundido que carrega o tório entra no núcleo do reator para começar a reação em cadeia e, após o aumento da temperatura, transfere calor para um sal fundido não radioativo em um ciclo separado, que então gera eletricidade. O projeto também inclui várias outras instalações, como um centro de pesquisa e uma planta de processamento de combustível gasto, com mais de 80% do material sendo reciclado.
O resíduo radioativo será solidificado em vidro e transportado para um local de descarte profundo no deserto de Gobi. Reatores de urânio tradicionais que usam água para resfriamento apresentam risco de explosão se as bombas falharem, mas no reator de tório, o sal fundido pode ser contido com segurança em um recipiente abaixo do reator. A usina que usará tório como combustível funcionará com fontes renováveis como usinas eólicas e solares, para gerar energia limpa e estável.
Qual o principal objetivo da nova usina nuclear da China?
A nova usina será usada principalmente para fins de pesquisa, atendendo cientistas, mas também incluirá uma base de energia eólica, uma estação de energia solar, uma usina de armazenamento de energia com base de energia solar, uma usina de armazenamento de energia com base em sal fundido, uma usina térmica e uma base de produção química. Todos os diferentes tipos de energia serão integrados em uma rede inteligente para fornecer eletricidade estável, de baixo custo e baixa emissão de carbono.
A partir de 2030, a China começará a construir reatores modulares comerciais baseados em tório com capacidade de geração elétrica de 100 MW ou mais.
Recentemente, construtores navais da China também revelaram o primeiro design mundial para um navio porta-contêineres gigante alimentado por reator de sal fundido, o que pode começar uma nova revolução na logística humana.