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China desenvolve painéis solares flexíveis que dispensam estruturas metálicas e podem ser aplicados com superfície adesiva

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 14/04/2025 às 11:08
China desenvolve painéis solares flexíveis que dispensam estruturas metálicas e podem ser aplicados com superfície adesiva
Foto: Canva
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Durante evento no Japão, empresa chinesa revela nova geração de painéis solares flexíveis, projetados para instalação fácil em diversas estruturas, inclusive superfícies curvas ou com baixa capacidade de carga.

A China deu mais um passo rumo à liderança no mercado global de energia solar, ao apresentar uma nova geração de painéis solares flexíveis durante a Semana Mundial da Energia Inteligente, realizada em Tóquio. Desenvolvidos pela empresa chinesa Polyshine Solar, os equipamentos foram projetados para facilitar a instalação em diferentes tipos de estruturas, mesmo em superfícies curvas ou com baixa capacidade de carga.

A novidade surge em meio a um cenário de forte competitividade entre fabricantes de painéis solares, impulsionada pela expansão da energia solar como uma das principais alternativas para a descarbonização da matriz energética global. No centro dessa disputa está a China, maior produtora e exportadora mundial de equipamentos fotovoltaicos.

Inovação e leveza como diferenciais

Com sede em Xangai, a Polyshine Solar tem investido em tecnologias voltadas à produção de módulos leves e de fácil aplicação. Os novos painéis solares flexíveis apresentados pela empresa pesam apenas 7,5 kg — aproximadamente 70% menos que os tradicionais módulos de vidro — e podem ser instalados com o uso de uma superfície adesiva, eliminando a necessidade de estruturas metálicas de suporte.

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Visitantes exploram o estande da Polyshine Solar na Semana Mundial da Energia Inteligente no Japão 2025 (foto/Polyshine Solar)

A proposta da empresa é simplificar o processo de adesão à energia solar, democratizando seu acesso por meio de um produto que pode ser instalado em telhados residenciais, estruturas temporárias, galpões industriais e até barreiras acústicas de rodovias. Com um raio de curvatura de 0,5 metro, os painéis também são adaptáveis a superfícies curvas, uma limitação comum nos modelos tradicionais.

Potência e durabilidade em foco

Os painéis solares da Polyshine estão disponíveis em versões que variam entre 505 W e 535 W de potência, com eficiência de conversão de energia solar entre 19% e 20,1%. Com medidas de 2.246 x 1.185 x 2,5 mm, os módulos apresentam encapsulamento em EVA e certificação IP68, que garante proteção contra poeira e água. Adicionalmente, eles são projetados para operar em temperaturas extremas, entre -40 °C e 85 °C.

Segundo a empresa, após 25 anos de uso, os painéis solares flexíveis ainda mantêm 84,8% de sua potência original, o que os torna uma alternativa viável para projetos de longo prazo. A fixação pode ser feita por adesão, penduramento ou com o uso de correias, o que amplia suas possibilidades de aplicação sem gerar custos adicionais de adaptação.

Aplicações práticas e eficiência energética

A leveza dos novos painéis solares já permitiu sua instalação em contextos urbanos desafiadores, como barreiras acústicas ao longo de rodovias, onde a exposição constante a vibrações e condições adversas exige um desempenho superior dos materiais. O uso de materiais altamente transparentes, segundo a empresa, tem possibilitado ganhos de eficiência de até 2% em relação a modelos semelhantes.

Embora esse número possa parecer pequeno, a Polyshine Solar estima que, em uma área de 1.000 m² coberta por seus painéis, é possível gerar cerca de 5.000 kWh adicionais por ano. Esse aumento, quando aplicado em larga escala, pode representar uma contribuição relevante para a produção global de energia solar.

Competição acirrada na China

O anúncio da nova linha de painéis solares flexíveis acontece em um momento de intensa disputa entre empresas chinesas do setor fotovoltaico. A busca por inovação se tornou uma necessidade diante da chamada “guerra de preços”, que tem pressionado margens de lucro e forçado empresas a investir em diferenciais técnicos e logísticos.

A China continua sendo o principal polo de fabricação de painéis solares do mundo, respondendo por grande parte da cadeia global de fornecimento. Entretanto, o aumento da oferta e a saturação de alguns mercados levaram os fabricantes a focar em produtos com maior valor agregado, como os painéis leves e adaptáveis lançados pela Polyshine.

Impactos esperados no mercado global

A introdução de painéis solares flexíveis com alto desempenho e instalação simplificada pode acelerar a adoção da energia solar em países que enfrentam desafios técnicos ou financeiros para implantar grandes estruturas fotovoltaicas. O modelo proposto pela Polyshine também pode estimular novas aplicações em áreas urbanas, comerciais e industriais.

A longo prazo, especialistas preveem que tecnologias como essa ajudarão a expandir o uso de painéis solares em regiões com baixa infraestrutura, promovendo a descentralização da geração elétrica e reforçando o papel das fontes renováveis na matriz energética mundial.

Fonte: Xataka

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Débora Araújo

Débora Araújo é redatora no Click Petróleo e Gás, com mais de dois anos de experiência em produção de conteúdo e mais de mil matérias publicadas sobre tecnologia, mercado de trabalho, geopolítica, indústria, construção, curiosidades e outros temas. Seu foco é produzir conteúdos acessíveis, bem apurados e de interesse coletivo. Para sugestões de pauta, correções ou contato direto: deborasthefanecruz@gmail.com

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