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China anuncia produção em massa dos primeiros radares quânticos do mundo capazes de detectar caças furtivos F-22 e F-35 que os EUA consideravam “invisíveis

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 15/10/2025 às 09:35
China inicia produção em massa de detector quântico ultrassensível capaz de rastrear caças furtivos como F-22 e F-35, ameaçando a superioridade aérea dos EUA.
China inicia produção em massa de detector quântico ultrassensível capaz de rastrear caças furtivos como F-22 e F-35, ameaçando a superioridade aérea dos EUA.
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Pequim afirma ter desenvolvido o primeiro detector de fóton único de ruído ultrabaixo do mundo, tecnologia que pode revolucionar radares e revelar a posição de caças invisíveis como o F-22 e o F-35.

A China afirma ter dado um passo decisivo na corrida tecnológica militar ao iniciar a produção em massa de um detector de fótons que pode revolucionar a forma como aeronaves furtivas são rastreadas.

O dispositivo, desenvolvido pelo Centro de Pesquisa em Tecnologia de Engenharia de Informação Quântica, na província de Anhui, é descrito como o primeiro detector de fóton único de ruído ultrabaixo do mundo com quatro canais — e seu impacto pode se estender tanto à comunicação quanto à defesa.

Avanço inédito na detecção quântica

O novo captador é capaz de detectar até mesmo uma única partícula de luz, um feito comparado à capacidade de distinguir o som de um único grão de areia caindo durante uma tempestade.

Essa sensibilidade extrema representa um marco no campo da tecnologia quântica, pois possibilita identificar sinais minúsculos e praticamente invisíveis.

A produção em escala do dispositivo, segundo reportagem do South China Morning Post (SCMP), coloca Pequim mais próxima da autossuficiência em componentes essenciais para a tecnologia da informação quântica. Essa capacidade é considerada crucial para o desenvolvimento de radares e sistemas de comunicação mais precisos e eficientes.

Radares quânticos e a ameaça aos caças furtivos

Jatos furtivos como o F-22 e o F-35 dos Estados Unidos foram projetados para escapar de radares tradicionais por meio de revestimentos especiais e compartimentos internos que reduzem sua assinatura.

No entanto, os radares quânticos funcionam de maneira diferente e podem superar essas defesas.

Esses sistemas enviam fótons cujas propriedades mudam ao colidir com a superfície da aeronave. Mesmo sinais falsos emitidos pelos aviões não conseguem reproduzir essas propriedades, o que permite ao radar identificar e localizar a aeronave com precisão.

Quando os fótons retornam ao radar após interagir com o alvo, os cientistas conseguem analisar suas propriedades e, assim, determinar a posição do jato furtivo.

Além disso, os radares quânticos prometem consumir menos energia e ser mais fáceis de instalar em diferentes plataformas, aumentando a detecção de alvos com baixa assinatura de radar.

Alcance maior e maior eficiência

A China já havia desenvolvido um sistema de radar quântico com alcance aproximado de 100 quilômetros.

Agora, com o novo detector de fóton único de quatro canais, essas capacidades podem ser ampliadas significativamente.

O novo sistema permite detectar sinais de múltiplas fontes de luz simultaneamente e gerar imagens com muito mais rapidez e precisão.

Outro destaque é a eficiência energética: além de consumir menos energia, o sistema emite menos radiação do que radares convencionais, tornando sua própria detecção mais difícil.

Pequim afirma ainda que o novo detector tem apenas um nono do tamanho dos dispositivos de canal único existentes, o que amplia seu potencial de uso em diversas aplicações militares e civis.

Os detalhes técnicos sobre a inovação foram divulgados no Science and Technology Daily, jornal ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia da China.

Segundo os cientistas, a meta é expandir o uso do detector para redes de comunicação quântica e outras aplicações estratégicas no futuro.

Reação dos EUA e a corrida por supremacia aérea

Enquanto a China avança no campo dos radares quânticos, oaceleram o desenvolvimento de seus próprios jatos de próxima geração.

A Marinha americana recebeu autorização para iniciar a produção de um caça de sexta geração, enquanto a Força Aérea pretende colocar o F-47 — também de sexta geração — em operação até 2028. A Boeing já trabalha no projeto.

Essas novas aeronaves prometem ser ainda mais rápidas, maiores e furtivas, capazes de operar praticamente invisíveis aos sistemas de detecção existentes.

No entanto, a evolução da tecnologia quântica chinesa pode representar um desafio considerável para esse plano.

Se as alegações de Pequim se confirmarem, os radares quânticos podem alterar o equilíbrio estratégico global, dificultando a vantagem dos caças invisíveis e obrigando potências militares a repensarem suas estratégias de supremacia aérea.

A produção em massa do novo detector de fótons representa, portanto, não apenas um avanço tecnológico para a China, mas também um sinal claro de que a corrida por superioridade no campo da defesa aérea está entrando em uma nova era — uma era em que até mesmo a luz mais tênue pode revelar o que antes era invisível.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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