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Chile encontra jazida quase infinita de ‘ouro azul’e pode extrair impressionantes 15 MIL toneladas de minério por ano!

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 30/10/2024 às 19:06
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foto/reprodução: Canva

Chile quer se consolidar como o segundo maior produtor de cobalto do mundo, ficando apenas atrás da República Democrática do Congo!

Com o apelido chamativo de ouro azul, o cobalto é essencial na tecnologia e na mobilidade elétrica e, agora, o Chile decidiu aproveitar sua abundância deste metal para se tornar referência global. Estimativas do governo e da Universidade Andrés Bello (UNAB) indicam que o país possui potencial para produzir cerca de 15 mil toneladas de cobalto ao ano, utilizando técnicas inovadoras e sustentáveis para minerar o metal essencial na fabricação de baterias e dispositivos eletrônicos, de acordo com o site ign.

O que torna o cobalto tão especial?

O cobalto já é conhecido como o “ouro azul” por causa de sua cor e de seu valor estratégico. Ele é amplamente utilizado na produção de baterias recarregáveis, eletrônicos e, mais recentemente, como uma das bases para tecnologias de mobilidade elétrica. Em um mundo que aposta em transportes e tecnologias menos poluentes, o cobalto é praticamente indispensável. No entanto, seu valor não é apenas ambiental: o mercado de cobalto global cresce em ritmo acelerado, saltando de US$ 8,5 bilhões em 2021 e projetado para quase US$ 25 bilhões até 2030.

A liderança global na extração de cobalto ainda está com a República Democrática do Congo, que domina o mercado, produzindo cerca de 130 mil toneladas ao ano. Mas o Chile, que possui uma vasta experiência no setor de mineração, está determinado a aumentar sua produção e buscar o segundo lugar, desbancando a Indonésia e outras nações.

A corrida chilena pelo “ouro azul”

Pesquisas recentes no Chile mostram que o país conta com grandes volumes de cobalto nos resíduos da mineração de cobre e níquel, especialmente nas regiões de Atacama e Coquimbo. Assim, o plano é avançar na recuperação deste metal diretamente dos rejeitos. Segundo Pilar Parada, diretora do Centro de Biotecnologia de Sistemas da UNAB, “apenas utilizando o cobalto nos rejeitos, o Chile poderia alcançar o segundo lugar mundial”. Esse objetivo ambicioso será possível graças a uma parceria entre a UNAB, a Universidade do Chile e a Agência Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento do Chile (ANID), que juntos lançaram um projeto para recuperar cobalto dos rejeitos utilizando biotecnologia de última geração.

O método proposto é inovador e tem apelo sustentável. Segundo Parada, o processo utiliza bactérias para eliminar a pirita, um mineral que se oxida em contato com a água e contamina o solo. Dessa forma, além de extrair o cobalto, reduz-se o risco ambiental e o impacto dos resíduos.

Do “ouro azul” ao “cobalto verde”

O projeto chileno não é apenas sobre expansão na produção; trata-se de uma visão de futuro sustentável. Com a aplicação da biotecnologia, a ideia é que o Chile produza cobalto “verde” – um cobalto extraído com menor impacto ambiental e que contribua para a prosperidade do país de forma responsável. “Estamos falando de uma oportunidade para transformar a mineração em algo limpo e com um propósito social”, explica Parada. Com cerca de 764 depósitos de rejeitos de mineração espalhados pelo Chile, muitos deles localizados em áreas ricas como Atacama e Coquimbo, o país vê um futuro promissor para o setor.

Esse avanço representa um passo importante para a mineração chilena, que já é referência em extração de cobre. Agora, o país busca diversificar sua oferta de minerais e atender ao crescente mercado de mobilidade elétrica e tecnologias de baixo carbono.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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