Cientistas em Pequim criaram um satélite espião com tecnologia de câmera a laser capaz de identificar rostos a mais de 100 km de distância. O sistema, testado no Lago Qinghai, utiliza lidar de abertura sintética (SAL) para capturar imagens de alta resolução, mesmo à noite e sob condições climáticas adversas. Essa inovação levanta preocupações globais sobre segurança e privacidade.
A China desenvolveu um satélite espião com uma câmera avançada que pode identificar rostos a mais de 100 km da superfície. A tecnologia, criada em Pequim, utiliza um sistema de laser inovador e pode ser instalada em satélites militares ou na Estação Espacial Tiangong, que orbita a Terra a cerca de 450 km de altitude.
Como funciona esse satélite espião?
A câmera, que será colocada no satélite, usa o lidar de abertura sintética (SAL), um sistema de sensoriamento remoto que emite pulsos de luz e mede a energia refletida. Isso permite criar imagens 2D e 3D detalhadas, mesmo à noite ou em condições climáticas adversas.
No primeiro teste, realizado no Lago Qinghai, no noroeste da China, os cientistas conseguiram captar imagens de alta resolução a 101,8 km de distância. O sistema identificou detalhes mínimos, como objetos de 1,7 mm.
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O que preocupa os especialistas?
A nova tecnologia pode ser um avanço na espionagem global. Robert Morton, da Associação de Ex-Oficiais de Inteligência (AFIO), classificou a descoberta como uma “enorme preocupação de segurança”.
A China já opera cerca de 300 satélites de vigilância em órbitas baixas. Em dezembro de 2023, o país lançou o Yaogan-41, capaz de rastrear veículos em toda a região do Indo-Pacífico.
Julia Aymonier, especialista em tecnologia, comentou no LinkedIn:
“O futuro da vigilância espacial chegou e é mais poderoso do que imaginávamos.”
Quando essa tecnologia será lançada?
Ainda não há uma data oficial para o lançamento, mas os detalhes do projeto foram publicados no Chinese Journal of Lasers. O governo chinês também enfrenta críticas pelo uso de balões espiões, câmeras com reconhecimento facial e até um sistema de pontuação social que rastreia cidadãos.
Se o satélite espião entrar em operação, a China pode elevar a vigilância a um novo nível. O mundo está atento a esse avanço e às possíveis implicações para a privacidade global.