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China alcança marco histórico na fusão nuclear com Sol Artificial que promete revolucionar a indústria e combater as mudanças climáticas do planeta!

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 20/04/2023 às 15:34
China - fusão nuclear - energia - sol artificial - plasma
China: Fusão nuclear com Sol Artificial / IMAGEM CPG

China bate recorde na área de fusão nuclear ao gerar, sustentar e confinar um plasma de fusão superquente por 403 segundos

Na última quarta-feira (12), o Instituto de Física de Plasma da Academia Chinesa de Ciências, em Hefei, atingiu um novo recorde na área de fusão nuclear ao gerar, sustentar e confinar um plasma de fusão superquente por 403 segundos. O Supercondutor Avançado Experimental Tokamak (EAST), da China, também chamado de Sol Artificial, quebrou o recorde anterior de 101 segundos, estabelecido em 2017.

A fusão nuclear é considerada uma alternativa mais limpa e segura à fissão nuclear e pode ser usada como fonte de energia. A fusão nuclear não cria resíduos radioativos e produz três a quatro vezes mais energia do que a fissão nuclear.

Assista o video abaixo e confira o Sol Artificial que promete revolucionar a indústria e combater as mudanças climáticas do planeta

Ímãs supercondutores para controlar o plasma

O tokamak é uma máquina em forma de rosquinha que usa ímãs poderosos para conter um fluxo circular de plasma superquente. O plasma é criado quando os átomos são aquecidos a temperaturas tão altas que se tornam dilacerados, resultando em uma “sopa” de elétrons e íons carregados positiva e negativamente. Para manter essas temperaturas superquentes, o plasma deve estar confinado em uma pequena área, o que é feito por ímãs. O campo necessário para controlar o plasma é gerado pela passagem de enormes correntes através de grandes condutores. O uso de ímãs supercondutores permite que o EAST atinja e mantenha altas temperaturas de forma eficiente, pois eles produzem resistência zero e nenhum calor residual sob as condições corretas.

Contribuição do Sol Artificial para a colaboração internacional

O Sol Artificial da China contribuiu para a colaboração de 35 anos entre o país, a União Europeia, a Índia, o Japão, a Coreia do Sul, a Rússia, o Reino Unido e os EUA para desenvolver e otimizar a maior máquina tokamak do mundo, chamada ITER. Atualmente em construção na França, espera-se que o ITER produza seu primeiro plasma no final de 2025 e esteja totalmente operacional até 2035. A colaboração internacional visa construir um reator experimental de fusão nuclear capaz de produzir energia de forma sustentável e segura.

O custo total do projeto ITER é estimado em cerca de 20 bilhões de euros, tornando-o um dos projetos científicos mais caros já realizados. No entanto, os defensores da energia de fusão argumentam que o investimento vale a pena, já que a energia de fusão tem o potencial de ser uma fonte de energia limpa e abundante para as gerações futuras.

A fusão nuclear da China não cria resíduos radioativos e produz três a quatro vezes mais energia do que a fissão nuclear.

A fusão nuclear é considerada uma alternativa mais limpa e segura à fissão nuclear e aos combustíveis fósseis. A fusão não cria resíduos radioativos e produz três a quatro vezes mais energia do que a fissão nuclear. Além disso, a fusão não libera dióxido de carbono na atmosfera, ao contrário da queima de combustíveis fósseis. No entanto, a fusão requer grandes quantidades de energia para atingir a temperatura e a pressão necessárias para a reação. A colaboração internacional busca superar esses desafios para tornar a fusão nuclear uma fonte de energia viável e sustentável.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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