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China está perto de aplicar quase 1 TRILHÃO para começar a bancar diretamente gastos dos consumidores e o Brasil está no centro dessa revolução

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 05/09/2024 às 13:37
China está perto de aplicar quase 1 TRILHÃO para começar a bancar diretamente gastos dos consumidores e o Brasil está no centro dessa revolução
China está perto de aplicar quase 1 TRILHÃO para começar a bancar diretamente gastos dos consumidores e o Brasil está no centro dessa revolução

A China pode estar prestes a realizar um dos maiores estímulos ao consumo já vistos, com 1 trilhão de yuans injetados diretamente nos bolsos dos consumidores. Essa proposta ousada, apoiada pelo renomado economista Li Daokui, pode mudar os rumos da economia global, e o Brasil está no centro dessa revolução.

Imagine uma economia gigante à beira de um novo experimento econômico que pode mudar os rumos globais do consumo. É isso que está acontecendo na China, onde uma proposta econômica que parecia impensável começa a ganhar força nos altos círculos de poder. A ideia? Injetar trilhões diretamente no bolso dos consumidores, estimulando o consumo de maneira inédita. Mas essa história vai muito além dos números.

Será que o governo de Pequim está pronto para bancar o consumo de seus cidadãos? E quais são as implicações para o mercado global? Prepare-se para descobrir como a China pode revolucionar o consumo mundial com uma proposta que vem sendo discutida há mais de um ano.

Segundo especialistas, governo chinês prepara estímulo de 1 trilhão de yuans ao consumo. A proposta defendida pelo renomado economista Li Daokui, professor da Universidade Tsinghua, ganhou destaque nas últimas semanas.

Segundo ele, o governo chinês estuda bancar diretamente um quinto dos gastos dos consumidores durante a Golden Week, o feriado de uma semana que ocorre em outubro.

Esse período é considerado um dos mais importantes para o comércio no país, e o impacto de um estímulo financeiro desse porte pode ser gigantesco. O valor estimado é de 1 trilhão de yuans, o equivalente a quase R$ 800 bilhões.

Li Daokui é uma figura influente no cenário econômico chinês e já vinha defendendo essa ideia há um ano.

Agora, com o apoio crescente de colegas economistas e a repercussão nos veículos oficiais do Partido Comunista, como o China Daily e o Diário do Povo, a proposta parece estar cada vez mais próxima da realidade.

Otimismo crescente e os detalhes do estímulo ao consumo

A proposta de Li é simples: durante a Golden Week, o governo subsidiaria 20% das compras feitas pelos consumidores.

Ou seja, se um chinês gastar 1.000 yuans, 200 seriam pagos pelo governo. Conforme o economista, essa medida rápida e direta ajudaria a estimular o consumo, que é crucial para a retomada do crescimento econômico.

Ele acredita que a China precisa quebrar o ciclo vicioso de baixa demanda que tem arrastado a economia para uma desaceleração preocupante.

“A realidade é o melhor argumento”, defende Li Daokui

Historicamente, a China sempre focou seus estímulos econômicos no lado da oferta, mas essa visão está começando a mudar.

“Sempre acreditamos que a economia deveria ser estimulada pela oferta, e não pelo consumo”, afirma Li, ressaltando que a crise atual exige uma nova abordagem.

“A realidade é o melhor argumento”, argumenta o economista, enfatizando que a falta de consumo é o principal entrave ao crescimento da economia chinesa hoje.

Ele também defende a remoção de barreiras ao consumo de bens, como motocicletas, que são raras em cidades como Pequim. Segundo ele, muitas dessas restrições são antiquadas e freiam o desenvolvimento do mercado interno.

China olha para o Brasil como referência em consumo

Ao analisar o cenário internacional, Li Daokui destaca o Brasil como exemplo de uma economia impulsionada pelo consumo.

Ele elogia o comportamento dos brasileiros, que gastam com mais confiança, diferentemente dos chineses, que são mais cautelosos em relação ao futuro, preocupados com aposentadoria e saúde.

“Nós realmente admiramos os consumidores brasileiros”, diz Li, sugerindo que a China deve incentivar uma mentalidade mais voltada ao consumo para romper com o ciclo de poupança excessiva e falta de demanda.

Essa comparação com o Brasil, feita por Li após uma viagem ao país, também levanta um ponto interessante sobre a urbanização.

Segundo o economista, a taxa de urbanização no Brasil é superior a 80%, enquanto na China, cerca de 50% das pessoas que trabalham nas cidades não vivem nelas de fato.

Ele defende políticas que facilitem a migração definitiva para os centros urbanos, o que impulsionaria ainda mais o consumo.

Impactos do protecionismo e a relação comercial com o Brasil

Outro ponto levantado por Li Daokui é o crescente protecionismo contra produtos chineses nos Estados Unidos, Europa e Brasil. Apesar das barreiras comerciais, ele acredita que a demanda por produtos chineses ainda é alta, especialmente nos EUA, cuja economia está aquecida.

Contudo, ele alerta que, em um ou dois anos, a desaceleração nas economias ocidentais pode criar desafios para a China, reforçando a necessidade de estimular o consumo interno.

Sobre o Brasil, Li destaca a importância de Pequim e Brasília negociarem para reduzir as medidas protecionistas.

Além disso, ele vê com otimismo a possibilidade de mais fábricas chinesas serem instaladas no país, o que beneficiaria ambas as economias.

Li também acredita que o Brasil poderá se integrar à Iniciativa Cinturão e Rota, um ambicioso projeto chinês de infraestrutura internacional. “É um acordo ganha-ganha”, ressalta ele.

O futuro da China depende do consumo interno?

À medida que o protecionismo global e as tensões comerciais aumentam, a China parece se preparar para um novo capítulo em sua economia.

Com a proposta de Li Daokui ganhando força, o governo chinês pode estar prestes a dar um passo decisivo em direção ao estímulo direto ao consumo.

No entanto, ainda há dúvidas sobre o impacto de longo prazo dessa medida e se ela será suficiente para conter a desaceleração econômica que se avizinha.

Agora, resta a pergunta: você acredita que o Brasil teria que seguir o exemplo da China e implementar um plano de ajudar diretamente os brasileiros a pagarem seus itens de consumo?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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