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China coloca em operação o porta-aviões Fujian, o 1º com catapultas eletromagnéticas e o mais avançado já construído pelo país

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 07/11/2025 às 19:34
porta-aviões Fujian com catapultas eletromagnéticas entra na Marinha chinesa, amplia grupo aéreo e altera o equilíbrio regional com nova capacidade operacional.
porta-aviões Fujian com catapultas eletromagnéticas entra na Marinha chinesa, amplia grupo aéreo e altera o equilíbrio regional com nova capacidade operacional.
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O porta-aviões Fujian iniciou operações na Marinha chinesa e inaugura uma geração de navios com catapultas eletromagnéticas. O sistema permite lançar aeronaves com mais eficiência, reduzindo estresse estrutural em pistas e células, além de viabilizar decolagens com tanques de combustível cheios, ampliando alcance e flexibilidade de emprego aéreo embarcado.

A embarcação foi construída integralmente em estaleiros chineses, concluída em 2022 e submetida a 2,5 anos de testes até a incorporação formal. A cerimônia em Sanya, Hainan, contou com a presença do presidente Xi Jinping, reforçando a centralidade do programa para a estratégia naval do país.

O que muda com as catapultas eletromagnéticas

porta-aviões Fujian com catapultas eletromagnéticas entra na Marinha chinesa, amplia grupo aéreo e altera o equilíbrio regional com nova capacidade operacional.

O porta-aviões Fujian adota catapultas eletromagnéticas que substituem sistemas de vapor e elevam a precisão do lançamento.

A aceleração controlada expande a gama de aeronaves e configurações que podem operar do convés, preservando a integridade de trens de pouso e aumentando a cadência de saídas.

Em termos operacionais, a tecnologia facilita decolagens com maior carga útil, melhora rotinas de manutenção e simplifica o layout de convés.

Para o grupo aéreo, isso se traduz em maior eficiência de surtidas e redução de restrições em missões de alerta, reconhecimento e ataque.

Testes, incorporação e prontidão

Após a conclusão estrutural em 2022, o porta-aviões Fujian passou por ensaios de mar, integração de sistemas e validações de convés.

O ciclo técnico contemplou rotinas de segurança, comunicações e controle de tráfego aéreo embarcado, preparando a embarcação para a fase operacional.

A incorporação formaliza a disponibilidade do navio e abre janela para adiantamentos táticos do grupo aeronaval.

A continuidade dos testes em operação é parte do processo natural de maturação, sobretudo em um projeto que introduz novas arquiteturas de lançamento.

Peso estratégico no equilíbrio regional

Com o porta-aviões Fujian em serviço, a China se isola como segunda potência em número de porta-aviões, atrás dos Estados Unidos.

O efeito prático é maior presença marítima e capacidade de projeção aérea em áreas de interesse, com impacto direto sobre dissuasão e segurança de linhas de comunicação marítima.

A introdução de catapultas eletromagnéticas aproxima o padrão tecnológico de referências internacionais e eleva a interoperabilidade interna entre escoltas, aviação e logística.

O ganho de alcance e cadência do grupo aéreo embarcado amplia opções de resposta em cenários de crise.

Grupo aéreo e operações no convés

O novo sistema de lançamento favorece operações com aeronaves mais pesadas e pacotes de missão com combustível adicional, incrementando persistência sobre áreas-alvo.

Em convés, fluxos de taxiamento, posicionamento e recuperação tendem a ser ajustados para ritmos de surtidas mais altos.

A curva de aprendizagem inclui procedimentos de segurança, coordenação com escoltas e treinamento do pessoal de convés.

A padronização de sinais e comunicação é determinante para minimizar incidentes e maximizar disponibilidade da ala aérea.

Comparação internacional e próximos passos

Ao incorporar o porta-aviões Fujian, a China consolida a terceira unidade na frota e avança em direção a formações completas de porta-aviões com escoltas e apoio logístico.

O debate interno sinaliza que três navios atendem ao mínimo operacional, considerando manutenção, treinamento e prontidão.

Os próximos passos devem combinar aperfeiçoamentos de software, qualificação expandida do grupo aéreo e exercícios de integração com destróieres, fragatas e navios de apoio.

A maturidade do sistema de catapultas será monitorada ao longo dos primeiros ciclos operacionais.

Implicações para a indústria naval chinesa

O programa do porta-aviões Fujian consolida cadeias de suprimento locais e capacidade de integração de sistemas complexos.

A industrialização da plataforma abre efeitos de transbordamento em radares, propulsão, eletrônica embarcada e gestão de manutenção.

Para a base industrial, a escala e a repetição de cascos elevam competências de engenharia e reduzem custos unitários com o tempo.

A padronização de módulos e processos de montagem encurtam cronogramas e aumentam previsibilidade de novas unidades.

A entrada em operação do porta-aviões Fujian marca um salto tecnológico e um reposicionamento operacional da Marinha chinesa.

Na sua leitura, qual dimensão pesa mais neste avanço: o ganho de cadência com catapultas eletromagnéticas, a expansão do grupo aéreo ou o impacto estratégico no equilíbrio regional?

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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