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China descobre o ‘oitavo continente’ e planeja controlar e se apoderar dele, colocando a humanidade e autoridades em estado de alerta global

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 11/04/2024 às 11:57
Atualizado em 12/04/2024 às 15:12
china - Estados Unidos - nasa - lua
Xi Jinping China

Estados Unidos alerta que China planeja se apoderar e controlar o polo sul da Lua devido à presença de depósitos de água: “Devemos estar preocupados”, alerta.

Em uma entrevista concedida ao Bild, jornal da Alemanha, o diretor da Agência Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA), Bill Nelson, afirmou que os Estados Unidos estão novamente envolvidos em uma “corrida espacial”, desta vez enfrentando a China. Esta nova fase remete à disputa histórica mantida com a União Soviética ao longo da Guerra Fria.

Revelando suas intenções iniciais de deslocar astronautas para viver no satélite natural da Terra, a China e a Rússia possuem planos em conjunto para a construção de uma base permanente na Lua, um empreendimento espacial que se desdobra em três fases distintas.

Bill Nelson, diretor executivo da NASA, durante a apresentação de um programa da agência espacial dos EUA

Nelson emitiu um alerta sobre as aspirações da China, em colaboração com a Rússia, de consolidar uma presença dominante na Lua, numa clara tentativa de “reivindicar” o corpo celeste para si. “Devemos estar muito preocupados com a China pousando na Lua para dizer: agora é nossa e vocês não podem vir“, declarou ele.

País asiático quer controlar o polo sul da Lua devido à presença de depósitos de água 

De acordo com as declarações de Nelson, é muito provável uma competição para controlar o polo sul da Lua devido à presença de depósitos de água que poderiam ser usados para fabricar combustível para foguetes.

Consultado sobre o objetivo da presença chinesa no espaço, ele respondeu: “Bem, o que você achou que está acontecendo na estação espacial chinesa? Lá eles aprendem a destruir os satélites de outros“. A China vem pesquisando tecnologia há anos para “apanhar” satélites com braços robóticos ou redes ou fazê-los cair, supostamente para limpar seus próprios detrutos espaciais.

Mas isso também poderia ser usado para atacar outros países, argumentou o diretor da NASA. De acordo com Nelson, “o programa espacial da China é um programa espacial militar”. “A China também é boa porque rouba ideias e tecnologia de outros”, observou ele.

China quer tomar conta da Lua

Nos anos recentes, a China vem acelerando significativamente seu programa espacial, emergindo como uma potência no campo do desenvolvimento de tecnologias voltadas para a exploração e aproveitamento espacial. O país anunciou, com grande ambição, seu plano de erguer a primeira cidade humana na Lua, um feito que representaria o ‘oitavo continente da humanidade’ e que busca conquistar.

O calendário da China e da Rússia para conquistar a Lua consiste em três fases: a primeira delas na verdade já começou e consiste em reconhecer o lugar e estudá-lo para decidir onde colocar a base lunar. Esta fase de reconhecimento começou com a missão Chang’e 4 e incluirá também as missões Chang’e 6 e 7, bem como as russas Luna 25, 26 e 27. Todas elas devem ser lançadas antes de 2025 e assim ter dados para escolher onde colocar a estação

A segunda fase é a fase de construção da Estação Internacional de Pesquisa Lunar. Esta segunda fase ocorrerá de 2026 a 2030. Consistirá essencialmente em enviar cargas pesadas e ao mesmo tempo trazer amostras lunares do local onde a estação será instalada. Inclui as missões Chang’e 8 e Luna 28.

A terceira fase também é uma fase de construção, começará em 2031 e espera-se que termine em 2035. Nesta fase, espera-se que a infraestrutura e o sistema básico da estação sejam concluídos na superfície lunar e na órbita (porque uma parte da estação estará orbitando a Lua). Aqui as missões passarão a ser chamadas de ILRS-1 e sucessivamente. Serão colaborações diretas entre a Rússia, a China e o resto dos países que querem se unir.

China descobre o ‘oitavo continente’: a primeira cidade da China na Lua, um marco histórico para a humanidade

O grande medo da NASA: ver a bandeira da China pregada na Lua

A Agência Espacial Chinesa (CNSA) anunciou planos para construir uma cidade permanente na Lua antes de 2036. Este ambicioso projeto é conhecido como o Programa de Pesquisa da Lua e enviará missões robóticas à Lua na próxima década para preparar o terreno para uma presença humana a longo prazo.

Os principais objetivos do projeto são explorar os recursos lunares, como o hélio-3, e estabelecer uma base lunar auto-suficiente. A CNSA planeja enviar orbitadores, rovers e landers não tripulados em missões sucessivas para identificar locais adequados para a construção, extrair amostras lunares e implantar infra-estrutura.

Antecipa-se o uso de impressoras 3D e nanotecnologia para construir módulos habitáveis subterrâneos protegidos da radiação solar. Inicialmente, os astronautas chineses visitariam a base por curtos períodos para montar os componentes enviados por foguetes.

O cronograma provisório começou com uma missão de retorno de amostras lunares em 2022, seguida por missões para estabelecer uma pequena base de pesquisa na mesma década e expandi-la para uma instalação maior na década de 2030. Espera-se que a construção da cidade comece por volta de 2036.

Assim será a cidade da China na Lua:

A cidade lunar chinesa planejada será diferente de qualquer assentamento humano construído antes na Terra ou no espaço. Estima-se que a cidade cobrirá uma área de cerca de 30 quilômetros, semelhante em tamanho a uma pequena cidade na Terra.

No entanto, será projetado para atender às necessidades únicas de um ambiente lunar. Os edifícios e a infra-estrutura estarão contidos em enormes cúpulas infláveis pressurizadas para proteger os residentes de condições hostis da superfície lunar, como radiação e impactos de meteoritos.

Dentro das cúpulas, os residentes desfrutarão de uma atmosfera controlada semelhante à da Terra. A cidade está planejada para abrigar entre 1000 e 10 000 residentes, com módulos residenciais, instalações de pesquisa e produção, agricultura hidropônica, centros educacionais, instalações médicas, espaços de recreação e muito mais.

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Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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