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China agora é a dona da MAIOR reserva de urânio do Brasil! Jazida monumental fica no Amazonas e agora pertence aos chineses

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 27/11/2024 às 20:55
China compra maior reserva de urânio do Brasil no Amazonas. Negócio estratégico pode mudar o cenário energético global e causar polêmica.
China compra maior reserva de urânio do Brasil no Amazonas. Negócio estratégico pode mudar o cenário energético global e causar polêmica.

Em uma aquisição estratégica, a China agora controla a maior reserva de urânio do Brasil, localizada no Amazonas. A transação bilionária levanta questões sobre soberania energética e impacto ambiental. Será que o Brasil está vendendo seu futuro para a potência asiática?

O coração da Amazônia acaba de se tornar palco de um dos negócios mais surpreendentes do ano.

Uma transação internacional, envolvendo a maior reserva de urânio do Brasil, foi anunciada nesta semana, e os novos proprietários não poderiam ser mais estratégicos: a China.

A aquisição promete desdobramentos significativos no cenário energético e geopolítico global, além de levantar questionamentos sobre o futuro do Brasil na exploração de recursos naturais cruciais.

A gigante chinesa CNT, subsidiária da China Nonferrous Metal Mining Group Co., comprou 100% das ações da mineradora Taboca, até então responsável pela exploração da jazida localizada no município de Presidente Figueiredo, no Amazonas.

A transação, mediada pela Minsur S.A., controladora peruana da Taboca, foi formalizada na madrugada do dia 26 de novembro e comunicada oficialmente ao governo do Amazonas no início da tarde do mesmo dia.

O que torna essa reserva tão valiosa?

O urânio, metal altamente estratégico, é amplamente utilizado para gerar energia nuclear, representando uma solução energética limpa e eficiente para o mundo moderno.

No Brasil, 99% do urânio explorado tem essa finalidade. Mas seu uso vai além: ele também desempenha um papel essencial na indústria bélica, como matéria-prima para a fabricação de armas nucleares.

Localizada a apenas 107 km de Manaus, a reserva está próxima à rodovia BR-174, que conecta o Brasil às fronteiras com Venezuela e Guiana.

Isso a torna um ponto de interesse logístico estratégico, além de evidenciar a riqueza natural e energética da região amazônica.

Um “negócio da China” para os peruanos

A Minsur S.A., empresa peruana que controlava a Taboca, foi a grande intermediária da venda.

No comunicado oficial, a mineradora destacou que a transferência de 100% das ações representa “uma oportunidade estratégica de crescimento”.

Apesar do discurso otimista, a transação também acendeu o debate sobre a soberania brasileira em relação a recursos tão valiosos.

Impactos geopolíticos e ambientais

A presença da China na Amazônia pode gerar impactos significativos, tanto para o Brasil quanto para o cenário internacional.

A China tem investido agressivamente na aquisição de recursos naturais ao redor do mundo, consolidando sua posição como uma potência econômica e energética global.

Especialistas destacam que, além da disputa pela liderança no setor de energia limpa, essa aquisição pode intensificar debates sobre a segurança nacional e a dependência econômica do Brasil em relação a países estrangeiros.

No campo ambiental, o impacto da mineração na região da hidrelétrica de Balbina, conhecida por sua biodiversidade, também é motivo de preocupação.

Críticos temem que o aumento na exploração de recursos possa agravar a degradação ambiental em uma área já vulnerável.

Uma mudança de cenário para a energia nuclear no Brasil?

Embora o Brasil ainda tenha grandes reservas de urânio controladas por empresas nacionais, como a INB (Indústrias Nucleares do Brasil), a venda dessa jazida à China reabre a discussão sobre a gestão de recursos estratégicos.

O país é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, o que garante que o urânio enriquecido seja usado apenas para fins pacíficos.

Contudo, a transferência de controle para uma potência estrangeira levanta dúvidas sobre o nível de influência que o Brasil terá nesse cenário.

A questão da soberania energética

Para muitos, a venda da maior reserva de urânio do Brasil simboliza um retrocesso na soberania energética do país.

Com um recurso tão valioso nas mãos de um governo estrangeiro, o Brasil pode perder a chance de liderar iniciativas globais no setor de energia nuclear.

Resta saber se o negócio trará, de fato, os benefícios econômicos e estratégicos prometidos, ou se será lembrado como mais um capítulo da exploração internacional dos recursos amazônicos.

E você, o que acha dessa negociação? Será que o Brasil está entregando seu futuro energético em troca de ganhos a curto prazo? Deixe sua opinião nos comentários!

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Nelliton Pereira
Nelliton Pereira
27/11/2024 22:18

No meu ponto de vista, o Brasil tá dando mole pra China se enfiar aqui dentro do país a acabar querendo mandar no pais todo e acabarmos virando uma colônia da China.
Um governo seria cancelariaxessa venda de imediato.

Marcelo
Marcelo
27/11/2024 23:02

a venda das minas de urânio à China me parecem ser um tiro no pé! O Brasil jamais poderia abrir mão da soberania energética principalmente de um mineral tão polêmico em relação ao qual realmente seria o seu uso. Nós mal conseguimos patrulhar e rastrear a mineração do ouro da floresta amazônica quanto mais saber o que irá acontecer com o urânio que será levado pro outro lado do mundo!?

esse tipo de negociação deveria ser estudado, analisado e discutido minuciosamente com todos os diversos setores pertinentes aos impactos que tal trâmites possam potencialmente causar em todas as esferas inclusive políticas e de segurança nacional e internacional.

o Brasil está sendo nao só “inocente” mas irresponsável, incoerente e até mesmo **** em tomar uma decisão dessas na calada da noite. Vamos esperar que nesse contrato haja cláusulas que permitam a revisão e até mesmo o cancelamento do mesmo casa haja questionamentos legítimos por parte não só das atuais autoridades competentes como das futuras.

Luis Cataldo
Luis Cataldo
28/11/2024 05:49

Como que a Minsur S.A. controlava a mineradora Taboca?
Quem vendeu foi o Peru ou o Brasil?

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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